O Coringa é o vilão mais carismático do Batman, tão popular que no ano de 1975 ganhou revista própria. Escrita por Denny O´Neil e desenhada por Irv Novick e Dick Giordano, a história mostrava Coringa tentando passar a perna no Duas Caras, que havia sido libertado da prisão por um bandido chamado Señor Alvarez. Toda a trama é desencadeada por uma frase do bandido: “Necessito de um verdadeiro mestre do crime – e o Duas Caras é mais qualificado do que você, senhor Coringa!”.
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| O Coringa empreende uma fuga espetacular... |
Embora o tom das histórias naquela época fosse mais infantil, algo que chama a atenção é a criatividade dos roteiristas. Exemplo disso é a fuga da palhaço. Ele parece estar brincando com balões presenteados pelo pessoal da caridade, mas na verdade a bomba estava cheia de hélio. Quando os guardas resolvem atirar, descobrem que suas armas foram trocadas por itens que disparam um pano com a cara do coringa.
Uma saída triunfal que só vai se igualar à entrada triunfal no quarto onde o Duas Caras e Alvarez estão hospedados. O Coringa simplesmente sai do carrinho de comida jogando ácido nos adversários.
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| ... e uma entrada triunfal. |
O Duas Caras, por outro lado, é fascinado pelo número dois, o que leva a um equívoco: o Coringa acha que ele vai roubar os dobrões espanhóis no dia 2 e se antecipa, mas o adversário já estava lá, pois ia atacar às 2 horas da madrugada.
Mesmo sendo uma revista do Coringa, o comics code não permitia que um vilão se desse bem, de modo que tanto o Coringa quanto o Duas Caras são presos no final, em um curioso plot twist.
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| O Duas Caras tem hiper-foco no número 2. |
Denny O´Neil ficou conhecido por dar um ar mais sério e sombrio para o Batman e pelas tramas políticas da série do Arqueiro e Lanterna Verde. Mas aqui ele mostra que sabia muito bem fazer uma história divertida usando todos os elementos da era de prata da DC comics.




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