Publicada pela editora Abril em Super Powers 4, a saga de
Hugo Strange marcou uma geração de leitores.
Com roteiro de Gerry Conway e desenhos de Don Newton, a
história era continuação de uma trama anterior, na qual um mafioso elege o
prefeito e o comissário e, aparentemente mata Hugo Strange tentando conseguir
dele a informação sobre a identidade secreta do Batman.
A história começa com o mafioso sendo atormentado pelo fantasma de Strange, numa sequência genial (a arte-final de Alfredo Alcala ajuda muito no efeito).
O texto diz: “Seu nome é Rupert Thorne, e porque
controla o prefeito você é o homem mais poderoso de Gotham. Então por que você
se esconde em seu quarto, morrendo de medo? Por que estremece com uma simples
batida na porta? Afinal, você não é o chefe Thorne, aquele que tem o domínio
sobre os políticos de Gotham? Não há nenhum homem vivo que possa prejudicá-lo.
É exatamente isso que o aterroriza... nenhum homem vivo...” e quando ele abre a
porta, vemos o fantasma de Strange vestido como Batman.
Uma sequência sem duvida nenhuma impressionante. Pena que o
resto não siga o mesmo padrão.
Na sequência, Batman ajuda um bandido a fugir, vira
fora-da-lei, é caçado pela polícia, leva um tiro nas costas, mas tudo se
resolve facilmente. Incrível como os criminosos se auto-incriminam e como
ajudar alguém a fugir da prisão pode deixar de ser crime se você for o Batman.
Resolvida essa parte da trama, começa a parte interessante.
Strange não morreu. Ele volta e começa a atormentar Bruce Wayne com uma falsa
mansão Wayne. Heróis atormentados por vilões enlouquecidos podem dar origem a
grandes histórias. Que o diga JM De Matteis em A última caçada de Kraven. Mas
aqui, de novo, as boas ideias não se realizam. Strange é pouco desenvolvido e
sua loucura pouco explorada. Além disso, as solução para os falsos Robins e falsos
Alfreds é preguiçosa: são robôs.
Enfim, uma saga de ótimas ideias mal-aproveitadas.
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