sexta-feira, agosto 31, 2007

Música do dia


A música de hoje são, na verdade, duas, mas que falam do mesmo tema e ambas cantadas por Roberto Carlos. A primeira tem letra de Roberto e Erasmo, a segunda tem letra de Isolda. Interessante notar como são semelhantes. Além de falarem sobre um amor que acabou, mas deixou boas lembranças, há toda uma semelhança formal. As duas, por exemplo, começam com a frase “você foi”. Além disso, há outras frases quase idênticas. Nas duas músicas há sempre a contraposição de coisas boas e ruins. Outra vez é uma das prediletas das fãs, mas pessoalmente gosto mais de Você em minha vida. Ela tem momentos de poesia incomparáveis. “Você foi o meu sorriso de chegada e a minha lágrimade adeus” é uma metáfora belíssima. Além disso, a palavra adeus pontuando o texto dá um toque triste à composição. Roberto, na década de 1970, tinha essa capacidade de criar imagens poéticas duradouras.


Você em minha Vida

você foi a melhor coisa que eu tivemas o pior também em minha vida
você foi o amanhecer cheio de luz e de calor
em compensação o anoitecer, a tempestade a dor
você foi o meu sorriso de chegada e a minha lágrima
de adeus
aquele grande amor que nós tivemose todas as loucuras que fizemos
foi o sonho mais bonito que um dia alguém sonhou
e a realidade triste quando tudo se acabou
você foi o meu sorriso de chegada tudo e nada
e adeusvocê me mostrou o amanhecer de um lindo dia
me fez feliz, me fez viver
num mundo cheio de amor e de alegria
e me deixou o anoitecer
e agora todas as coisas do passado
não passam de recordações presentes
de momentos que por muito tempo ainda vão estar
na alegria ou na tristeza toda vez que eu me lembrar
que você foi meu sorriso de chegada e a minha lágrima
de adeus

Outra Vez

Você foi o maior dos meus casos de todos os abraços, o que eu nunca esqueci
Você foi, dos amores que eu tive, o mais complicado e o mais simples prá mim
Você foi o melhor dos meus erros
A mais estranha história que alguém já escreveu
E é por essas e outras que a minha saudade faz lembrar de tudo outra vez
Você foi a mentira sincera, brincadeira mais séria que me aconteceu
Você foi o caso mais antigo, o amor mais amigo que me apareceu
Das lembranças que eu trago na vida você é a saudade que eu gosto de ter
Só assim sinto você bem perto de mim outra vez
Esqueci de tentar te esquecer, resolvi te querer por querer
Decidi te lembrar quantas vezes eu tenho a vontade sem nada a perder, ah!
Você foi toda a felicidade, você foi a maldade que só me fez bem
Você foi o melhor dos meus planos e o maior dos enganos que eu pude fazer
Das lembranças que eu trago na vida você é a saudade que eu gosto de ter
Só assim sinto você bem perto de mim outra vez

Ontem o senador Almeida Lima (PMDB-SE) desmunhecou até não poder mais defendendo o voto secreto para o caso Renan. Com razão, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) disse que ele estava fazendo papel de palhaço. É impressionante a cara de pau dos políticos brasileiros. Existem trilhões de indícios contra Renan, mas mesmo assim os senadores aliados querem que a votação seja secreta. A razão é simples: com o voto secreto eles conseguem trazer para o lado do presidente do Senado aqueles políticos que querem que tudo acabe em pizza, mas não teriam coragem de mostrar isso para seus eleitores numa votação aberta.

quinta-feira, agosto 30, 2007


Já está nas bancas o quarto número da revista O PAVIO. O tema desta edição é Vida Louca. Compre a sua.

Mais uma pergunta do livro que estou escrevendo (200 perguntas sobre nazismo):


Quem era o mais famoso espião nazista?

