Se há um personagem que se adaptou bem à Era de Prata foi o
Superman. As restrições do comics code faziam com que, por exemplo, não pudesse
haver violência nas histórias, mas os roteiristas compensavam com muita
criatividade e as vezes até o desenvolvimento dos vilões. E o que acontece, por
exemplo, na história O confronto entre Luthor e Superman publicado na revista
Superman 164, escrita por Edmundo Hamilton e desenhada por Curt Swan.

Luthor foge da prisão construindo um tanque.
Na trama, o vilão foge mais da cadeia usando de um
estratagema: ele sabota uma das maquinas da lavanderia e se oferece para
consertar. Claro que tudo é um plano para construir um tanque de guerra. Não me
pergunte como ninguém viu ele construindo um tanque de guerra. Naquela época as
coisas eram assim mesmo: ninguém prestava muita atenção ao que o vilão estava
fazendo.
Ele invade as transmissões de TV desafiando o herói para um duelo em condições igualitária e o Super aceita, levando os dois numa nave para um planeta banhado por um sol vermelho, onde ele perde seus poderes. Mais uma vez não me pergunte por que o Homem de aço aceita isso. Os heróis eram meio bobos na Era de Prata.
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| O vilão se torna herói do planeta desértico. |
O fato e que eles vão parar num planeta desértico e,
enquanto faz tudo para matar o herói, Luthor se depara com os habitantes locais
e começa a ajudá-los. Teria o vilão um coração mole?
No final, o careca, tendo a chance de vencer o herói, perde
a luta, apenas para que o Superman possa viver para conseguir água para o
planeta.

A criatividade do roteirista inclui um animal com chifres de água.
Essa é uma típica aventura que, embora ingênua, apresenta
todos os elementos da Era de prata que fizeram com que as histórias do homem de
aço se tornassem célebres, incluindo esquisitices, como um animal que guarda
água nos chifres.


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