The
Witcher é a adaptação da Netflix da série de livros de fantasia do polonês
Andrzej Sapkowski. O personagem foi criado no início da década de 1980 para um
concurso de uma revista de fantasia. O conto ficou em terceiro lugar, mas o
autor gostou do resultado e foi ampliando o universo do personagem com outros textos.
Na década de 1990 o herói estreiou cinco romances. Depois foi adaptado para os
games, que o tornaram realmente famoso fora da Polônia.
A série
da Netflix se debruça sobre os contos e romances e a plataforma já anunciou a
segunda temporada.
A trama
se passa num mundo fantástico dominado por magia e povoado de seres
fantásticos, como elfos, dragões e similares. Nesse mundo, feiticeiras são
treinadas para se tornarem conselheiras de reis e meninos são treinados para se
tornarem bruxos. Há um problema aqui. A palavra escolhida pelo tradutor pode
dar a entender que se trata de alguém que lida com magia, o que não é verdade.
Embora possam fazer alguns atos mágicos, os witchers são na verdade
guerreiros, caçadores de monstros.
O
protagonista da história é Geralt de Rivia, um bruxo
envolvido com uma trama muito maior, que pode terminar com o fim da
civilização. Duas personagens femininas se destacam: a feiticeira Yennefer, uma
porqueira vendida pelo padastro por quatro moedas que descobre ser uma das
feiticeiras mais poderosas de sua época e Cirila, a herdeira de um reino
invadido que procura por Geralt, com o qual tem uma relação de destino.
A série foi anunciada pela Netflix como uma nova Guerra dos
Tronos, o que certamente é um exagero, mas não deixa de ser uma boa atração
para quem gosta de fantasia.
Henry
Cavill surpreende no papel do bruxo. Ou talvez tenha encontrado o papel de sua
vida: um caçador de monstros que não tem emoções, e, portanto, não precisa
demonstrá-las. Se Henry Cavill no papel de um choroso Superman era vergonhoso,
aqui ele parece perfeito.
A
trama geral é séria e dramática, no estilo Guerra dos Tronos, mas há capítulos,
como o da caça ao dragão, que têm o clima do desenho Caverna do Dragão ou dos
seriados de fantasia que passavam na Globo nas tardes dos anos 1990, a exemplo
de Xena.
Os
roteiristas optaram por fazer uma narrativa não-linear, o que deixa
interessante a história, permitindo que seja contada a origem de personagens
como a feiticeira sem um longo primeiro ato com praticamente nenhuma ação.
Resumindo:
The
Witcher pode não ser o novo
Game of Thrones, mas agrada. E se tiver um final melhor que o de GOT, já está
valendo e muito.
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