O mais famoso espião nazista era conhecido pelo codinome de Cícero, alcunha do turco Elyesa Bazna, criado doméstico do embaixador inglês na Turquia Sir Hughe Knachbull-Hugessen.
Quando o embaixador dormia, muitas vezes embriagado, ele entrava em seu quarto e mexia em sua pasta, fotografando documentos sigilosos dos ingleses sobre a guerra.
Seu verdadeiro patrão era o vienense Moyzisch, adido comercial junto à Embaixada alemã, dirigida por Von Papen, mas na verdade Coronel da Gestapo ou da SS.
Cícero aproximou-se do coronel nazista graças ao seu fraco por mulheres. Baixo e feio, ele precisava de dinheiro para sustentar suas amantes. Assim, ele repassava de dia para Moyzisch muitos dos segredos de guerra fotografados durante a noite em troca de 300 mil libras esterlinas.
Sua perdição foi seu gosto por mulheres. Um dia, ao encontrar-ser com o coronel nazista, viu ao seu lado a secretária, um bela moça, Cornélia Kapp. Não resistiu e passou longo tempo conversando com ela. Para impresioná-la contou que era o famoso espião nazista. Não sabia que a jovem era uma espiã a serviço do secreto norte-americano.
Depois de uma discussão com Moyzisch, a jovem Cornélia fugiu, indo se refugir entre os norte-americanos e revelando o segredo sobre a identidade de Cícero. Alertado, Elyesa pediu demissão e fugiu, levando consigo as 300 mil libras esterlinas.
Começou a vender carros usados e depois tornou-se empreiteiro, construindo na Turquia um luxuoso hotel, no estilo Hilton.
Mas se Cícero foi o mais famoso espião nazista, foi também o mais enganado. Acontece que Moyzisch o havia pago com libras falsas.
Esse dinheiro fazia parte de um plano nazista para derrubar a moeda inglesa, injetando moedas falsas em países neutros, como a Turquia. Depois desistiram da idéia e usaram esse dinheiro para pagar o espião.
Os ingleses rastrearam as notas falsas de pagador e finalmente chegaram a Cícero, que ficou sem um tostão e ainda teve de aturar a desilusão de ver sua amante grega ir embora.
Essa foi apenas a primeira vez que Cícero foi enganado por Moyzisch. Pouco tempo depois, o coronel escreveu e publicou um livro intitulado Operação Cícero, de enorme sucesso. Elyesa Bazna não levou um tostão. Depois o livro foi transformado em filme e o espião procurou o diretor, que o expulsou achando que se tratava de um louco.
Em 1968 Cícero apresentou-se em um programa de televisão dizendo-se paupérrimo e reclamando do governo alemão 250 milhões de marcos por serviços prestados durante a guerra. Não recebeu um tostão.

quarta-feira, agosto 29, 2007


Jack Kirby, o rei dos quadrinhos, faria 90 anos hoje. Confesso que a primeira vez que vi seu traço ele me pareceu duro, pesado, quadrado. Depois fui me encantando e percebendo que o que parecia defeito era na verdade qualidade. Kirby explorou todas as potencialidades dos quadrinhos de super-heróis, tornando-os expressionistas. A maioria das soluções gráficas usadas pelos desenhistas atuais de gibis foram inventadas por ele. Ele influenciou artistas que vão de Moebius a Jim Lee, passando por Alex Ross, John Romita Jr., John Byrne, Joe Bennett. O sonho de 10 em cada 10 roteiristas de quadrinhos é trabalhar com alguém que tenha traço semelhante ao do velho Kirby.

A data é tão importante que mereceu editorial do The New York Times: "Mesmo parado, um personagem kirbyano pulsava com tensão e energia de um jeito que faz parecerem estáticas as versões para o cinema dos mesmos personagens, em comparação", disse o jornal.

Leia a notícia completa no site Omelete.

Está em fase final de tramitação na câmara de vereadores, o projeto de lei apresentado pelo vereador Clécio Luís, que amplia a licença maternidade de 4 para 6 meses e a paternidade de 5 para 15 dias para servidores públicos municipais. Dia 24 de agosto o projeto recebeu o parecer final favorável das comissões de saúde e de constituição, justiça e cidadania. A votação do projeto está prevista para quinta feira 30/8 com a presença de dona ZILDA ARNRS fundadora da pastoral da criança.

Assisti Primavera, verão, outono, inverno... e primavera, do diretor sul coreano Kim Ki-Duk. É um belo filme, com fotografia magistral, de ritmo lento como uma fábula zen. É uma experiência não só estética, mas, também, espiritual. No meio de tantos filmes que privilegiam apenas a ação, é bom assistir a um filme assim.

Abaixo a sinopse retirada do site Adoro Cinema:


Ninguém é indiferente ao poder das quatro estações e de seu ciclo anual de nascimento, crescimento e declínio. Nem mesmo os dois monges que compartilham a solidão, em um lago rodeado por montanhas. Assim como as estações, cada aspecto de suas vidas é introduzido com uma intensidade que conduz ambos a uma grande espiritualidade e a tragédia. Eles também estão impossibilitados de escapar da roda da vida, dos desejos, sofrimentos e paixões que cercam cada um de nós. Sobre os olhos atentos do velho monge vemos a experiência da perda da inocência do jovem monge, o despertar para o amor quando uma mulher entra em sua vida, o poder letal do ciúme e da obsessão, o preço do perdão, o esclarecimento das experiências. Assim como as estações vão continuar mudando até o final dos tempos, na indecisão entre o agora e o eterno, a solidão será sempre uma casa para o espírito.

