Início

segunda-feira, setembro 29, 2025

Trent – El Chaval

 


Nas histórias de faroeste é comum os bandidos serem mostrados como malfeitores cruéis e desalmados. A segunda história da série Trent, de Rudolph e Leo, modifica totalmente esse paradigma ao mostrar um garoto que vive de roubos e, com apenas 17 anos já matou dez pessoas… mas é também um apaixonado por poesia.

A história começa com um assalto a um banco de uma pequena cidade efetuado por um garoto de 17 anos e uma menina de 16, sua namorada. Alertado, o xerife consegue matar a garota, mas o seu parceiro foge e Trent é destacado para prendê-lo.

A história começa com um assalto que dá errado. 


O que torna a história interessante é o dilema ético do policial e sua percepção de que o diabo não é tão ruim quanto lhe pintaram. O superior de Trent diz que o fugitivo dispara em tudo que se move, mas, conforme vai seguindo seu rastro, o policial descobre que ele deixou amigos pelo caminho e que a história não é tão preto no branco. Por exemplo, dois rapazes mortos por ele eram o terror da cidade onde moravam e o atormentaram até que ele aceitasse um duelo.

Se esse aspecto psicológico já não fosse interessante o suficiente, ainda temos um plot twist. Trent consegue pegar o fugitivo dormindo e algemá-lo. Mas quando saí para caçar, fugitivos de uma penitenciária chegam ao local e prendem Trent e o prisioneiro na mesma algema, tirando deles todos os pertences, inclusive as botas.

Émile deixa mortos, amigos e poesia por onde passa. 


Sensível e ao mesmo tempo empolgante, Trent é um dos melhores faroestes que já li. Pena que nenhuma editora brasileira se interessou em publicar por aqui. Mas para os que ficarem curiosos, é fácil achar scans.

Sem comentários:

Enviar um comentário