O capítulo 36 da série de ficção científica Perry Rhodan se
passa em plena guerra dos saltadores contra Perry Rhodan. Os números anteriores
mostraram que os chefes de clãs haviam se reunido no planeta Goszul afim de
decidir o destino a Terra.
Os
mutantes John Marshall, Tako Kakuta, Kitai Ishbashi e Tama Yokida haviam
se infiltrado em uma nave e penetrado na reunião com objetivo de fazer com que
os mercadores acreditassem que seria suicídio atacar os terranos.
Em
O flagelo do esquecimento, os mutantes, com a ajuda de Gucky, colocam em ação o
plano de Rhodan para livrar o planeta dos saltadores, libertando os habitantes
locais de um longo período de jugo.
O
plano já está expresso no título: espalhar no planeta uma doença do
esquecimento. Como explica Perry Rhodan à certa altura: “Todo homem que entrar
em contato com a bomba, manifesta logo sintomas de uma doença desconhecida.
Placas vermelhas no rosto, dores na nuca, sensação de cansaço etc. Mas o pior
vem ainda: o cérebro da pessoa atingida não funciona mais direito. Não poderá
se lembrar mais de nada”.
Para
que os saltadores não desconfiem que se trate de uma guerra bacteriológica, o
que de fato é, os mutantes infectam primeiro os habitantes locais do planeta e
são esses que passam a doença para os invasores.
Alguém
da equipe editorial responsável pela publicação de Perry Rhodan deve ter
pensando: “Ei, fazer uma guerra bacteriológica não é algo digno de um herói”.
Ou talvez tenha sido o próprio organizador dos volumes, K. H. Scheer.
A
solução: há um antídoto, que faz com que a pessoa volte a ter memória. Mesmo
assim, deve ter parecido muito cruel usar os pobres habitantes de Goszul como
vetores. Aí veio o acréscimo: a doença não só era curável com um soro, como
ainda aumentava a inteligência dos curados em 20%, algo bem a calhar para os
habitantes do planeta.
Lá
pelo final surge mais um dilema ético: os saltadores poderiam espalhar a doença
por outros planetas, provocando uma pandemia universal. Aí mais uma vez o autor
Clark Darlton cria uma explicação, na voz de Perry Rhodan: depois de algum
tempo a memória volta, independente do soro.
Embora
tenha uma boa trama de aventura, O flagelo do esquecimento chama mais atenção
pelos dilemas éticos levantados pela trama.
Sem comentários:
Enviar um comentário