Dan Dare voltará aos quadrinhos na Virgin Comics


Por Sérgio Codespoti (28/08/07)Dan Dare: Pilot of the Future, personagem que costuma ser chamado de "a versão inglesa de Buck Rogers", será revivido numa série da Virgin Comics, com roteiros de Garth Ennis.O personagem é um dos favoritos de Richard Branson, um dos proprietários da Virgin; e também de Garth Ennis, que há alguns meses havia anunciado sua intenção de resgatar o aventureiro. Leia mais

terça-feira, agosto 28, 2007


De todos os desenhos recentes, o que mais parece uma tira de Far side é O segredo dos animais.


Far side é uma série de quadrinhos surrealistas de autoria de Gary Larson. É um humor negro, mas influenciou toda essa onda de filmes sobre animais que são inteligentes sem que os humanos saibam disso.




O olho! O olho!
Vacas inteligentes. Isso te lembra algum filme?

segunda-feira, agosto 27, 2007

Encontrei este post no blog da Márcia Correa e reproduzo aqui:

Mensagem psicografada do garoto João Hélio
Resolvi publicar essa mensagem, sem fazer nenhum comentário pessoal à princípio, para suscitar o debate em relação ao assunto. Peço aos leitores desse blog que comentem suas impressões sobre os temas: reencarnação, lei de causa e efeito, mediunidade e fé.


João Hélio Fernandes foi o garotinho de 6 anos, cujo cinto de segurança ficou preso ao carro durante a fuga de assaltantes, que o arrastaram por cerca de 7 km na cidade do Rio de Janeiro, crime que chocou o país inteiro em fevereiro deste ano.
Mensagem:
"Nasci na Gália no ano de 22 e desencarnei na Líbia no ano 20 da era cristã. Fui oficial da legião dos leões que estava na Líbia, Núbia.
Como governador de Al Katrim, me comprazia atrelar na minha biga puxada por dois cavalos velozes, crianças, homens, mulheres, novos e
velhos que eram puxados através da estrada seca e pedregrosa daquela região da África. Os corpos se despedaçavam e eu era exaltado pelos meus pares...
Morri em combate com tropas egípcias e me deparei em uma região de treva profunda, talvez uma caverna. Muitos gritos e rostos aterradores
me esperavam. Fui levado a um estado de total animalidade por mil e quinhentos anos, quando servos de Maria me resgataram. Sendo levado
a outro plano, fui aos poucos tendo meu perispírito reajustado, minha mente normalizada e meus pensamentos corrigidos. E compreendi os horrores que cometi. Que tristeza DEUS. Por trezentos anos permaneci em preparo para reencarnação e pedia a graça de receber para desencarne o mesmo destino dado por mim a outros.
No ano do Senhor de 2001, após busca incessante por quem me recebesse como filho, um casal tiranizado por mim aceitou. Reencarnei. Agora em comoção generalizada, como irmão Joãozinho, desencarnei e agradeço ao Pai ter me atendido dando destino, nem igual ao que dei às minhas vítimas. Estou em paz, estou na luz. Resgatei um pouco do meu passado, outros momentos virão.Confio em Deus.
Titus Aelius"
Mensagem psicografada de João Hélio no Centro Espírita Leon Dennis, que ele freqüentava com os pais.


Agora os cientistas descobriram Galactus. A notícia é do Universo HQ.
Leia no site da Conrad, uma prévia do novo livro do Laerte, Laertevisão.

domingo, agosto 26, 2007

Os mutantes da Record


Depois da violência e do hiper-realismo de Vidas opostas, novela que mostrava favelas sem maquiagem, corrupção policial e crueldade dos bandidos, a Rede Record aposta na fantasia. A partir da terça-feira 28, quando Caminhos do coração entra no ar (horário das 22h), o espectador verá um folhetim com mocinhos perseguidos, mas também adolescentes superpoderosos que foram criados por meio de experiências genéticas. A novela escrita por Tiago Santiago, o principal autor da emissora, terá inicialmente sete mutantes entre seus personagens.
A fórmula já foi testada e aprovada nos quadrinhos e no cinema, com XMen, e com o seriado Heroes, o mais visto da tevê por assinatura no Brasil Leia mais

Comentário: E pensar que eu quase fui expulso da lista de roteiristas de novela por ousar falar das semelhanças entre os roteiros de quadrinhos e de novela. Para os outros integrantes da lista, novela tinha a ver com tudo, cinema, teatro, literatura, menos quadrinhos. Eu já disse que a vingança é doce?
Duas dicas de links interessantes, que recebi e divulgo: O blog Veracidade Difusa e o site História do Capi. Aliás, falando em divulgação, o SEBRAE poderia incluir este humilde blog na sua lista de divulgação. Ontem, em um evento do SEBRAE, o Tiago, do programa O Aprendiz, esteve em Macapá e só soube quando as inscrições já tinham encerrado.

sábado, agosto 25, 2007

A campanha Beleza real Dove é um dos melhores exemplos de marketing viral. Veiculada no Brasil apenas pela internet, foi vista por milhões de pessoas no Youtube (fora as pessoas que conseguiram baixar e repassaram umas para as outras).
Essa campanha ficou tão famosa que ganhou até uma sátira. Abaixo a campanha original e a sátira.



