sexta-feira, dezembro 05, 2025

Crise – Muito além da noite silenciosa

 


Inspirada na Pietá, de Michelangelo, e ecoando diretamente a capa da morte da Fênix, a capa do número 7 de Crise nas infinitas terras se tornou uma das mais icônicas da história dos quadrinhos. Nela vemos o super-homem, aos prantos, segurando sua prima Supergirl desfalecida, enquanto diversos heróis observam ao fundo. Sim, é nesse número que vemos pela primeira vez uma morte importante na DC Comics – e era uma morte real, pelo menos naquela série. Ao contrário de Guerras Secretas, não teríamos um deus ex machina pronto para ser tirado da cartola para ressuscitar a peresonagem.

 A história começa com a Precursora selecionando os mais poderosos heróis de vários mundos para uma missão suicida: invadir o universo de antimatéria e tentar deter o Antimonitor. Para isso, ela finalmente revela para eles – e para o leitor – o que está de fato acontecimento.

Percursora conta a origem do Monitor e do Antimonitor. 


A narrativa retorna num passado longínquo, em Oa, o planeta dos mestres dos Lanternas verdes. Era uma civilização extremamente avançada, mas um cientista resolve romper as barreiras do nosso universo com a antimatéria para investigar a origem de tudo. Como resultado, surgiram várias dimensões e o multiverso DC, com centenas de mundos. Mas surgiu também uma ameaça: um ser maligno de antimatéria, o Antimonitor. 

No mesmo momento surgiu, em nosso universo, o Monitor. Os dois se empenharam em uma guerra que durou um milhão de anos, sem que houvesse vencedor. Finalmente, ambos ficaram imóveis e inconscientes. Mas o Antimonitor seria acordado por um cientista, o Pária, que vemos desde o primeiro número de Crise. Como foi o iniciador de tudo, ele é magnetizado para os locais dos acontecimentos, presenciando o fim de cada uma das terras paralelas. Essa habilidade, no entanto, será usada para levar os heróis até o vilão, na tentativa de derrotá-lo.

Os heróis atravessam para enfrentar o vilão. 


A narrativa é grandiosa: “Através da barreira, eles voam... os mais poderosos, os mais corajosos... os maiores seres de todos os tempos! O que pensam enquanto trafegam pela fenda que os leva ao universo da antimatéria? Que temores permanecem calados? Que esperanças e sonhos impulsionam estes gigantes ao desconhecido?”.

Mas a fortaleza do Antiominitor é uma verdadeira ratoeira, em que perigos se escondem a cada esquina, de modo que apenas Super-homem, Supergirl e a Doutora Luz conseguem chegar até o Antimonitor. Quando os super caí, desacordado, é sua prima que assume a luta, num combate suicida e apoteótico em que os diálogos de Marv Wolfman se unem ao desenho detalhista de George Perez para demonstrar toda a grandiosidade da sequência.

A morte da Supegirl é grandiosa. 


O resultado é digno dessa grande personagem.

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