Uma ótima dica para quem visitar Ferreira Gomes é o hotel Pororoca. Situado à beira do rio Araguari, é um ambiente agradável, longe da muvuca e do som alto. Um local para relaxar ao som dos passarinhos e da água do rio. Alguns apartamentos têm sacada de frente para o rio, o que é uma atração a mais. O hotel também conta com uma trilha e um parque temático sobre as lendas da amazônia. A garotada com certeza vai adorar mergulhar nesse universo mitológico. Os contatos para reserva são o e-mail pororocahotel@bol.com.br e os telefones (96) 33261436 e (96) 999717424. Confira abaixo algumas imagens do parque temático.
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quinta-feira, julho 31, 2025
O menino que adivinhava, de Marcos Rey
Thor contra Zarrko, o homem do amanhã
Thor era o herói mais poderoso da Marvel, tão poderoso que Stan Lee precisava criar artifícios para produzir algum tipo de suspense e fazer com que a vitória sobre os vilões não fosse tão fácil. Foi o que aconteceu em Journey into Mystery 101, na qual o deus do trovão enfrenta Zarkko, o homem do amanhã.
A história inicia de maneira inusitada, com o personagem atravessando a cidade e destruindo tudo em seu caminho, de latas de lixo a carros (e Homem-de-Ferro indo atrás e pagando os prejuízos). A razão é que ele continua apaixonado pela enfermeira Jane Foster e Odin, seu pai, não autoriza o relacionamento. Como um garoto mimado, o deus do trovão sai destruindo tudo por onde passa.
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Irritado, Thor sai destruindo tudo pelo caminho... |
Odin vê o episódio e, instigado por Loki, resolve punir o filho, tirando dele metade de seus poderes.
Acontece que justamente nessa situação surge do futuro um antigo inimigo de Thor, Zarkko. Como no futuro não existem armas ou máquinas de guerra, ele traz um robô de mineração para botar o terror no século XX.
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... o que faz com que ele perca metade dos poderes exatamente quando surge uma ameaça do futuro. |
A história é arte-finalizada por George Bell, que parece não entender muito bem o estilo de Jack Kirby, deixando seu desenho sujo e tirando um pouco do impacto. A saga se estenderia até o número 102, que já teria a arte-final de Chic Stone, alguém que se adaptava melhor ao estilo do rei.
Kirby, aliás, parece feliz da vida com esse roteiro, que lhe dá a oportunidade de desenhar robôs e máquinas futuristas (embora não com tanta maestria quanto ele faria mais à frente).
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Um enredo perfeito para Kirby usar sua criatividade. |
Uma curiosidade sobre essa história é que pela primeira vez vemos uma menção ao fato do martelo mjorn voltar para as mãos de Thor, um recurso maneiro, que, no entanto, acabava com um expediente de suspense comum até então: o de que o herói voltava a ser Don Blake depois de 60 segundos longe do seu martelo.
Roteiro de quadrinhos: Texto de ambientação
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Texto de ambientação na graphic Manticore |
Hiper-realidade e simulacro nos quadrinhos
Já está disponível para leitura, no site da FAV-UFG, a minha tese A fantástica história de Francisco Iwerten: hiper-realidade e simulacro nos quadrinhos do Capitão Gralha. O PDF pode ser baixado aqui.
A vila dos quadrinistas
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Os churrascos reuniam alguns dos principais artistas da Grafipar |
No final dos anos 1970 e início dos anos 1980 formou-se em Curitiba algo único no mundo: uma vila de quadrinistas. A vila surgiu em decorrência do sucesso da Grafipar, editora cujo sucesso estava calcado principalmente nas revistas eróticas.
