terça-feira, agosto 31, 2010

Folclore, religião e literatura na Maturi 2

Por Marcelo Naranjo

O Grupehq - Grupo de Pesquisa e Histórias em Quadrinhos, fundado em 1971 e em plena atuação na produção de quadrinhos no Rio Grande do Norte, lançou o segundo número da revista Maturi (40 páginas).

A edição tem patrocínio do COSERN, por meio da Lei de Incentivo à Cultura Câmara Cascudo, da Fundação José Augusto.

A revista reúne diversos artistas potiguares: Emanoel Amaral, Gilvan Lira, Luiz Elson, José Veríssimo, Robson Nascimento, Wolclenes, Márcio Coelho e Ivan Cabral. Leia mais no Universo HQ.

Eu recebi essa revista de presente do Márcio, quando estive em Natal. Gostei tanto que já ia postar algo no blog, mas o Márcio me pediu que esperasse o lançamento oficial.
A qualidade da revista é impressionante. Ótimos desenhos, bons roteiros e um tema apaixonante: o folclore. Tanto que esse número dois homenageia o grande folclorista Câmara Cascudo, que era de Natal. Se você gosta de bom quadrinho nacional, esccreva para o Grupeq pedindo seu exemplar: grupehq@gmail.com.

Dia do RPG Macapá

Dias 11 e 12 de setembro acontece o evento Dia D RPG em todo o Brasil. E, pela terceira vez, o evento acontece em Macapá, no SESC Araxá.
Na entrada será pedido 02kg de alimento não-perecível. Os participantes que doarem concorrerão a brindes especiais. Cada organizador, das 11 cidades participantes, escolheu uma instituição que receberá os donativos. Em Macapá, a arrecadação e distribuição dos alimentos fica a cargo do Mesa Brasil, parceiro do Sesc.
Entre as atrações, está a palestra O RPG como ferramenta na Educação, dirigida por Matheus Vieira (Prof. Mestre em Educação/Curitiba-PR) e Gilson de Oliveira (Mestrando em Educação/Belém-PA), voltada para professores e que mostrará a aplicação bem-sucedida do RPG em sala de aula, uma forma nova e interessante de ensinar.
No domingo, dia 12, haverá uma palestra comigo sobre o tema Space Opera, às 15 horas. 
Para saber mais detalhes, acesse o blog do evento. 

sexta-feira, agosto 27, 2010

Revista Carcará reúne quadrinistas de Campina Grande

A Paraíba já tem uma longa tradição de quadrinhos de FC e terror. Para confirmar essa tradição, os artistas de Campina Grande irão lançar a revista Carcará, com traço de vários autores da região. E duas histórias têm desenhos meus (prévia abaixo). Para saber mais sobre a publicação, clique aqui.

Versões (detalhe pg01 q1)
Desenho de Flaw Mendes
Roteiro Gian Danton

















Leviatã (detalhe pg01 q5)
Desenho de Joel Pereira
Arte final, Di Angelo
Roteiro Gian Danton

quinta-feira, agosto 26, 2010

7 livros que ferraram a humanidade (ou quase)

Ana Carolina Prado

Teóricos equivocados podem causar grandes prejuízos. Já tivemos livros que incentivavam a matança de mulheres consideradas bruxas, defendiam a inferioridade de certas nacionalidades, diziam que as mulheres eram menos inteligentes que os homens. Com a ajuda de historiadores, listamos 7 livros que, por causa de teorias equivocadas, inspiraram pessoas a cometer atos e sustentar ideias desastrosas.
Os livros não estão em nenhuma ordem particular e, é claro, foi impossível listar todos eles. Comente e diga quais você acha que faltaram.

