sexta-feira, janeiro 22, 2021
A pedagogia dialógica
quinta-feira, janeiro 21, 2021
Thor enfrenta o incrível Hulk
Uma das muitas estratégias de marketing de Stan Lee era criar
histórias que instigavam ou simplesmente refletiam discussões entre os
leitores.
E uma das grandes questões do universo marvelístico sempre
foi: quem é mais forte, Thor ou o Hulk?
Stan Lee e Jack Kirby se propuseram a responder essa pergunta
em Journey into Mystery 112.
O combate é antecipado já na capa, com uma imagem monumental
do deus do trovão e o golias esmeralda em plena contenda.
A história começa com Thor sobrevoando Nova York e vendo dois
grupos em acalorada discussão, cada ums segurando um cartaz com seu ídolo. Um
diz: “Thor é mais forte que qualquer um!”. “Ah, é? Tira o martelo e sobra o
que, palerma?”, replica outro. “Viva o Hulk!”, grita outro. “O Thor bate
naquele coió com as mãos nas costas”, retruca outro. Parece até uma discussão
na internet nos dias atuais, mas era um embate entre os fãs do Hulk e do Thor.
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Stan Lee antecipando as discussões acaloradas da internet. |
O deus do trovão, que pelo jeito não tinha nada melhor para
fazer, desce junto aos dois grupos e resolve contar a vez em que ele se bateu
contra o Hulk sem o uso de seu martelo, como forma de descobrir quem de fato
era o mais forte.
Stan Lee aproveita uma aventura anterior, publicada em
Vingadores 3, quando o grupo enfrenta Namor e o Hulk e resolve contar “os
bastidores” do confronto, um momento em que Thor e Hulk lutaram um contra o
outro. Aí, no meio da contenda, o deus do trovão implora para Odin tirar o
poder de seu martelo porque quer medir forças com o golias esmeralda. Olha a
ideia do indivíduo! O mundo ali, correndo risco e Thor resolve transformar a situação
numa disputa de músculos.
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A história conta os bastidores de uma aventura anterior. |
Aliás, uma disputa de músculos é algo que Kirby sabia fazer
muito bem. O seu Hulk é absolutamente monstruoso, uma massa de músculos com a
cabeça deformada, em contraste com Thor, que apesar de músculoso, é esbelto.
Claro que, no final, dá empate. Os rapazes que estão ouvindo
não aceitam o resultado. “Afinal, quem é mais forte?”, ao que o deus do trovão
retruca: “Pode-se apenas advinhar a resposta... mas não tenho como provar.
Consequentemente, nada direi, pois o deus do trovão não dispersa palavras ao
vento de forma incauta”... e sai voando, como se não tivesse passado meia hora
ali conversando à toa com nerds.
Algumas histórias desse período eram tão sem sem sentido que
chegavam a ser geniais.
Super-homem x Homem-aranha – o primeiro crossover Marvel vs. DC
Link-se: a mídia mudando a arte
Livro Cabanagem em pré-venda com preço promocional
A editora AVEC já disponibilizou meu livro Cabanagem para pré-venda. O preço é promocional. Para comprar, clique aqui.
Leia a sinopse da história:
1836. A cabanagem foi derrotada em Belém e se espalhou pelos rios da Amazônia. Um pequeno grupo de índios, negros e mestiços liderada pelo misterioso Chico Patuá se dirige para o Amapá singrando os pequenos rios da região. No seu encalço, o governo regencial mandou soldados comandados por um psicopata assassino, Dom Rodrigo. Em meio a essa disputa, soma-se outra, quando os seres da floresta (Matinta, Jurupari, Cobra Norato, Mapinguari) resolvem tomar partido na contenda, alguns ficando a favor de Chico e outros se aliando a Dom Rodrigo. Cabanagem é um romance de fantasia histórica que mistura fatos reais com mitologia amazônica e terror no melhor estilo Gian Danton.