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Casa de Gustavo Machado |
Companheiros do Crepúsculo – O sortilégio do Bosque das Brumas
As histórias em quadrinhos sobre a Idade Média geralmente
apresentam uma sociedade idealizada e idílica, com cavaleiros andantes belos e
bem intencionados. Principe Valente, de Hall Foster, é o representante máximo
desse paradigma. A série Companheiros do Crepúsculo, de François Bourgeon
foge completamente dessa imagem ao mostrar uma Idade Média extremamente
violenta, mas ao mesmo tempo, mágica.
O impacto dessa quebra já pode ser percebido no primeiro
álbum da série desde a primeira página com seu texto impressionante: “Diz-se
que esta durou cem anos. Nada a distinguiu verdadeiramente daquela que a
precedeu nem daquela que a seguiu. Como o granizo ou a peste, a guerra se abate
sobre os campos quando menos se espera. De preferência quando o trigo está
maduro e as moças bonitas” enquanto as imagens mostram a imagem idílica de um
povoado e de campos. No final dessa página, aparece Mariotte, a protagonista.
O texto de abertura repete em todos os álbuns da série.
A garota ruiva vive na floresta, com a sua avó, e são
consideradas bruxas, pois não frequentam a missa e vivem colhendo plantas pra
fazer remédios. Por conta disso, Mairotte é constantemente vítima de bullying dos
moradores do vilarejo, como vemos na sequência inicial, em que os adolescentes
jogam a garota no rio. Como vingança, ela indica o caminho da aldeia para
soldados que passam por ali.
Mariotte é vítima das brincadeiras malvadas dos adolescentes da vila.
Vale lembrar que nessa época, França e Inglaterra estavam
em guerra há quase 100 anos e o conflito havia se transformado em um caos
total, com várias milícias percorrendo a área de conflito, mantando e roubando
os moradores. E é o que acontece aqui. Quando vai ver o que ocorre, Mariotte
encontra todos mortos das maneiras mais cruéis – as mulheres haviam sido
violentadas antes da morte. Há um único sobrevivente, Anicete, um rapaz, pendurado
pelo pescoço em uma viga, equilibrando-se sobre um barril. Quem o salva é um
cavaleiro misterioso, de rosto deformado.
Apesar do ato de misericórdia, o cavaleiro passa longe de ser um daqueles heróis das histórias de cavalaria.
Na série a Idade Média é mostrada em toda a sua violência.
Descobrimos que ele é de origem humilde, mas que nos torneios acabava sempre vencedor, gerando inveja nos nobres. Assim, durante uma justa quando ele fica com o pé preso no estribo enquanto o cavalo dispara, ninguém interfere. O resultado é o rosto deformado.
Como forma de vingança, quando eclode a guerra, ele monta uma milícia especializada em sitiar castelos dos nobres. “Deixo que imagines como tratávamos, eles e suas malditas fêmeas. Mas posso afirmar isto: no momento de entregar a alma, não houve sequer um ou uma cujo rosto ficasse devendo alguma coisa à feiura do meu”.
O cavaleiro segue em uma jornada de vingança contra os nobres.
Mas o destino reserva uma ironia para o cavaleiro rebelde. Uma única mulher nobre demonstrara compaixão por ele e cuidara de sua saúde após o acidente com o cavalo. Quando invadem um dos castelos, o cavaleiro misterioso descobre a dama empalada por seus homens. Assim, seu objetivo é encontrar a morte e ajustar contas com ela por esse golpe do destino.
A trama por si já faria desse álbum um clássico, mas há vários outros méritos. Bourgeon antes de adentrar no mundo dos quadrinhos fazia vitrais e trouxe essa experiência para quadrinhos em imagens destalhadas e historicamente precisas. Além disso, sua diagramação era constantemente inovadora.
Mas o que mais me chamou atenção quando li o álbum pela primeira vez foi a forma como Bourgeon mistura sonho e realidade, fazendo com que o leitor raramente consiga distinguir um do outro. A linha que separa a fantasia da realidade é tão tênue a ponto de ser indistinguível.