1- “L’uomo delinqüente” (O homem delinquente), Cesare Lombroso, 1876

O médico e cientista italiano Cesare Lombroso defende, nesse livro, a teoria de que certas pessoas nasceram para ser criminosas e que isso é determinado por características físicas, como nariz adunco e testa fina, traços típicos dos judeus. A obra fez muito sucesso e influenciou o direito penal no mundo todo. Mas o problema maior foi que a obra também reforçou várias teorias racistas – principalmente o anti-semitismo nazista. O detalhe é que o próprio autor era judeu e sua intenção era simplesmente ajudar a ciência penal e jurídica. Atualmente, a teoria caiu no descrédito. Mas, mesmo assim, ainda há quem a defenda (sempre tem, né?).
2- “Mein Kampf” (Minha Luta), Adolf Hitler, 1925
O livro de Hitler tem, na verdade, 2 volumes. O primeiro foi escrito quando ele tinha 35 anos e estava preso por causa de uma tentativa de golpe de estado mal-sucedida. O segundo, inédito no Brasil, foi escrito já fora da prisão. O livro se destacou pelo racismo e anti-semitismo do autor, que via o judaísmo e o comunismo como grandes males e ameaças do mundo – o autor pretendia erradicar ambos da face da terra. A obra revela o desejo de transformar a Alemanha num novo tipo de Estado que abrigasse a raça pura ariana e que o tivesse como um líder de grandes poderes. Era um aviso para o mundo, mas na época ninguém de fora da Alemanha deu muita bola. Mein Kampf ainda hoje influencia os neonazistas.
3- “A inferioridade intelectual da mulher”, Carl Moebius, século 19. Sem tradução para o português.
Psicólogo influente em meados do século 19, Moebius escreveu esse livro seguindo idéias já bastante disseminadas desde a época de Platão e Aristóteles e defendia a inferioridade feminina e a restrição dos seus direitos. Usando pesquisas e tabelas pseudo-científicas, ele comparou o desempenho feminino em determinadas áreas intelectuais quando em disputa com homens (em um teste parecido com o vestibular de hoje). Pensadores antifeministas citavam essa obra para apoiar teses de que as mulheres não deveriam ter uma série de direitos por serem “inferiores intelectualmente”.
4- “O martelo das bruxas” ou “Malleus Maleficarum”, Jacob Sprenger, 1485

Manual de caça às bruxas que levou muita gente à fogueira, o livro foi muito influente entre as igrejas católica e protestante. Jacob Sprenger indicou uma série de procedimentos para a identificação das bruxas: se a mulher tivesse uma convivência maior com gatos, por exemplo, já era suspeita. A obra foi responsável por quase 150 anos de matança indiscriminada de mulheres. A onda só passou depois que o método científico começou a prevalecer sobre a crença religiosa cega, a partir da publicação dos estudos de Isaac Newton. Com o pessoal discutindo assuntos científicos, pegava mal ficar caçando bruxa.
5- “Essai sur l’inégalité des races humaines” (Ensaio sobre a desigualdade das raças humanas), Joseph Gobineau, 1855

O livro do cientista social Gobineau virou referência obrigatória para aqueles que defendem a superioridade de algumas raças sobre as outras. O autor desempenhou por um bom tempo cargo diplomático na corte de D. Pedro II e achava o Brasil “uó” por ter tanta miscigenação. Segundo ele, a miscigenação degenera as sociedades porque piora as supostas limitações das raças inferiores (as não-brancas, para ele). A obra passou a ser usada para sustentar a legitimidade do tráfico negreiro. Sua tese foi tão aceita que até hoje existem alguns cientistas que mantém a crença na superioridade de algumas raças.
6- ” The Man Versus the State ” (O Indivíduo Contra o Estado), Herbert Spencer, 1884
Embora alguns digam que essa é uma leitura injusta do livro, ele foi utilizado para a defesa do capitalismo selvagem no século 19, principalmente nos EUA. Spencer defende que, assim como ocorre na natureza, nas sociedades humanas também prevalecem os mais aptos. Isso quer dizer que os ricos e poderosos são assim porque estão mais preparados que os pobres. O livro passou a ser usado, então, para justificar a falta de ética nas relações comerciais, com a destruição implacável da concorrência, a busca incessante por riquezas e o pouco caso com os pobres.
7- The Seduction of the Innocent (“A sedução dos inocentes”), Frederic Wertham, 1954

Ok que o livro não gerou nenhuma atrocidade, mas ajudou a disseminar ideias equivocadas a respeito de uma coisa que a gente gosta: quadrinhos. No livro, o psiquiatra alemão-americano Werthan forjou argumentos para atribuir às HQs o papel de culpadas por casos de delinquência, abandono dos estudos e homossexualidade entre crianças e adolescentes. O livro foi lançado numa época em que as HQs eram um dos gêneros de leitura mais consumidos nos EUA e até o governo pensou em proibi-los (naquele tempo, rolava uma preocupação imensa nos EUA de que os jovens estivessem sendo corrompidos por idéias comunistas). Para evitar isso, as editoras lançaram o Comics Code Authority – um código de autocensura que ainda existe e que seria um indicativo de que o material publicado não iria degenerar os jovens.
Leia mais no site da Superinteressante

terça-feira, agosto 24, 2010

As vidas de Chico Xavier

Chico Xavier é uma das figuras mais importantes e polêmicas do Brasil. Sua popularidade é tão grande que, mesmo depois de morto, continua levando milhares de pessoas para Uberlândia, transformando o turismo religioso na principal fonte de renda da cidade. Não admira, portanto, que a vida do médium fosse transformada em uma biografia.

