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segunda-feira, dezembro 16, 2024

Jornada nas estrelas - A última batalha


Por suas características, a ficção científica é um gênero perfeito para metáforas sociais. Um ótimo exemplo disso é o episódio a última batalha, da terceira temporada da série clássica de jornadas.

Na trama, a Enterprise está em indo na direção de um planeta assolado por uma pandemia. Sua missão é inocular na atmosfera do mesmo um remédio para a doença. Mas, no meio do caminho encontram com uma nave da federação que tinha sido roubada.

Seu ocupante é um homem bicolor, metade do corpo branca e metade preta. Pouco depois, teleporta-se para a nave um outro ser bicolor que diz ser um policial à procura de um bandido. 

O detalhe é que as cores são invertidas: o lado que é branco em um é preto no outro. Isso gerou uma guerra entre as duas espécies, chegando ao ponto de uma ver a outra como inferior. 

Confesso que minha reação original a esse episódio foi de desagrado. Afinal, para os padrões de hoje, o único efeito especial do episódio, a maquiagem dos personagens, parece tosca. Mas o roteiro acabou me prendendo. 

A situação permite relacionarmos a situação com as mais variados episódios da história humana: da escravidão,que tinha como base a cor da pele dos escravizados, vistos como inferiores, até os conflitos que surgem simplesmente porque uma pessoa, ou um grupo social, é diferente do outro.

Envolvidos em vórtice seu conflito de milhares de anos, os dois personagens não conseguem perceber a semelhança entre eles, algo que para Kirk e Spock parece óbvio. 

No final, fica claro como essa visão superficial e preconceituosa pode levar uma raça à extinção. 

Mais do que uma boa história, o episódio é um alerta para a humanidade.

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