No marketing de guerrilha as empresas usa técnicas não convencionais na divulgação de seus produtos. Dois exemplos interessantes:

Vai um corretivo aí?


Guarda-sol indiscreto.


A guerra espanhola e outros eventos em 1936-7 viraram a escala e daí por diante eu soube onde estava. Toda linha do trabalho sério que escrevi desde 1936 tem sido escrita, direta ou indiretamente, contra o totalitarismo e pelo socialismo democrático, como eu o entendo. Parece-me sem sentido, num período como o nosso, achar que alguém pode evitar escrever sobre tais assuntos. Todos escrevem sobre eles de uma forma ou de outra. É simplesmente uma questão de que lado alguém toma e qual abordagem segue. E quanto mais se está consciente de sua tendência política, maior a chance de se agir politicamente sem sacrificar sua estética e integridade intelectual. George Orwell, em tradução do Daniel Lopes.

Intolerância


Aqui em Macapá existe um homem que, todo final de semana, coloca uma caixa de som imensa no cruzamento das ruas Padre Júlio e Cândido Mendes e fica lá, esbravejando.

No último sábado havia alguns jovens da Igreja Universal divulgando o show da Mara Maravilha. Ele implicou com os coitados. Dizia que aquilo era idolatria. Esbravejava, espumava. Parecia possesso.

Quando se cansou de esbravejar contra a Mara Maravilha, virou para o lado e viu alguém saindo da banca de revista com uma revista em quadrinhos. Aí a vítima passou a ser outra: "Você aí, fica lendo essas porcarias de histórias em quadrinhos, mas não lê a Bíblia! Vai ler a Bíblia!".

Eu olhava para ele e não conseguia deixar de pensar nas pessoas que apoiavam Hitler em sua loucura homicida. Esse senhor certamente daria um ótimo guarda de campo de concentração.

sexta-feira, agosto 24, 2007

quinta-feira, agosto 23, 2007

Nunca escondi minha admiração pelos judeus. Alguns dos maiores artistas, cientistas e filósofos de todos os tempos eram judeus.
Recentemente eu fui convidado por uma editora de São Paulo para escrever um livro com 200 perguntas sobre nazismo... e acabei descobrindo muito mais coisas não só sobre os nazistas, mas também sobre a resistência judaica a Hitler. Muitos judeus pegaram em armas para combater os nazis. Abaixo, a história dos judeus da floresta:

Em junho de 1941 os alemães invadiram a Rússia, onde começaram a massacrar judeus, ou a aprisioná-los em guetos. Na localidade de Novogrudek foram mortos os pais e outros parentes dos irmãos Tuvia, Asael e Zus Bielski. Após a matança, eles decidiram fugir para a floresta e, lá, montar um grupo de resistência aos nazistas.
Junto com eles foram outros 13 judeus fugitivos do gueto de Novogrudek. Instalados em local seguro, eles começaram a circular uma mensagem entre os judeus escondidos ou presos pelos nazistas convidando-os a salvar suas vidas fugindo para a floresta. Assim, a comunidade chegou a ter mais de mil habitantes.
Tuvia Bielski era um veterano do exército polonês e usou as táticas aprendidas na luta contra os nazistas. Ele governava o local com mão de ferro, organizando as condições para que os judeus pudessem sobreviver à floresta e aos nazistas.
Os judeus da floresta não se contentavam em salvar outros judeus. Também atacavam posições nazistas, sabotando seus equipamentos. A resistência era tão feroz que acabou chamando atenção do exército russo, que tentou cooptá-los diversas vezes. Tuvia aceitou colaborar com os partisans soviéticos, mas se negou entrar para o exército russo.
Em 1943 os nazistas invadiram a floresta em busca de rebeldes e o comandante soviético tentou convencer Tuvia a dividir sua comunidade entre guerrilheiros e civis, para que os não-combatentes “não fossem um fardo”, mas Tuvia sabia que isso deixaria os civis sem proteção contra os alemães e preferiu mudar sua vila de lugar, embrenhando mais na floresta. Em 1944 os soviéticos conseguiram expulsar os nazistas da Bielorrussia e os 1230 judeus da floresta puderam voltar para casa, na pequena vila de Novogrudek. Se não fosse os irmãos Bielski, provavelmente teriam morrido nas mãos dos nazistas.

