Mesmo com a repercussão positiva da fase de Denny O´Neil e
Neal Adams à frente do título Lanterna Verde e Arqueiro Verde, chegou um ponto que
a revista dos personagens foi cancelada. Os autores, no enanto, resolveram
fazer um canto do cisne, uma história dividida em três partes curtas publicadas
nos números 217, 218 e 219 do título do Flash. 

O Arqueiro mata acidentalmente uma pessoa - e desaparece.  
A história começa com o Arqueiro caindo numa armadilha de
bandidos, que tentam encurralá-lo num beco. Ele consegue se livrar deles, mas
quando descobre que há um deles com um rifle no alto de um prédio e tenta
desarmá-lo, a dor no ombro (ele tinha sido atingido por uma flecha em uma
história anterior) faz com que ele erre a mira e acabe matando o homem. Essa era
uma fase em que super-heróis não matavam, de forma que isso provoca uma crise no
personagem, que acaba desaparecendo. 

Uma das páginas mais lindas da história.  
A trilogia é focada nas tentativas do Lanterna Verde e da
Canário Negro de achar o companheiro e tem alguns ótimos momentos, como quando
a Canário descobre um grupo de extrema direita que pretende matar estrangeiros
e acaba sendo aprisionada pelos mesmos. Há também momentos forçados, como quando
o Lanterna sobrevive a uma explosão de um prédio e não existe explicação nenhuma
de porque os bandidos colocaram explosivos no local. 

O Arqueiro é acolhido em um mosteiro.  
Mas talvez a parte de maior importância tenha sido a do
Arqueiro no mosteiro, onde ele aprende uma outra visão sobre o uso do arco e
flecha que lembra muito o zen budismo. Se considerarmos que Denny O´Neil foi o
mestre de Frank Miller, pode ser que tenha surgido ali algumas das ideias
usadas por Miller em Demolidor (Uma das melhores histórias do personagem é
aquela em que Stick ensina o pupilo a atirar com arco e flecha). O próprio
O´Neil usou a ideia do personagem recebendo um treinamento tanto físico quanto
espiritual em Batman, na década de 1980.   

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