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O trio é aprisionado por duendes. |
Os dois cavaleiros e mais Mariotte, que se juntara a eles,
entram num bosque enevoado de onde não conseguem sair. Eles acabam sendo aprisionados por duendes pelo
fato dos cavalos terem destruído, com suas patas, casas e matado alguns seres.
Bourgeon diferencia os pequenos seres não só pela aparência, mas também pela forma de falar, sempre em rima, muitas vezes com palavras distorcidas para se encaixarem na rima, como se fazia na Idade Média.
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Bourgeon usa o requadro como elemento narrativo. |
O trio é condenado a serem mortos e salgados e distribuídos entre os pequenos seres. Mas os jovens propõe que sejam libertados se livrarem a aldeia do monstro que os aterroriza. Para isso, tanto Anicet quanto Mariotte são mantidos como reféns enquanto um casal de jovens duendes mostra o caminho para o cavaleiro.
Entre as sequências mais impressionantes, entre muitas impressionantes,
há aquela em que o cavaleiro entra numa caverna e o chão desaba sob seus pés.
Bourgeon usa o requadro para simular o efeito de queda, com o cavaleiro indo
para um lado e o requadro para o outro.
Black Mirror – sexta temporada
Charlie Brooker, o criador de Black Mirror, parece ter se cansado das histórias de ficção-científica distópicas, especialmente nas baseadas nos perigos da tecnologia. A sexta temporada, composta por cinco episódios tem uma variedade de temas que vão da ficção científica à fantasia, passando pelo terror. Apresento abaixo os episódios, do melhor para o pior:
A Joan é péssima
Esse é o melhor episódio da temporada, e também o que mais se encaixa no tema de Black Mirror. Joan é uma mulher comum vivendo uma vida comum até descobrir um programa numa rede de streaming que é nada mais nada menos que sua vida, minuto a minuto sendo narrada de forma quase instantânea. Na tela ela é interpretada por Salma Hayek. Isso faz com que sua vida vire de cabeça para baixo: ela perde o noivo, perde o emprego, passa a ser odiada por todos. Ao tentar processar a empresa, descobre que ela havia dado autorização para que sua vida fosse assim exposta quando assinou os termos de uso da plataforma. Pior: ela não pode nem mesmo processar Salma Hayek, pois quem aparece na tela, na verdade, é um simulacro feito por inteligência artificial. O episódio discute a questão da privacidade (ou falta de) no mundo tecnológico, mas seu principal tema parece ser o uso de inteligência artificial no lugar de atores, discussão que se tornou ainda mais atual com comercial da Wolkswagen na qual Elis Regina é recriada digitalmente. Esse é um episódio que pode gerar horas e horas de muito debate, como ocorre com as melhores histórias de ficção científica.
Beyond the Sea
A história se passa na década de 1960, com carros e roupas da época. Dois astronautas estão numa missão para um local que não é especificado que deverá durar anos. Para que não fiquem loucos, cada um ganha um robô simulacro, com o qual podem continuar convivendo com suas famílias enquanto viajam. Mas um grupo de hippies destrói a réplica de um deles e mata sua família (uma referência óbvia à família Mason), fazendo com que ele entre em depressão. Para tirá-lo desse estado, que pode comprometer a missão, o outro oferece seu corpo robótico, o que gera uma situação desastrosa, que inclui uma paixão do astronauta pela esposa do outro. Além de toda a discussão relacionada à questão dos simulacros, um dos charmes do episódio é justamente a discrepância entre o cenário antiquado, com carros e roupas da década de 1960, e a tecnologia de viagens espaciais e de androides – o que me levou a pensar: não seria também o mundo real um tipo de simulacro para os astronautas? Instigante.