Ainda assim, o jornalista Marcel Souto Maior teve que vencer vários obstáculos para escrever o livro As vidas de Chico Xavier. O primeiro deles veio dos próprios colegas jornalistas. "Chico Xavier? Não é o Chico Buarque, não? Chico Anysio? Chico Mendes?", ironizavam os amigos do Jornal do Brasil.

Outro obstáculo foi o filho adotivo de Chico, Euripedes. Preocupado com a saúde do pai e em preservá-lo, Euripedes não deixou o jornalista passar nem do portão. Ainda assim, Marcel insistiu: resolveu assistir a uma sessão no Centro Espírita da Prece, fundado por Chico muitos anos antes. Depois que o médium deixara de comparecer, o público minguara e eram apenas 14 quando Marcel lá esteve. Surpreendentemente, naquele dia, Chico resolveu reaparecer, com um sorriso largo e um terno mal-ajambrado.

Cético, Marcel não soube explicar as lágrimas que começaram a desabar em borbotões de seu rosto, sem nenhuma razão especial. Terminada a sessão, o jornalista procurou Chico para pedir autorização para a biografia. O médium respondeu de forma indireta, evitando a palavra não:

― Deus é que autoriza.

― E Ele autoriza?

― Autoriza.

Mas a muralha de Euripedes ainda continuava existindo. O jeito foi apelar para o outro filho adotivo de Chico, Vivaldo, que mora nos fundos da casa do pai. Quando o jornalista o visitava, Chico chamou o filho por um interruptor. Quando Vivaldo saiu, um calor insuportável tomou conta das mãos de Marcel. Sobressaltado, ele largou a caneta, saltou do sofá e correu para o quintal. Ficou lá, sacudindo as mãos na noite fria, até que Vivaldo aparecesse:

― Meu pai disse que sua biografia vai ser um sucesso. Parabéns!

O episódio mostra bem os mistérios e a mística por trás de Chico Xavier. Chico escreveu quase 400 livros, cartas de pessoas desencarnadas, virou celebridade nacional. No entanto, até o final da vida, viveu de forma modesta, sem grandes fortunas, sendo quase um prisioneiro de seu próprio sucesso. 



O fato do livro ser escrito por um cético, mas que passou pelas duas experiências acima (do choro descontrolado e das mãos em fogo), faz com que ele tenha a abordagem correta, não caindo nem na armadilha de um livro doutrinário, nem na reportagem sensacionalista que o filho adotivo de Chico tanto temia.

O que se revela é uma figura ímpar, que angariou milhões de fãs no Brasil todo e igual número de detratores. Essa dualidade já se apresentava na infância do médium, quando, ao ouvir que ele conversava com os espíritos, a madrinha dizia que ele tinha o diabo no corpo e lhe fincava garfos na barriga na tentativa de espantar o mal. Chico, convencido de que conversar com espíritos era errado, tentava tudo para se curar. Chegou até a desfilar em uma procissão com uma pedra de 15 quilos na cabeça, repetindo mil vezes a "Ave-Maria". Nada adiantava. Quanto mais rezava, mais via espíritos.

O livro nos revela um Chico sofredor, que não era compreendido na infância e apanhava por causa da mediunidade. Quando finalmente se tornou adulto, sofria com doenças, como a catarata que fazia seus olhos sangrarem. À noite, era atormentado por espíritos baixos, que lhe provocavam pesadelos e, em alguns casos, tentavam matá-lo usando para isso pessoas com mediunidade. Ao se queixar com seu guia espiritual, Emmanuel, recebia reprimendas. Tinha que aceitar de bom grado tudo que lhe acontecia, pois servia para expiar culpas de outras encarnações. Quando se tornou uma figura famosa, sofria com o assédio, com pessoas que queriam falar com ele mesmo quando ele estava muito doente. Além disso, Chico nunca ganhou nada com isso, pois todo o dinheiro das vendas dos livros ia para instituições de caridade.

Sua missão espírita parecia mais um castigo do que um prêmio. Por outro lado, havia as tentações. Uma vez Chico entrou no banheiro e encontrou três mulheres tomando banho nuas, jogando água umas nas outras e rindo para ele, convidativas. O médium fechou os olhos e rezou. Quando os abriu, elas haviam desaparecido.

