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O Surfista consegue vencer a barreira de Galactus graças a Reed Richards... |
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...Mas encontra seu planeta devastado. |
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A capa original, que não foi usada pela Abril. |
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O Surfista consegue vencer a barreira de Galactus graças a Reed Richards... |
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...Mas encontra seu planeta devastado. |
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A capa original, que não foi usada pela Abril. |
O volume 50 inicia o segundo ciclo da série Perry Rhodan e não poderia ser um começo mais auspicioso.
Escrito por K. H. Scheer, o livro é focado em Atlan, um personagem que àquela altura era extremamente misterioso. Aparentemente ele era um arcônida que ficara preso na Terra por séculos e, por algum processo que não não é totalmente esclarecido neste volume, não envelheceu. Também não foi afetado pela decadência que tomou das outras pessoas de sua raça.
A narrativa é em primeira pessoa, o que por si só já é uma quebra com os paradigmas da série, já que todos os livros até ali eram escritos em terceira pessoa.
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A capa original alemã. |
O leitor acompanha Atlan acordando de um sonho de 69 anos e descobre que ele se se refugiou numa cúpula no fundo do Oceano assim que começaram a subir as primeiras bombas nucleares. Eles sobe à superfície pensando em encontrar um mundo em ruínas e poucos sobreviventes afetados pela radiação, mas se espanta ao descobrir uma civilização muito mais avançada do que a que encontrou. “A Terra é grande, ampla e bela. Os desertos foram aproveitados e nós controlamos o clima. Não existem mais doenças. Perry Rhodan é hoje o administrador-geral do Império Solar. O IS foi fundado em 1990 depois de ter surgido o governo mundial”, informa a primeira pessoa com a qual ele tem contato.
A estratégia de Scheer é extremamente inteligente, já que a história desse ciclo se passa muitos anos depois de A morte da Terra, último volume do primeiro ciclo.
Através das descobertas de Atlan, o leitor vai também descobrindo o que aconteceu nesse período – e para os que estavam iniciando na série naquele livro, havia de fato um resumo de toda a história até ali.
Com isso Scheer consegue situar o leitor de forma orgânica, sem parecer que está simplesemente relacionando fatos.
Claro que a trama precisaria ter ação e essa acontece quando Atlan, disposto a voltar para Árcon, entra numa nave terrana pilotada por Perry Rhodan. Quando este tenta tomar a nave, ela fica avariada e acaba explodindo, de modo que os dois personagens ficam perdidos num planeta de calor extremo. Eles viriam a se tornar grandes amigos, mas àquela altura eram supostamente inimigos e empreendem um duelo que poderá terminar com a morte de um ou dos dois. Um duelo épico.
Atlan, o solitário do tempo é um livro que empolga os leitores a acompanhar o segundo ciclo. Se tem algum defeito é não apresentar já nessa história, uma trama que seria o espinha dorsal do ciclo.
Em 1989, John Byrne assumiu o título dos Vingadores da costa oeste. Com seu traço simples, mas expressivos, suas tramas cheias de reviravoltas e referências a histórias anteriores, ele criou um dos momentos mais memoráveis do grupo de heróis da Marvel.
Na primeira saga, publicada no número 42 da revista, após serem atacados por uma cópia de Ultron, os vingadores percebem que visão desapareceu. Não só isso: todas as informações sobre o andróide foram deletadas dos computadores dos Vingadores. Isso só seria possível com a colaboração de um dos membros – e no final da história descobrimos que a traidora é a Harpia, ex-esposa do Gavião Arqueiro.
As lembranças da Feiticeira ajudam a contar a história do Visão. |
Suspense! |
O uniforme da Hárpia fica muito bonito no traço de Byrne. |
No Brasil essa história foi pubicada pela editora Abril em Grandes Heróis Marvel 38.
O encerramento do primeiro curso de quadrinhos realizado no Pará foi marcado por uma noite em uma pizzaria na qual compareceram até gente que não fazia parte do mesmo. Estava ali a nata dos quadrinhos paraenses: Andrei Miralha, Paulino, Marcelo Marat, Bené, eu, Alan Noronha e muitos outros.
O nome do grupo era uma referência à técnica de perspectiva, mas carregava também uma forte simbologia. O grupo era um ponto de fuga para todos nós diante de todas as dificuldades e incompreensões da sociedade e até da família. Era um local onde poderíamos nos refugiar juntamente com outras pessoas que compartilhavam da mesma paixão pelos quadrinhos.![]() |
O filme é baseado na hstória em quadrinhos Ciudad. |
No final do ano de 2000 a internet nos EUA foi abalada por um fenômeno sem precedentes: o lançamento do e-book Riding the Bullet (Montando na bala), de Stephen King. O interesse foi tamanho que os sites envolvidos chegaram a travar.