X-men: os filhos do átomo
quarta-feira, janeiro 20, 2021
A arte fantástica de Carl Barks, o homem dos patos
Os bons tempos do capitalismo
Vidro
Casal serial killer
Certa vez fui vítima de um psicopata. Felizmente não era um psicopata assassino, mas esse fato me levou a pesquisar sobre o assunto colecionando livros, matérias de jornais, tudo que pudesse coletar sobre o assunto.
O composto de marketing
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terça-feira, janeiro 19, 2021
Odisséia em quadrinhos
O sofisticado erotismo europeu
Enquanto nos EUA os quadrinhos ainda eram vistos ou como uma leitura infantil ou como algo perigoso, na Europa começava um movimento intelectual de pesquisa e valorização das HQs que daria origem a um novo gênero: o erotismo sofisticado, com ares de arte.
segunda-feira, janeiro 18, 2021
Jornada nas estrelas – O sucessor
O sucessor é um episódio da segunda temporada de Jornada nas estrelas exibido em 1967. Escrito por DC Fontana, o episódio explora uma abordagem característica do seriado: sem tecnologia ou dinheiro para mostrar alienígenas verossimilhantes, Jornada apresentava ETs humanoides e trabalhava as distinções culturais.
Na trama, a Entreprise é enviada para conseguir um acordo de
mineração com um planeta guerreiro. O minério em questão é essencial para a Federação,
mas Kirk descobre que sua tarefa pode não ser tão fácil quando encontra um
klingon no planeta, tentando conseguir para seu povo os direitos de mineração.
Antes que o governante local, Maab, decida quem terá os
direitos de mineração, ele sofre um golpe de estado. Ao mesmo tempo, uma nave
klingon afasta a enterprise com uma falsa mensagem de um cargueiro terrestre em
perigo.
Kirk, McCoy e Spock fogem da vila com a viúva do chefe
deposto. Ela está grávida e seu filho pode ser o novo governante do planeta,
caso sobreviva.
A sociedade capelana, essencialmente guerreira, privilegia
essencialmente a honra de batalha. Se um chefe é deposto, seu filho e sua
esposa devem ser mortos e fazer isso com honra. Por outro lado, se um homem
toca em uma mulher, isso pode provocar uma reação de vingança de seus parentes,
que não descansariam enquanto não matassem a pessoa que a desonrou. Então
imagine McCoy tentando salvar uma mulher prestes da dar à luz, mas que não
admite ser tocada.
Aliás, McCoy é a grande estrela do episódio. A maneira como
ele contorna essa dificuldade, e o que isso provoca é boa parte do charme da
história. Nesse episódio ele solta mais uma de suas famosas pérolas: “Eu sou um
médico, não um alpinista!”.
Sonja – o demônio da floresta
Eu era meio Steve Rogers
Como seria Watchmen se tivesse sido publicada pela Bloch?
A editora Bloch ficou conhecida no meio quadrinístico brasileiro pelas alterações feitas nas HQs. Além de mudanças nas cores, havia as cores bizarras e muitas vezes fora de registro (dizem que os gibis eram impressos depois da revista Manchete e usados para limpar as rotativas). Também são famosas as alterações nos diálogos com gírias da década de 70.
Pois bem, um fã fez um incrível exercício de imaginação: como seria a premiada série Watchmen, de Alan Moore e Dave Gibbons, se ela tivesse sido publicada pela Bloch?
O resultado é hilário, a começar pela capa: o título Watchmen seria traduzido como Os vigias (a fonte usada foi a mesma que era usada pela Bloch no título dos Vingadores) e pelo anúncio, num rosa berrante, de um poster encartado.
Além disso, as cores dos personaens são completamente diferentes do original (o Dr. Manhattan, por exemplo, ficaria verde, ao invés de azul) e dos diálogos com expressões como supimpa.
Não sei quem fez essa versão, mas acertou em cheio.
Em tempo: Essa montagem é um trabalho do artista Gustavo Daher e do jornalista Maurício Muniz e foi originalmente publicada no blog Pastel Nerd.