Abnegado, Chico usava a humildade para resistir aos sofrimentos e tentações do mundo. Dizia que era um Cisco Xavier, brincando com o próprio nome. Quando lhe disseram que talvez fosse eleito para a Academia Brasileira de Letras, ele perguntou: "E agora aceitavam cavalos lá?".

Se a biografia revela esse lado humilde, abnegado e caridoso, revela também um homem carismático e divertido. Chico gostava de contar casos e gostava de rir. Uma vez, convidado pelos amigos a pescar, foi, mas não pescou nada. Passaram a tarde na beira do rio e os amigos pegaram muito peixe. De Chico não se aproximava nem lambari. Ele acabou confessando: não tinha colocado isca no anzol, para não incomodar os bichinhos. Ao ser assediado por uma figura demoníaca, que lhe perguntava se tinha sido chamada, ele saiu-se com essa: "É que a vida anda difícil e queria que o senhor me abençoasse em nome de Deus ou das forças que o senhor crê". O diabo reclamou: "É só a gente aparecer que você já cai de joelhos!" e sumiu.

Em suma: As vidas de Chico Xavier é um livro que abarca as várias facetas dessa famosa personalidade, num livro leve e gostoso de ler. É tão fascinante que serviu de base para o filme de Daniel Filho sobre a vida do médium mineiro. 



Texto originalmente publicado no Digerstivo Cultural.

segunda-feira, agosto 23, 2010

2a semana de cultura espírita


A Federação Espírita do Amapá realizará, entre os dias 4 e 17 de setembro, a 2ª Semana de Cultura Espírita, no Teatro das Bacabeiras, sempre a partir das 19 horas, com entrada franca.
O evento faz parte das comemorações alusivas ao centenário de renascimento do médium mineiro Chico Xavier.
Uma ampla programação que inclui palestras proferidas por destacados expoentes da Doutrina Espírita no Brasil, apresentação de artistas locais e workshops destinados ao público externo, que terá oportunidade de conhecer a personalidade e a obra de Chico Xavier.

Dia 04
Palestra: Chico Xavier e as revelações do espírito André Luiz
Local: Teatro das Bacabeiras
Hora: a partir das 19h
Oradora: Dra. Marlene Nobre (SP)

Oficinas I: Teatro, música e poesia espírita
Mostra de Vídeo I: Chico Xavier – o filme
Local: Teatro das Bacabeiras
Hora: 14 às 18h
Obs.: Inscrições na FEAP

Dia 05
Palestra: Brasil, coração do mundo, pátria do evangelho
Local: Teatro das Bacabeiras
Hora: a partir das 19h
Orador: Jorge Elarrat (RO)

Oficinas II: Teatro, música e poesia espírita
Mostra de Vídeo II: Documentários sobre Chico Xavier
Local: Teatro das Bacabeiras
Hora: 14 às 18h
Obs.: Inscrições na FEAP

Dia 06
Palestra: O mentor espiritual Emmanuel na vida e obra de Chico Xavier
Local: Teatro das Bacabeiras
Hora: a partir das 19h
Orador: Haroldo Dutra (MG)

Dia 07
Palestra: Ecos da atuação de Chico Xavier no Brasil e no mundo
Local: Teatro das Bacabeiras
Hora: a partir das 19h
Orador: Cesar Perri (DF)


Dia 17
Palestra: Chico Xavier, um exemplo a ser seguido
Local: Teatro das Bacabeiras
Hora: a partir das 19h
Orador: Raul Teixeira (RJ)


Informações:
FEAP: 3224-1730 (9 às 12h / 16 às 20h) - www.feamapa.com.br
Felipe Menezes – Pres. FEAP: 8127-0194
Ana Celi – Vice FEAP: 8111-5991

Flash Gordon de 1936

O amigo JJ Marreiro me conseguiu uma verdadeira raridade: os episódios de matinê do Flash Gordon, de 1936. Para quem não sabe, Flash Gordon é um dos mais importantes quadrinhos clássicos. Quando surgiu, no final de década de 1929, revolucionou as tiras de jornais com sua narrativa de aventura muito bem desenhada, com um monstro ou perigo a cada sequência. Tornou-se o mais claro exemplo de space opera. Também foi a maior influência de Guerrra nas Estrelas. George Lucas queria fazer o Flash, mas, como não conseguiu autorização, resolveu criar sua própria história, com os mesmos elementos: um imperador malígno, uma princesa, um herói destemido liderando uma revolta. Até a cena de abertura, com o letreiro resumindo a história anterior, foi inspirada no seriado de Flash Gordon. Claro que Lucas, a partir desses elementos em comum, criou sua própria e poderosa mitologia. Nessa versão de 1936 é possível perceber claramente a influência do expressionismo alemão, em especial o filme Metrópolis, de Fritz Lang, especificamente no cenário e direção.
Eu tive sorte de ver isso no cinema. Não, eu não sou tão velho assim. É que, quando era criança, o dono do cinema da cidade onde eu morava (Lavras- Minas Gerais), tinha o costume de colocar sempre um matinê antes do filme principal, como um brinde. Surpreendentemente, 40 anos depois, mesmo com efeitos campengas, esse seriado ainda empolgava a garotada.