quarta-feira, agosto 22, 2007


Uma pequena correção. O nome do personagem criado por All Cap é Shmoo, e não Smoo, como publicado anteriormente.

terça-feira, agosto 21, 2007


Esta foto é de um gatinho que minha irmã achou e está criando. Moleques quebraram a coluna dele, apenas por diversão... Eu não consigo olhar para esse gatinho sem lembrar que o mesmo instinto que fez esses garotos cometerem essa barbaridade transformou os alemães em nazistas...

A saga mais recente do Sítio do Pica-pau amarelo parece ser um plágio descarado da história dos Smoos, da história em quadrinhos Ferdinando, de All Cap. Na história de All Cap os Smoos se reproduziam rápido e botavam ovos que tinha o gosto do que a pessoa queria comer. Além disso, ao ver uma pessoa passando fome, o Smoo morria de pena, transformando-se em alimento para ela (e dependendo de como fosse preparado, podia ter gosto de carne, peixe ou frango).

Confira uma sinopse do Sítio no site da Globo:

Enquanto isso, Emília, Narizinho e Pedrinho acham o “transgênio” esquisito. Mas as crianças se empolgam e contam a Dona Benta sobre a invenção. Barão escuta e se convida para conhecer o “transgênio”. Todos observam a invenção do Visconde. O “transgênio” bota um ovo com um pão dentro e deixa os moradores do sítio admirados. Visconde mostra como a sua invenção se reproduz rápido. Barão e Minerva ficam bobos com a invenção e planejam pegar os “transgênios”.

Fomos assistir ao filme dos Simpsons. Divertido e inteligente, é uma ótima pedida para o final de semana. Só o que não funcionou foi o novo dublador. Depois de tanto tempo associando o Homer com uma voz, fica difícil aceitar outra. Além disso, o novo dublador nem de longe é tão bom quanto o antigo. Mas confira e morra de rir com a abertura (especialmente a piada com o Sr. Burns).

segunda-feira, agosto 20, 2007

“Auschwitz, cidade tranqüila”, Primo Levi

Pode surpreender o fato de que no campo de concentração um dos estados de ânimo mais freqüentes fosse a curiosidade. Porém, estávamos, além de assustados, humilhados e desesperados, curiosos: famintos de pão e também de compreensão. O mundo à nossa volta parecia de cabeça para baixo, portanto alguém devia tê-lo emborcado, e por isso esta pessoa mesmo estar de cabeça para baixo: um, mil, um milhão de seres anti-humanos, criados para torcer aquilo que estava direito, para sujar o limpo. Era uma simplificação ilícita, mas naquele tempo e naquele lugar não éramos capazes de qualquer idéia complexa. Leia mais no blog do Daniel Lopes.

