Embora Crise nas infinitas terras já tenha começa bem, é a
partir do número 4 que a história se torna realmente memorável, a começar pela
impressionante capa, com o Pária olhando atônito enquanto a Precursora mata
Monitor com um raio.
Pária foi o primeiro personagem a aparecer na série. Vítima
de uma maldição, ele percorre cada um dos mundos do multiverso DC, vendo-os
morrer. No número 4, Monitor o leva para seu satélite, revela que ele é
responsável por transformá-lo no que ele é e que ele terá um papel fundamental
na crise que se aproxima, embora não explique qual é esse papel.
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A página dupla mostra as consequências da Crise... |
Aqui entra a genialidade narrativa do desenhista George
Perez. Ele ilustrou o diálogo entre os dois em uma página dupla, em que dos
dois aparecem, um de cada lado, enquanto no meio vemos as consequências da
crise em sequências em que os heróis nitidamente estão sendo derrotados pelas
forças do mal.
“A terras 1 e 2 são as próximas a sucumbir... seus destinos estão ligados de maneira inexorável”, diz o Monitor. “A fúria é pior agora,... primeiro foram os céus tornando-se vermelhos. Depois, as tempestades e o clima... agora as perturbações cósmicas que devastam ambos os universos”.
... e os rostos de Monitor e de Pária.
“Esses mundos morrerão, Monitor... como todos os demais que fui forçado a assistir. Por que fez isso comigo? Qual o propósito em me fazer sofrer tanto”, reclama o Pária.
Logo após o diálogo, o Monitor é morto pela precursora. Sua morte parece ecoar as mortes dos mundos, demonstrada mais uma vez com brilhantismo por George Perez.
Monitor é morto por sua pupila. Tudo está perdido?
Imagens de diversas terras vão se sobrepondo em quadros
verticais, mas a cada quadro parecem menos nítidos, até o final, formado apenas
por um quadro branco. Na página seguinte, o fundo branco vai sendo substituído
aos poucos por nuvens escuras, até o último quadro, totalmente preto. Uma
solução gráfica perfeita para demonstrar que tudo acabou.
Seria esse o fim do universo?
George Perez mostra sua genialidade ao mostrar o fim das terras paralelas.
Na comparação, a ameaça enfrentada pelos heróis da Marvel
em Guerras Secretas parece ridícula.
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