domingo, agosto 22, 2010

O último mestre do ar


Fomos assistir O último mestre do ar, mais recente filme de M. Night Shyamalan. É bom, mas não parece um filme do mesmo diretor de Sexto Sentido e Sinais. Para começar, claro, não é um filme de suspense, mas de aventura. Além disso, Shyamalan usa e abusa de efeitos especias, câmeras em movimento, etc... e faz isso muito bem. O diretor foi convidado para fazer Harry Potter e congêneres, mas não se animou. Gostou, no entanto, da história do desenho animado Avatar e embarcou no projeto, talvez pelas questões filosóficas e espirituais envolvidas, já que em outros filmes ele mostrava preocupação com esses assuntos, em especial Sinais. A história do Avatar lembra um pouco de Buda, mas principalmente de Krishna, com suas várias encarnações com herói pronto a salvar o planeta Terra. Em suma: não é uma obra-prima, mas é um bom filme, com uma história interessante e muito bem dirigido.

Música do dia: Desiderata

sábado, agosto 21, 2010

21 anos da morte de Raul Seixas

Hoje faz 21 anos da morte do Raulzito. Em homenagem, posto aqui um vídeo que fiz baseado em uma música dele que fala exatamente sobre a morte. Saudades, Raul, o filósofo do rock.

PRISMARTE 53 - AVENTURA E MUITOS ESTILHAÇOS EM QUADRINHOS

A Revista Prismarte chega a sua edição 53, como reflexo de uma nova fase. Mais colaborativa, interativa e ousada. Mantendo em foco a proposta de ser a maior referência de quadrinhos alternativos de Pernambuco. E convidamos você, caro leitor, para nos acompanhar nessa jornada. Repleta de desafios e novidades que reservamos somente para os seus olhos. Descubra nessa e nas próximas edições, além do site: www.prismarte.com.br

Estilhaços, Esquadrão Agakê.

Se aventura tem nome, esse só pode ser Prismarte que neste mês acaba de pegar fogo. Ao atacar um ponto de refino utilizado por traficantes de drogas, o Esquadrão Agakê esbarra com um justiceiro do Recife, conhecido como o Líder, na história Estilhaços[Argumento e arte Arnaldo Luiz]; Enquanto Vulto enfrenta o traficante Alison Caveira que domina a favela Pai Joaquim em Conflito no Morro [Roteiro: Welligton Santos, Arte: Raymundo Santos]; Na próxima aventura, o Conversor pode sofrer uma tragédia ao encontrar seu arquiinimigo Fusor, na história O Verdadeiro Herói[roteiro e desenho de Sandro Marcelo]. Por fim, em Devoradores [Argumento e arte: Arnaldo Luiz], uma história que mostra a trajetória de seres terríveis que destruíam implacavelmente toda forma de vida. Quem são esses devoradores?

A festa continua. Além dos artistas e histórias já destacados, a Prismarte tem o orgulho de apresentar seus convidados especiais. Alexandre Lobão, autor de 30 Dias, prossegue com a 4º Parte do Curso de Roteiro, explicando as bases do conflito numa trama. Lobão é um escritor eclético de romances, contos e livros técnicos, vencedor de prêmios em concursos literários; Gian Danton, o mais conceituado roteirista de quadrinhos brasileiro, escreve sobre o Mestre do Kung Fu na coluna Idéias; José Valcir, editor e conselheiro editorial da PADA, deixa suas Impressões sobre publicações e sites de quadrinhos; Por fim, testemunhe um duelo ao pôr do sol com Wilde Portela, que revela em entrevista os segredos do maior caubói criado e publicado no Brasil, o Chet; em preparação a próxima edição da Prismarte dedicada ao gênero Faroeste.

Realmente uma edição imperdível da Prismarte que faz história por ser a maior de todas as edições já publicadas em Pernambuco, tendo 52 páginas feitas especialmente pra você.