O mundo perdido dos pulp fiction






Há uma idéia generalizada de que os pulp fiction são uma forma menor de literatura. Muitos, inclusive, traduzem o termo como literatura barata. Nada mais falso. Em mais de um século de existência, os pulp publicaram alguns dos grandes autores de sua época e revelaram grandes nomes da literatura.
A história dos pulps começa em 1896, quando o editor Frank Mnsey resolveu transformar uma revista para meninos, The Argosy, numa revista de ficção adulta com formato de 17 por 25 cm. O papel, de péssima qualidade e altamente descartável, era feito da polpa da árvore, daí o nome pulp. A publicação custava apenas um centavo. Mais tarde, alguns pulps chegariam a custar até 20 centavos.
Os pulps surgiam como uma opção de leitura e diversão para uma grande massa de trabalhadores que emigrava do campo para a cidade, formando o que seria chamado de sociedade de massas. O salário médio de um operário era de 7 dólares semanais e o preço dos pulps não pesavam no bolso. Em 1907 The Argosy já vendia 500 mil exemplares. Preço baixo e grandes tiragens seriam a receita de sucesso dos pulps até meados do século passado.
O mesmo Munsey iria lançar uma das mais célebres publicações no gênero: All-Story Magazine. Foi nessa revista que Edgar Rice Burroughs lançou em 1912 a história “Sob as luas de Marte”, com o personagem John Carter de Marte. Pouco depois ele criou, para a mesma revista, um personagem que se tornaria uma lenda do século XX: Tarzan.
A partir da década de 20 os pulps entraram em decadência devido à concorrência do rádio e do cinema. A reação dos editores deu origem a uma das eras mais prolíferas do gênero: as revistas passaram a ser temáticas. Surgiram revistas sobre crimes, ficção científica, terror, faroeste e até revistas sobre submarinos e zepelins.
As revistas de crime revelaram um dos maiores escritores norte-americanos: Dashiell Hammett, autor de O Falcão Maltes e criador do romance noir. Esse novo tipo de história mudava a ótica das histórias policiais, tornando-as mais realistas. A linguagem seca e rápida de Hammett teria grande influência sobre escritores badalados, como o brasileiro Ruben Fonseca.
As revistas de ficção-científica revelaram nomes como Isaac Assimov e Ray Bradbury. Posteriormente essas revistas passariam por uma reformulação editorial e se tornariam mais elitistas, como o são hoje.
Mas o que ficou marcado na mente das pessoas foram os personagens criados para essas revistas. Além de Tarzã, muitos outros desfilaram pelas páginas dos pulp fictions: O Sombra, Doc Savage, Capitão Futuro, Conan, Buck Rogers, Fu Manchu e muitos outros.
Esses personagens seriam uma virada nos pulps e talvez sem eles esse tipo de revista não teria alcançado tanto sucesso numa época em que a crise econômica arrasava o mundo inteiro.
O Sombra é um bom exemplo dessa nova perpectiva. O personagem surgiu em um programa de rádio. Ele era o apresentador de um programa baseado nas narrativas da revista Histórias de Detetive. No dia 31 de julho os norte-americanos se espantaram com um voz cavernosa que ria e dizia: “Quem sabe o mal que se esconde no coração dos homens? O Sombra sabe”.
O editores esperavam que o programa alavancasse as vendas da revista. Mas as pessoas iam às bancas procurando justamente as aventuras daquele personagem misterioso. Daí para que o personagem se tornasse uma estrela dos pulps foi um pulo. O escritor Walter Gibson, sob o pseudônimo de Maxwell Grant escreveu nada menos que 283 histórias do personagem, transformando-o num fenômeno mundial. Até no Brasil o Sombra chegou a ter um programa de rádio.
O Sombra daria a tônica do que seriam os heróis dos pulps: um herói destemido e misterioso que combate o mal ajudado por uma equipe de especialistas.
Esse seria o mesmo mote de Doc Savage. Desde sua infância Savage cultivou o corpo e o intelecto, tornando-se um gênio e ao mesmo tempo um atleta. Além disso, sua pele tem uma coloração bronzeada que lhe valeu o apelido de Homem de Bronze. Em suas aventuras ele contava com a ajuda de cinco amigos e juntos combatiam o mal com muita coragem e os mais avançados aparelhos tecnológicos.
Savage migrou para o cinema, e para os quadrinhos, sempre com muito sucesso.
Capitão Futuro, criado por Edmond Hamilton, é outro personagem que fez história, agora num cenário de ficção científica.
A história se passa na década de 1990.
Capitão Futuro é um verdadeiro um super-homem, com visão esplendida, reflexos super-desenvolvidos e gênio super-desenvolvido. De sua base na Lua ele vive as mais extraordinárias aventuras ao lado de seus três companheiros: Um robô pensante feito à sua própria semelhança; Simon Wright, a enciclopédia viva, um cientista que para se livrar de uma doença fatal, teve seu cérebro transplantado para um tanque e Otho um guerreiro de cristal que muda de forma quando é necessário.
A primeira história começa com um parágrafo que dá o tom épico do personagem: “O nome e a fama do Capitão Futuro são conhecidos por todo homem e mulher viventes. As incríveis façanhas do mais assombroso aventureiro da história serão narrados enquanto existir a humanidade”.
A mitologia criada pelos pulps é tão forte que impregnou o cinema, os quadrinhos e a imaginação de milhões de pessoas no mundo todo. De Indiana Jones ao Super-homem, a cultura pop deste século deve muito aos pulp fictions.

sexta-feira, agosto 17, 2007

Conheça o blog da Glória Peres.

Lei de Gérson

Segue a Lei de Gérson a pessoa que "gosta de levar vantagem em tudo", no sentido negativo de se aproveitar de todas as situações em benefício próprio, sem se importar com a ética. A expressão originou-se em uma propaganda, de 1976, para os cigarros Vila Rica, na qual o meia armador Gérson da Seleção Brasileira de Futebol era o protagonista. Embora tenha sido um dos maiores craques da história do futebol mundial, Gérson sempre foi um jogador polêmico.
A propaganda dizia que esta marca de cigarro era vantajosa por ser melhor e mais barata que as outras, e Gérson dizia no final:

«Você também gosta de levar vantagem em tudo, certo?» Fonte: Wikipédia
O caso do neto da presidente do Conselho de Educação do Acre mostra bem que hoje educação está se resumindo a aprender a ler, escrever e se dar bem sempre. Respeitar os outros, ou respeitar o patrimônio público não entram na conta.

