Jovem
Sheldon é um daqueles raros casos em que uma série derivada se torna ainda
melhor que a original.
O
seriado surgiu de uma ideia de Jim Parsons, o Sheldon do seriado The Big Bang
Theory. A ideia era mostrar a infância do personagem no Texas, um dos estados
mais conservadores dos Estados Unidos. Isso gera diversas situações de humor,
como no episódio em que Sheldon resolve fazer uma petição contra a mudança do
sabor de um pão e passa a ser visto como comunista.
Em
outras situações, é a própria inabilidade do protagonista para lidar com situações
cotidianas, como guardar um segredo ou fingir que está doente para não ir à
escola que provoca as situações de humor.
Boa
parte da qualidade do seriado está ancorada na incrível interpretação de Iain
Armitage, que consegue ser ao mesmo tempo arrogante, insuportável e... carismático.
Se
tivesse apenas Sheldon, o seriado já valeria a pena, mas aqui temos também uma ótima
construção de personagens secundários, que muitas vezes roubam a cena. Destaque
para Annie Potts como a Vozinha. Alguns dos melhores episódios são focados na
relação dela com o Dr. John Sturgis, professor de Sheldon na faculdade
(interpretado por Wallace Shawn). Pena que a relação entre os dois tenha durado
pouco.
Talvez
o que diferencie Jovem Sheldon da sitcom que lhe deu origem é que aqui também há
espaço para o drama, como as inquietações teológicas da mãe do protagonista ou
os problemas familiares, como o irmão que engravida uma garota.
A
série tem episódios curtos, de 20 minutos e todos deliciosos, deixando sempre
uma sensação de quero mais.
Em
tempo: Jovem Sheldon está disponível na Netflix.
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