 Cena de '30 dias' - Roteiro: Alexandre Lobão e Arte. W. César

O Verdadeiro Herói - Conversor - Argumento e Arte: Sandro Marcelo

SERVIÇO:
PRISMARTE N° 53 - AGOSTO/2010
CAPA COLORIDA - 52 PÁGINAS - miolo em P&B
valor de R$ 5,00+ R$ 1,50 [despesa postal]

Para adquirir a PRISMARTE #53 envie um e-mail para:
prismarte@prismarte.com.br em att Milson Marins ou
josevalcir@yahoo.com.br em att de José Vacir e faça seu pedido.
Ou por correspondência:
Rua Truta, 25 - Ouro Preto - Olinda - PE - CEP: 53370-250

Se preferir faça se pedido no site:
www.prismarte.com.br

Ou
prismarte@prismarte.com.br
twitter.com/prismarte

sexta-feira, agosto 20, 2010

Caseiro de escola é preso no Paraná suspeito de ter matado jovens

Um suspeito de, pelo menos, dois crimes contra adolescentes foi preso na noite de sexta-feira (13) em Sarandi, cidade próxima a Campo Mourão, no Paraná. A polícia civil de Campo Mourão chegou até o suspeito depois de criar, há cerca de quatro meses, uma força-tarefa para investigar crimes que estavam sem solução.
O delegado responsável pelo caso, José Aparecido Jacovós, explicou que, em 2008, uma adolescente de 17 anos de um colégio estadual da cidade desapareceu e, desde então, seus perfis em redes sociais estavam sem atualização, embora a jovem, teoricamente, continuasse mandando mensagens via SMS para a família.
“As mensagens diziam que ela estava bem, que estava em São Paulo, depois que estava na Espanha, e que voltaria em breve”, contou o delegado. Quando a polícia procurou a família, soube que as mensagens também estavam sendo enviadas para o caseiro da escola. “Eles disseram que ele era muito amigo da menina, que ele ia buscá-la em casa para levar para a escola, dava presentes”, contou Jacovós.
A polícia resolveu conversar com o caseiro da escola, que chegou a mostrar a mensagem mais recente que teria recebido da menina. “Ele mostrou uma mensagem do Dia dos Pais, dando parabéns e dizendo que amava ele. Achamos suspeito porque ele estava muito nervoso.”
O caseiro morava numa casa que fica no pátio do colégio. A polícia expediu um mandado de busca e encontrou um celular no imóvel. “Quando ligamos, vimos que era o celular dela (a jovem desaparecida)”, explicou o delegado. Leia mais

Armagem Herética

História dos quadrinhos


A piada mortal

 
Em 1988, Alan Moore já era um roteirista famoso. Já tinha transformado o título do Monstro do Pântano num dos mais premiados dos quadrinhos norte-americanos e feito Watchmen, que revolucionaria o gênero super-heróis. Mas nunca tinha trabalhado com outra estrela britânica: o desenhista Brian Bolland. Inicialmente, eles pensaram num encontro do Batman com o Juiz Dredd, personagem que tornou Bolland famoso. Quando essa proposta fracassou, Moore perguntou ao desenhista o que ele queria fazer. A resposta foi: “O Coringa, por favor!”.
Assim nasceu a graphic novel A piada mortal, uma história avassaladora, ganhadora de diversos prêmios, que serviu de base até para as versões cinematográficas do Batman.
A história começa com o Batman entrando na cela do Coringa, no Asilo Arkhan: “Olá, eu vim conversar. Estive pensando muito ultimamente sobre você e eu. Sobre o que vai acontecer conosco no fim. Vamos acabar matando um ao outro, não? Talvez você me mate. Talvez eu o mate. Talvez mais cedo. Talvez mais tarde. Eu só queria estar certo de ter tentado mudar as coisas entre nós”.
Esse começo dá o tom da história: trata-se de um conflito psicológico em que Batman e Coringa são dois lados da mesma moeda.
O vilão, solto da cadeia, bola um plano para provar a tese de que todo mundo pode ficar doido depois de um dia difícil. Assim, ele invade o apartamento do Comissário Gordon, atira em Bárbara Gordon (Batmoça) e seqüestra o Comissário. 
Em um parque de diversões abandonado, ele tortura o policial, mostrando fotos de sua filha nua e alvejada. A narrativa é intermediada de flash backs que contam a origem do Coringa, um comediante fracasso que participa de um assalto a uma fábrica para sustentar a esposa grávida, mas a vê morrer num acidente doméstico. O trauma, junto com os elementos químicos da fábrica o transformam num dos maiores vilões do universo DC. No final, a HQ dá a entender que Batman é tão louco quanto o Coringa, embora o trauma de infância (a morte dos pais) o tenha levado a outros caminhos.
A piada mortal foi tão revolucionária que influenciaria tanto a versão cinematográfica de Tim Burton (1989) quanto a de Cristopher Nolan (2008). Tim Burton chegou a declarar: “Eu adorei A piada mortal. É o meu favorito. O primeiro gibi que gostei”.

