Foram os próprios oficiais alemães. Quando Hitler chegou
ao poder, ele fez um acordo implícito com a aristocracia militar, mas esse
acordo chegaria ao fim com a iminência da derrota alemã. A invasão dos aliados
na Normandia fora a gota da d´água. Duas semanas depois desse fato, ele fez uma
refeição com os marechais von Rundstedt e Erwin Rommel, no seu quartel-general
nas proximidades de Margival, na Fraça. Desconfiado, Hitler primeiro esperou
que todos provassem a comida. Quando saiu do encontro, Rommel comentou com o
general Speidel que se Hitler não começasse uma negociação para uma cessar fogo
no ocidente, eles teriam que agir.
A situação, de fato, era desesperadora. Os ingleses e
americanos avançavam pelo Ocidente e, no Oriente, as tropas russas avançavam na
direção de Berlim com fúria avassaladora.
Logo ficou claro que Hitler não negociaria com os
aliados. Para ele, só existia a vitória ou a destruição da Alemanha. A única
maneira de reverter a situação era matar o fuhrer.Assim um pequeno grupo de
conspiradores, todos militares, entrou em ação.
O escolhido para dar encaminhamento ao plano foi o Conde Von Stauffenberg, um mutilado de
guerra.
No dia 20 de julho de 1944, ele compareceu a uma reunião
no QG do Front Oriental. Levava consigo duas bombas com um mecanismo que, uma
vez acionado, provocariam uma grande destruição. Ele entrou em uma sala e armou
a primeira bomba. Mas o medo de ser descoberto fez com que ele desistisse de
armar a segunda.
Em seguida, Von Stauffenberg entrou na sala onde estava
Hitler e seu Estado-Maior, em pé, ao redor de uma mesa, sobre o qual se
encontrava um mapa. O conde colocou a mala na qual estava a bomba ao lado de
Hitler, no chão, e saiu.
A bomba explodiu como esperado e parecia impossível que o
fuhrer tivesse sobrevivido. Mas foi isso que aconteceu. Apesar de estar ao lado
da bomba, ele, aparentemente, foi protegido pela mesa. Havia 24 pessoas na
sala. Onze delas sairam gravemente feridos e alguns morreram nos dias
seguintes, mas Hitler teve apenas escoriações leves.
Comentando
o caso com o ditador Benito Mussolini, o Führer disse-lhe que o episódio o
convencera de que estava destinado a continuar em sua grande causa.
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