Demônio 79
Uma deliciosa homenagem de Charlie Brooker aos filmes ingleses de terror da década de 1970 com seus maneirismos narrativos e exageros. Uma mulher indiana trabalha em uma loja de sapatos e, ao almoçar no porão, descobre um talismã que liberta um demônio, que toma a forma do vocalista do grupo Boney M. , famoso na época. Ele explica que ela deverá cometer três assassinatos em três dias para impedir um hecatombe nuclear. Há aqui uma deliciosa mistura de terror com humor, como quando ela mata um homem, o demônio faz uma ligação que se assemelha a uma ligação para call center, apenas para descobrir que aquele assassinato não vale, pois feria determinada regra. Com certeza o episódio mais divertido, mas também um episódio que parece muito mais ter saído de Além da Imaginação. Uma curiosidade sobre esse episódio é que ele é uma homenagem às avessas ao clássico de Natal A felicidade não se compra, de Frank Capra. No filme do Capra é um anjo que precisa salvar um homem. Em Demônio 79 é um demônio que precisa corromper uma mulher.
Mazey Day
A história é focada em uma fotógrafa especializada em fotografar astros para publicações sensacionalistas. Ela abandona a profissão depois que uma de suas fotos faz um ator se suicidar, mas a falta de dinheiro faz com que ela volte à ativa tentando fotografar uma jovem estrela problemática de Hollywood que parece estar envolvida com drogas e está sendo escondida por seu produtor. O episódio mostra uma guinada no final, que leva a trama para o terror. Apesar de tocar em alguns temas interessantes, como a questão da privacidade de pessoas públicas, o final banaliza essas discussões.
Loch Henry
Um jovem casal de cineastas resolve fazer um documentário sobre uma série de assassinatos ocorridos numa cidade. Entretanto, o documentário pode revelar verdades escondidas perigosas até mesmo para o protagonista. Apesar da rerviravolta no final, é um episódio fraco, do tipo que terminamos de assistir e temos a sensação de que faltou algo.
quarta-feira, julho 30, 2025
Perry Rhodan - Missão Secreta: Moloque
Uma das razões que faziam os livros escritos por William Voltz (além da qualidade do texto) se diferenciarem dos outros da série Perry Rhodan era a forma como o autor conseguia manejar o suspense, escrevendo um livro que se tornava interessante da primeira à última página. Isso pode ser visto, por exemplo, no número 91, o terceiro escrito por ele.
Na história, Rhodan resolve tentar contato com os deformadores de matéria com o objetivo de conseguir aliados, afinal, agora todos sabem a localização da Terra, o que faz com que ela seja um alvo preferencial.
Os cálculos indicam que os deformadores podem ser encontrados em planeta chamado Moluque e para lá é enviada uma nave da classe estado comandada pelo coronel Marcus Everson, que já havia tido contato com um deformador de matéria no volume O pavor (também escrito por Voltz).
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A capa original alemã |
Mas quando a nave desce no planeta, o sistema antigravitacional falha, fazendo com que ela simplesmente desabe. Isso é só o início de uma série de eventos que vão mostrado aos poucos que os terranos caíram em uma armadilha.
Voltz vai aumentando cada vez mais essa sensação de armadilha ao mesmo tempo em que joga com o suspense, colocando algumas informações sobre eventos futuros, a exemplo de: “Não acreditou nem em Petsteven nem no nativo... até que acontecesse alguma coisa com Edward Bellinger”.
Isso faz com que os suspense se mantenha o tempo todo. Aliás, esse é um dos livros em que o leitor acredita piamente que tudo inevitavelmente vai dar errado, mas literalmente na última página tudo se resolve de maneira lógica.
Se isso não fosse mérito suficiente, em sua visão humanista, Voltz detalha cada um dos personagens do livro, trazendo uma caracterização ou informação sobre ele, a exemplo do próprio Coronel Everson: “Poucos comandantes da frota estelar eram tão estimados como Everson. Seus homens o veneravam. Sabia dar o máximo de liberdade e exigir apenas o mínimo de disciplina, sem que isso afetasse sua autoridade”.