quinta-feira, agosto 19, 2010

Livro de FC na Bienal do livro

O amigo Josiel Vieira está lançando um livro na Bienal. Trata-se do Ficção científica  intimista (editora Giz). O livro está à venda no estande 30. Abaixo o release:


Ficção científica intimista é uma coletânea de contos futuristas cuja enfoque se dá mais no relacionamento e sentimentos dos  personagens do que na mera exposição tecnológica ou na preocupação de se acertar previsões.
A influência desses contos passa pelo ambiente do centro velho de São Paulo, pela subcultura gótica/darkwave, por Neil Gaiman e  pelo simbolismo dos arcanos maiores do tarô.
Em Ficção Científica Intimista você vai conhecer jovens  desiludidos e pobres, que procuram entender o que é se ter uma identidade num mundo frio,  desgastado, feio e poluído. São jovens obscuros, anônimos, que nesse ambiente inóspito ainda arranjam coragem para se criar intimidade e amar outro alguém.
Essa coletânea é o resultado de 10 anos de trabalho dentro da assim chamada ficção científica, e por esse tempo esses contos fizeram a cabeça de muita gente. Agora é a sua vez!

MAD na Bienal

A revista MAD também estava sendo vendida na Bienal, no estande da Panini. Aproveitei para tirar foto com duas edições que contam com roteiro meu (sátiras do BBB e do filme Crepúsculo).

quarta-feira, agosto 18, 2010

Propaganda de Asterix comendo McDonald's enfurece franceses

Por Vicky Buffery

PARIS (Reuters Life!) - Uma nova propaganda do McDonald's com o campeão gaulês Asterix comendo hambúrguer e batata frita causou indignação entre puristas do quadrinho francês, que consideraram o anúncio um insulto contra o patrimônio nacional.
O outdoor mostra o valente gaulês e seus amigos comemorando seu tradicional banquete na rede de fast-food -- com o bardo Chatotorix, como sempre, amarrado a uma árvore ao lado de fora.
"Meu herói de infância sacrificado como um porco selvagem! O que vem depois? Tintin comendo no Subway?", escreveu um blogueiro com o apelido de "sirchmallow".
"Que irônico, o invencível gaulês fazendo propaganda para os invasores", disse outro comentário enfurecido no Twitter. Leia mais

Visita à Maurício de Sousa Produções

Na segunda-feira, dia 16, eu, JJ Marreiro e Antonio Eder, visitamos a Maurício de Sousa Produções. Foi como entrar numa fábrica de magia, especialmente para alguém como eu, que passou a infância lendo Turma da Mônica. Fomos recebidos pelo Sidney Gusman, que fez um tour conosco, mas também conversamos com roteiristas, desenhistas e animadores. Uma experiência única. Abaixo, algumas fotos.
Entrada do prédio.
Sala dos animadores.

Sala do Maurício de Sousa. Entre muitas coisas interessantes, um boneco do Cebolinha no estilo clássico (canto direito).
Sala do roteirista Fllávio Teixeira (Turma da Mônica Jovem - Cascão Porker). O Flávio foi muito simpático e nos contou sobre os novos projetos nos quais está trabalhando.



Plano detalhe da biblioteca, com os livros de filosofia. Sim, para escrever Turma da Mônica também é necessário entender de filosofia.
Os artistas ficam em um grande salão, com desenhistas, arte-finalistas e letristas.

Quadrinho nacional na banca do Cilvado

Os leitores de Macapá já têm, finalmente, um local para encontrar bons quadrinhos nacionais: a banca do Civaldo, na Padre Júlio, Centro, ao lado da Domestilar. Dias desses deixei algumas revistas lá e venderam em dois dias. O Civaldo me pediu mais e deixei um novo lote com as seguintes revistas: Manticore 1 e 2, A3, Máscara Noturna, Capitão Macnamara contra a invasão extraterrestre e Boca do Inferno. Os preços variam de R$ 3,00 a R$ 3,80.

terça-feira, agosto 17, 2010

Selo blog de ouro

 
Recebi do blog  Letra Torta o selo blog de ouro e agradeço.
Os blogs que eu indico para o prêmio são: 
Não me conte seus segredos http://liliandalledone.blogspot.com/

