Inspirada na Pietá, de Michelangelo, e ecoando diretamente a capa da morte da Fênix, a capa do número 7 de Crise nas infinitas terras se tornou uma das mais icônicas da história dos quadrinhos. Nela vemos o super-homem, aos prantos, segurando sua prima Supergirl desfalecida, enquanto diversos heróis observam ao fundo. Sim, é nesse número que vemos pela primeira vez uma morte importante na DC Comics – e era uma morte real, pelo menos naquela série. Ao contrário de Guerras Secretas, não teríamos um deus ex machina pronto para ser tirado da cartola para ressuscitar a peresonagem.
A história começa
com a Precursora selecionando os mais poderosos heróis de vários mundos para
uma missão suicida: invadir o universo de antimatéria e tentar deter o Antimonitor.
Para isso, ela finalmente revela para eles – e para o leitor – o que está de
fato acontecimento.
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| Percursora conta a origem do Monitor e do Antimonitor. |
A narrativa retorna num passado longínquo, em Oa, o planeta dos mestres dos Lanternas verdes. Era uma civilização extremamente avançada, mas um cientista resolve romper as barreiras do nosso universo com a antimatéria para investigar a origem de tudo. Como resultado, surgiram várias dimensões e o multiverso DC, com centenas de mundos. Mas surgiu também uma ameaça: um ser maligno de antimatéria, o Antimonitor.
No mesmo momento surgiu,
em nosso universo, o Monitor. Os dois se empenharam em uma guerra que durou um
milhão de anos, sem que houvesse vencedor. Finalmente, ambos ficaram imóveis e
inconscientes. Mas o Antimonitor seria acordado por um cientista, o Pária, que
vemos desde o primeiro número de Crise. Como foi o iniciador de tudo, ele é
magnetizado para os locais dos acontecimentos, presenciando o fim de cada uma
das terras paralelas. Essa habilidade, no entanto, será usada para levar os
heróis até o vilão, na tentativa de derrotá-lo.
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| Os heróis atravessam para enfrentar o vilão. |
A narrativa é grandiosa: “Através da barreira, eles voam...
os mais poderosos, os mais corajosos... os maiores seres de todos os tempos! O
que pensam enquanto trafegam pela fenda que os leva ao universo da antimatéria?
Que temores permanecem calados? Que esperanças e sonhos impulsionam estes
gigantes ao desconhecido?”.
Mas a fortaleza do Antiominitor é uma verdadeira ratoeira,
em que perigos se escondem a cada esquina, de modo que apenas Super-homem,
Supergirl e a Doutora Luz conseguem chegar até o Antimonitor. Quando os super
caí, desacordado, é sua prima que assume a luta, num combate suicida e apoteótico
em que os diálogos de Marv Wolfman se unem ao desenho detalhista de George
Perez para demonstrar toda a grandiosidade da sequência.
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| A morte da Supegirl é grandiosa. |
O resultado é digno dessa grande personagem.




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