Considerando que Perry Rhodan era uma série de ficção científica produzida de modo quase industrial, o que William Voltz fazia é muito mais do que se poderia esperar.
Mas não se matam cavalos?
Na década de 1930 um fenômeno bizarro se espalhou pelos EUA: as maratonas de dança. Elas tinham surgido na década de 1920 e duravam poucas horas. Com a grande depressão, as maratonas passaram a ser buscadas por pessoas desesperadas em busca do prêmio, que variava de 1000 a 1500 dólares, e comida, já que os dançarinos tinham direito a várias refeições diárias.
As maranotas começaram a durar dias, semanas e até meses, com os competidores muitas vezes desmaiando de exaustão. Para o público, o evento era uma forma de se divertir com o sofrimento dos outros e esquecer as agruras da vida.
O escritor Horace McCoy chegou a participar de uma dessas maratonas durante um período em que estava desempregado. A experiência serviu de base para seu primeiro romance, Mas não se matam cavalos, de 1935.
O livro é narrado por Robert Syverten, um rapaz que pretende se tornar diretor de cinema. Ao tentar trabalho em um estúdio, ele conhece Gloria Beatty, uma figurante de pouca expressão que o convence a participar da maratona como forma de chamar atenção dos estúdios de cinema.
McCoy constrói a narrativa de forma envolvente e provavelmente revolucionário à época. Já no primeiro capítulo descobrimos que Robert matou Glória. Ele está no tribunal, sendo julgado por essa morte. Tudo que é narrado no livro são as suas lembranças enquanto ele ouve a sentença, cujas partes são distribuidas ao longo dos capítulos.
Nitidamente o autor é influenciado pelo estilo noir e isso se reflete na escolha narrativa, que trata o tema como uma história policial. Sabemos que o protagonista matou sua parceira na dança, mas queremos saber por que é em que circunstâncias isso aconteceu.
A influência do noir aparece também no texto, direto, sem firulas estilisticas. As elocução dia diálogos, por exemplo, limitam-se a “ele disse, ela disse”.
Essa escolha narrativa pode parecer pobre, mas funciona perfeitamente no livro.
McCoy traz detalhes sobre como funcionavam as maratonas:
“A maratona começou com 144 pares, mas 61 desistiram na primeira semana. A regra era dançar durante uma hora e cinquenta minutos e depois dez minutos de descanso, quando a gente podia dormir se quisesse. Mas aqueles dez minutos também eram para a gente se barbear, ou tomar banho, ou cuidar dos pés, ou qualquer outra necessidade”.
Depois de um certo tempo, a maioria se mexia apenas o bastante não serem desclassificados.
Traz também detalhes sobre o nível de crueldade dessas competições. À certa altura, por exemplo, o organizador inventa um tal de Derby, uma corrida em volta de um círculo. Os homens só podiam andar sobre os calcanhares ou nas pontas dos pés. As mulheres os acompanhavam agarradas aos seus cintos. É de se imaginar o quanto pessoas exaustas correndo dessa forma em volta de um círculo poderia gerar um espetáculo bizarro para a plateia. Os ganhadores do Derby recebiam como prêmio de apenas 10 dólares, um valor baixo, mas que podia fazer a diferença numa época de depressão econômica.
Outra forma de ganhar dinheiro era se exibir para a plateia esperando receber moedas.
McCoy cria a impressão de que estamos vendo tudo aquilo diante de nossos olhos, impressão ampliada pela estratégia de colocar, no início de cada capítulo as horas transcorridas e os casais restante.
A personagem Glória, com seu instinto depressivo, tornou-se um dos maiores símbolos dos EUA no período após a queda da bolsa de 1929.
Mas não se mata cavalos agradará tanto quem gosta de histórias policiais ou dramas humanos quanto quem tem interesses em relatos sobre esse momento histórico.
Passando vergonha na rua mais elegante de Belém
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Braz de Aguiar foi durante muitos anos a rua mais elegante de Belém. |