Cada vez mais eu me convenço que o Estatuto da Criança e do Adolescente surgiu não para proteger as crianças vítimas de abandono ou maus-tratos. Vejam as crianças que ficam na Yamada Lagoa pedindo dinheiro às pessoas e não voltam para casa nem para dormir, ou as crianças que ficam reparando carros na feira do Agricultor do Buritizal. O ECA não parece ter mudado em nada a condição de risco em que elas estão.

No entanto, o ECA parece ter sido usado com muita competência para proteger vândalos e bandidos. Vejam o caso do Altino Machado. Ele publicou em seu blog a foto acima, de um jovem (neto de uma senhora que preside o conselho de educação do Acre) vandalizando a récem inaugurada estátua do poeta Juvenal Antunes, no centro histórico do Acre. O garoto publicou a foto no Orkut, que é visto por milhões de pessoas, montado na estátua. Mas bastou Altino colocar em seu blog para ser processado pelo Ministério Público por supostamente estar divulgando a foto de um adolescente (faltavam 15 dias para o garoto completar 18 e no Orkut ele dizia ter 18 completos). Esse mesmo MP não se preocupou com o vandalismo e não fez nem mesmo uma advertência ao garoto. Provavelmente o garoto não recebeu uma advertência nem da avó pelo seu ato de vandalismo...


Como se vê, o ECA tem sido usado para proteger vandalismos e crimes de jovens (especialmente se eles forem bem nascidos), e só. Não é de se admirar que em estados como o Paraná ninguém mais queira ser professor. É que lá, se um professor falar um pouco mais alto com um aluno é imediatamente processado. Mas se um aluno puxar uma faca e furar um professor, não acontece nada, pois tem o ECA a seu favor. Aliás, aqueles garotos que ficam lá na Yamada Lagoa e que são totalmente esquecidos pelas autoridades, ficarão assim até que cometam um crime. Nesse momento todos correrão para protegê-los. Os valores, de fato, estão invertidos. Depois perguntam por que tantos crimes cometidos por menores...

Conheça a história toda no blog do Altino.


Olhem como ficou a estátua após os atos de vandalismo feito por adolescentes. Além de terem quebrado a mesa de mármore, ainda roubaram o livro de bronze que ficava sobre a mesa.
Ando muito pela Duque de Caxias, pois as duas faculdades em que leciono ficam nessa rodovia... e estou impressionado com a imprudência dos motoristas. Dia desses um motorista me ultrapassou sabendo que vinha carro do outro lado. Como não ia conseguir me ultrapassar, ele jogou o carro sobre mim. Fui obrigado a frear e parar quase que totalmente o carro para não bater. Fiquei com o coração na mão. Mal tinha me recuperado do susto, outro carro fez exatamente a mesma coisa: me ultrapassou vendo que vinha carro do outro lado. Novamente fui obrigado a frear com tudo. Outro dia, um carro me ultrapassou pela direita, pelo acostamento. Como na minha frente havia uma moto e estávamos muito perto um do outro, ele jogou o carro entre nós dois, quase derrubando a moto e batendo no meu carro. Impressionate. Parece uma coisa de dizer: EU QUERO ME ENVOLVER EM UM ACIDENTE! Qualquer dia vou levar a câmera e pedir para a minha mulher filmar as imprudências.

quarta-feira, agosto 15, 2007

Uma boa dica de site de marketing, o Mundo do Marketing.

Caramelo!



Para quem não sabe, no marketing viral, o próprio consumidor se encarrega de divulgar o produto. A expressão surgiu com a explosão do Youtube, blogs, orkut etc... mas acredito que sempre existiu. Era o famoso marketing boca-a-boca.
Um exemplo interessante de marketing viral é a propaganda acima, do chocolate Twix. Divulgado incialmente apenas no Youtube, virou febre. Nele, um garoto tem um tique nervoso que o faz gritar "Caramelo!". Para reforçar o conceito, os marketeiros da empresa colocaram atores em filas de cinema, gritando o tique nervoso. As pessoas que estavam nas filas respondiam com a continuação: "Biscoito!" e "Chocolate!".