A história é aparentemente prosaica. Alan Parker é um estudante da Universidade do Maine quando recebe uma ligação dizendo que sua mãe teve um derrame e foi internada. Desesperado, ele pega uma mochila e sai pela estrada pedindo carona. E acaba descobrindo, tarde demais, que a pessoa que lhe deu carona na verdade já está morta.
Por trás dessa trama fantasmagórica se esconde uma história de forte teor humano. Riding nos faz pensar sobre nossa relação com as pessoas queridas e o que elas representam para nós. É muito mais uma história sobre a morte e a vida. Não por acaso, King a escreveu quando estava em uma cama de hospital, vítima de atropelamento quase fatal.
Em Riding vemos o autor de Carrie em sua plena forma, com um terror que se encontra nos detalhes. King não precisa de monstros para provocar medo. A tensão pode estar na forma de alguém puxar a calça, ou em um cheiro de morte. Detalhes assim nos fazem entrar na história.
A única falha tem relação justamente com a mídia encontrada para divulgar o volume. São aproximadamente 60 páginas e King escreveu direto, sem fazer sequer capítulos. A tendência dos e-books são capítulos curtos, que permitem ao leitor interromper a leitura na tela no momento em que quiser. Ou seja, Riding é um livro virtual que não tem característica de livros virtuais.
Futuramente, esse conto lançado de forma virtual foi incluído na coletânea Tudo é eventual, lançado aqui em 2005 pela editora Objetiva. A tradução ficou como Andando na bala.
Eu nunca ganhei muito dinheiro com quadrinhos. Em alguns casos não recebi pagamento nenhum.
Entretanto, de vez em quando tinha algumas compensações.
Certa vez precisava abrir uma conta na Caixa para facilitar o recebimento de um acerto de contas. Me indicaram uma agência que estava sempre vazia. Fui lá e o gerente me informou que aquela agência era só para servidores de determinada secretaria. Mas, enquanto falava comigo, olhava intrigado para meus documentos. À certa altura pegou minha identidade, olhou o nome e piscou três vezes.
- Ei, estou reconhecendo esse nome. Você não é o Gian Danton?
- Isso mesmo, esse é o meu pseudônimo. – respondi espantando.
- Não acredito! Cara, eu adorei a Manticore!
E começamos uma longa conversa sobre quadrinhos.
No final, ele abriu a conta, com a condição de que eu fosse outro dia lá para autografar os exemplares dele da Manticore – algo que fiz pouco tempo depois.
Foi, provavelmente, a situação mais inusitada em que encontrei um fã dos meus roteiros.
A cidade à beira da eternidade é o mais premiado e aclamado episódio da série clássica de Jornada nas Estrelas. Entretanto, a versão que foi para as telas era muito diferente da versão original, do escritor Harlan Ellison. Ellison, aliás, ficou tão indignado com as alterações que repudiou o episódio e só aceitou que seu nome aparecesse nos créditos porque isso lhe abria caminho para escrever filmes e séries.
O caráter diferenciado de Buddy Longway, de
ser um faroeste familiar, fica claro já no segundo álbum, O inimigo.
Na história, Buddy e Chinook se casam e
procuram um lugar para morar. Eles encontram um vale pelo qual passa um riacho,
um local verdadeiramente paradisíaco. A sequência bucólica mostra os dois
construindo a casa com troncos de abetos. Mas, no meio da felicidade conjugal,
há algo errado. Uma refeição desaparece, a corda é cortada enquanto o cavalo
carrega um tronco por uma subida, provocando um quase acidente.
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Buddy e Chinook encontram um paraíso... |
Já depois de construída a casa, os incidentes
continuam: algo afugenta os cavalos do estábulo. Aparentemente é um carcaju,
mas como um carcaju conseguiria cortar uma corda enquanto ela está sendo
puxada? E porque ele faria isso?
Com o tempo, a vida paradisíaca torna-se um
inferno e o mistério só aumenta quando Slim, o caolho, visita o casal e eles
descobrem que foi ali que ele perdeu um dos olhos.
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... mas vários acontecimentos estranhos transformam esse paraíso num inferno. |
O final consegue resolver bem esse mistério,
sem deixar pontas soltas ou explicações absurdas.