Monteiro Lobato na Bienal

O auditório da Bienal este ano foi batizado em homenagem ao mestre Monteiro Lobato. Nas paredes foram feitas reproduções dos livros do autor do Sítio. Abaixo, fotos minhas.

segunda-feira, agosto 16, 2010

Mais fotos do lançamento MSP+50

Eu e Romahs, quadrinista de Manaus, autor de uma das histórias do MSP+50
Eu e Antonio Eder, amigão de Curitiba que participou do MSP50
Eu e Sidney Gusman, coordenador editorial da Maurício de Sousa Produções e idealizador do projeto MSP50 e MSP+50
JJ Marreiro, desenhista da minha história, Sidão e eu.

domingo, agosto 15, 2010

Sobre os fãs do Maurício de Sousa

Hoje foi o lançamento do MSP+50, álbum em homenagem aos 50 anos de carreira de Maurício de Sousa com um time de feras do quadrinho nacional. Uma das coisas que me impressionaram foram os fãs do Maurício.A sessão de autógrafos começaria às 17 horas e o Maurício reservou entre 16 e 17 horas para falar conosco e autografar nossos exemplares. A sala era de vidro e do lado de fora uma multidão se aglomerava, tirando fotos, pedindo para ele começara logo a autografar... Alguns empurravam o vidro e fiquei com medo de que ele quebrasse. Em determinado foi necessário colocar seguranças do lado de fora. Confesso, foi uma experiência assustadora. Sem dúvida, o Maurício desperta uma verdadeira paixão em seus leitores.
A foto mostra a multidão que se aglomerou lá fora enquanto o Maurício autografa os álbuns dos autores e conversava conosco.




O lançamento do MSP+50

No primeiro dia, o Maurício interrompeu a maratona de autógrafos para conversar conosco e autografar nossos exemplares do MSP+50. Eu e os outros autografamos o exemplar dele.

Eu e Maurício. Mesmo cansado depois de um dia de autógrafos, ele foi muito gentil e atencioso.

Maurício de Sousa autografando um exemplar da Turma da Mônica Jovem para minha filha

Eu, Romahs, JJ Marreiro, Maurício, Antonio Eder e Will. Fãs homenageando um ídolo dos quadrinhos nacionais.

sábado, agosto 14, 2010

Bienal do livro

Gente, gente, gente. Essa frase define bem o que um dos aspectos mais visíveis da Bienal do Livro. E, claro, livro, livro, livro. Abaixo, alguns momentos de nosso segundo dia na Bienal.
Logo na entrada, há uma esposição com esse belo painel. Não me pergunte o que tem lá dentro.A fila para entrar era imensa e nem eu nem o Antonio Eder tivemos coragem de entrar. Mas fizemos uma foto. 
A estande da Panini na Bienal impressiona pelas atrações, como uma estátua do Homem-de ferro e paineis da turma da Mônica Jovem.  As filas para o caixa dobravam o quarteirão e um dos itens mais comprados era a turma da Mônica. No detalhe, duas moças lendo o MSP50 e o MSP+50, que estavam chamando bastante atenção.

quinta-feira, agosto 12, 2010

Entrevista com os candidatos (sobre cultura)

Normalmente, em eleições, um dos assuntos menos discutidos é a área de cultura (justamente um dos principais assuntos deste blog). E, no entanto, é um dos assuntos mais importantes. Um povo sem cultura é apenas um amontoado de pessoas. É a cultura que cria a cola social, que une as pessoas e as faz identificar-se com o local onde moram.
Assim, gostaria de abrir o meu blog para que os candidatos a governador apresentem suas propostas para a área. É também uma oportunidade aos candidatos de mostrarem sua relação com a área (daí as perguntas pessoais do início). Gostaria de contar com a ajuda das assessorias dos candidatos. As perguntas serão as mesmas para todos e espero que todos participem. Lembrando: um blog é um meio informal, portanto, não há necessidade de serem formais nas respostas, ok? 

Bem, as perguntas são:
1) Qual o último livro que você leu?
2) Qual foi o último filme que assistiu?
3) Qual foi a última história em quadrinhos que leu?
4) Costuma assistir peças de teatro? 
5) Cite um ou mais artistas locais que aprecia.
6) Sua proposta na área cultural é investir em grandes projetos ou pequenos projetos? Por quê?

7) O edital de incentivo à cultura ainda não está funcionando no Estado. O que pretende fazer a respeito, caso seja eleito governador?
8) Fale sobre suas propostas para a área de cultura.