Joía rara, episódio da terceira temporada de Jornada nas
Estrelas escrito por Joyce Mukat e dirigido por John Erman é um daqueles
exemplos de como a série podia alcançar um altíssimo nível narrativo mesmo com
recursos mínimos.
Na história, Kirk, McCoy e Spock descem a uma estação de
pesquisa para resgatar cientistas de um planeta que será destruído por uma
supernova. Eles encontram a estação abandonada. Quando uma tempestade solar faz
com que a Enteprise tenha que se afastar do planeta, eles são teleportados por
uma inteligência misteriosa para um local onde uma mulher dorme sobre um
tablado. Ao tentar se comunicar com ela, descobrem que é muda. Mais: ela cura
um ferimento de Kirk, indicando que se trata de uma empata.
O grupo foi raptado por dois alienígenas com cabeças enormes
(bem ao estilo das maquiagens dos filmes de ficção científica dos anos 1960)
vestindo camisolões prateados. Eles querem um dos três tripulantes da
Enterprise como cobaia para uma experiência que pode terminar em morte.
Tirando um outro móvel, todo o cenário é composto de
cortinas pretas e o único efeito especial é uma barreira energética colorida e
um efeito de teletransporte. Assim, toda a força do episódio se concentra no
ótimo roteiro, que explora muito bem os personagens, nas ótimas interpretações
e nos truques de direção.
O roteiro, com uma forte mensagem a favor da fraternidade e
da compaixão, aproveita muito bem, em seu desfecho, cenas como aquela em que os
personagens disputam sobre quem será a cobaia como forma de poupar a vida dos
amigos.
Em tempo: nesse episódio, McCoy solta uma das suas famosas
pérolas: “Eu sou um médico, não um mecânico!”.
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