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sexta-feira, maio 30, 2025

Perry Rhodan – A partida dos oldtimers

 

Embora fosse uma série que tinha um pé na ficção científica hard, Perry Rhodan às vezes forçava a mão nos fatos inacreditáveis. Exemplo disso é o número 216, A partida dos oldtimers.

Na história, os terranos estão presos no planeta Horror, sob o efeito de um aparelho que os miniaturizou assim como a nave que foi ao seu auxílio. Uma nova nave terrana está chegando e precisa ser avisada do perigo, mas como, se o aparelho de comunicação da Crest também foi miniaturizado e não tem potência para tal? A solução encontra é resgatar uma nave deixada no interior do planeta. O problema é que a nave tem dez metros de comprimento e os personagens têm 2 milímeros. Mesmo com todas as explicações sobre talhadeiras e roldanas, é difícil engolir a história. Seria como micróbios pilotando uma nave espacial.  

O volume é escrito por William Voltz, o melhor escritor da série e ele faz de tudo para tornar esse livro interessante. Inventa, por exemplo, que uma das naves está sendo disputada por soldados e uma fera de vários braços – o que nos traz os melhores momentos da história e permite a Voltz exercitar sua versão humanista da ficção científica.

A capa original alemã. 

Depois, quando soldados tentam destruir a nave terrana, o livro volta a se tornar interessante.

O problema é que a trama básica desse livro era pouco verossímil e, além disso, a história já girava há tanto tempo ao redor de Horror, que o leitor não aguentava mais. Pelo menos eu, quando lia, pensava: “Caramba, eles nunca vão sair desse planeta?”. O fato dos terranos terem sido miniaturizados por uma atitude burra e impensada de Rhodan, fazendo algo que parece contra o que conhecemos do personagem, também não ajuda.

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