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terça-feira, abril 15, 2025

Fundo do baú - Perdidos no espaço

 


Perdidos no espaço é um daqueles casos singulares em que toda uma série muda para se adequar a um ator que, a princípio, deveria aparecer apenas em alguns episódios.

Criada por Irwin Allen, a série se passava em um futuro distante, em que a terra estava sofrendo com super-população. Assim, uma família, os Robinsons, são escolhidos para tripular uma nave em direção a Alpha Centauri, com o objetivo de conseguir uma nova casa para os humanos. A eles junta-se o Major Don West.

Mas tudo dá errado quando um espião de uma nação inimiga sabota a nave. Entretanto, ele acaba ficando preso na nave e quando a programação faz a nave se perder no espaço, ele acaba se perdendo junto. No final, eles ficam presos em um planeta desconhecido.

Esse espião era o Doutor Zachary Smith, interpretado por Jonathan Harris. Ele percebeu que seu personagem era chato e desinteressante (já que ele deveria aparecer apenas nos primeiros episódios) e começou a reformulá-lo. Ele interpretava de uma maneira cômica, introduzindo humor em uma série que, a princípio deveria ser séria (a inspiração de Forbiden Planet era tão grande que um dos episódios tinha esse nome). Além disso, criava suas próprias falas, fugindo do roteiro. Suas brigas com o robô Robby tornaram-se célebres com frases de efeito que logo caíram no gosto do público.

Logo, O Doutor Smith se tornou o vilão que todos adoravam odiar e os roteiristas passaram a aproveitar isso, mesclando a ficção científica original da série com humor.

A maioria das histórias, aliás, passou a girar em torno da mesquinharia do Doutor Smith e seus planos mirabolantes que quase sempre colocavam alguém ou até todos em perigo. 

Perdidos no espaço teve três temporadas com 84 episódios e só foi cancelada porque era uma série cara para os padrões da época.

Uma curiosidades é que o seriado é uma adaptação do livro A família Robinson, de Johann David Wyss no qual uma família de imigrantes que vão parar em uma ilha deserta após um naufrágio. O livro Wyss, por outro lado, era versão de Robison Crusoe, de Daniel Defoe.

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