Teorias do Big Bang trazem para a realidade o universo dos quadrinhos


Por Marcus Ramone (15/08/07)Nos últimos anos, a imprensa tem divulgado descobertas e postulados científicos que excitam a imaginação dos aficionados por quadrinhos de super-heróis. Desde a "kryptonita" sérvia à "Fortaleza da Solidão", passando por dispositivos que podem gerar invisibilidade, diversos e incríveis elementos vistos apenas nos gibis vêm ganhando similares na vida real. Talvez a mais fantástica das teorias transferidas para o campo da possibilidade foi divulgada há alguns dias pelo físico teórico Martin Bojowald, da Universidade Estadual da Pensilvânia, nos Estados Unidos. "É possível vislumbrar brevemente o começo do tempo antes do Big Bang", afirmou o cientista ao jornal Nature Physics, referindo-se à explosão primordial que teria gerado o Universo. Leia mais.


Comentário: Mais um caso de antecipação. Vale lembrar das hístórias de Flash Gordon, que anteciparam da mini-saia ao forno microondas, passando pelo formato dos foguetes espaciais, como mostrado em meu livro Ciência e Quadrinhos.

Os meninos da rua Paulo


Existem obras que ultrapassam em muito seu objetivos iniciais, que começam singelas, sem grande pretensões, mas acabam se tornando clássicos. No Brasil tivemos Narizinho Arrebitado, de Monteiro Lobato, uma tímida incursão do autor pela literatura infantil (que não existia no Brasil na época), mas revelou-se um verdadeiro divisor de águas, fazendo com que posteriormente o escritor passasse a se dedicar apenas ao Sítio do Pica-pau Amarelo. Mas um caso muito mais extremo é Meninos da rua Paulo, de Ferenc Molnár. Este não só se tornou um sucesso mundial como ultrapassou as barreiras da literatura infantil. Tornou-se leitura adulta e virou até tema de uma música do Ira! (Sou menino da rua Paulo, de um bairro em Budapeste, sou menino de São Paulo, lá da vila Mariana).
A música do Ira! explica, em parte, o sucesso do livro. Embora a história se passe na Hugria, no final do século XIX, ela fala sobre garotos de qualquer época, em qualquer lugar. Ela trata de temas universais: honra, coragem, traição, lealdade. Quando se tem 12 anos anos esses são os temas mais relevantes do mundo. A lealdade ao grupo é o valor mais importante numa época em que crianças deixam a barra da saia da mãe e precisam encontrar novos modelos e novas formas de enfrentar o mundo. O grupo passa a ser a família e os pequenos fatos envolvendo esse grupo refletem o mundo.
Em Os meninos da rua Paulo, um grupo de garotos usa um terreno baldio, um grund, como base de operações, um local em que jogam péla, brincam de clube, fingem participar de um exército, arremedam eleições. O grund é o império deles. Mas em outro local, numa ilhota no Jardim Botânico, existe um outro grupo com as mesmas características, com uma diferença: esses não têm um lugar próprio para brincar. A maneira encontrada para resolver a situação é invadir o grund do outro grupo.
A guerra tem uma espécie de aspecto mítico que fascina meninos nessa idade. A camaradagem e coragem, a aventura que desperta podem ser vistas em diversos episódios da cultura pop. Do filme Conta Comigo (baseado na novela O Corpo, de Stephen King) passando por episódios dos Simpsons e de Anos Incríveis, temos a missão militar como um ideal imaginado por garotos. Em Conta comigo os garotos precisam chegar ao local de um acidente para encontrar um corpo. Em Anos Incríveis os meninos precisam chegar a uma festa para adolescentes. Em simpsons os meninos mais fracos precisam brigar contra os que os maltratam. O caráter militar é destacado até por marchas militares.
Em todos esses casos, a missão militar estilizada é um rito de passagem para a vida adulta. É um teste severo pelo qual muitos não passarão e continuarã sendo crianças para sempre, e outro sucumbirão. Os meninos da rua Paulo parece ser a obra que melhor expressou essa condição, daí porque o fascínio que sempre irá provocar. Junta-se a isso uma narrativa simples, mas fluente, com diálogos reveladores. Mólnar escreve como se estivesse simplesmente se lembrando de fatos acontecidos – o que leva vários pesquisadores a acreditarem que a história é auto-biográfica.
O autor, cujo verdadeiro nome é Ferenc Neumann, nasceu na Hungria, em 1878, numa família judia de classe média. Em decorrência de uma lei do Império Austro-Húngaro, foi obrigado a mudar seu nome para o idioma local. Trabalhou como jornalista, mas ficou famoso com o teatro. Suas peças foram encenadas em toda a Europa, muitas delas adaptadas para o cinema. Durante a primeira guerra, ele foi correspondente e viu rapazes defendendo suas trincheiras, o que pode, em parte, ter influenciado a obra.
No entanto, se o livro pode ser baseado em guerras de verdade, mas certamente o comportamento dos combatentes é idealizado. Há um rigoroso código de ética entre os rapazes, que não permite, por exemplo, que dois meninos ataquem só um. Em determinado momento a bandeira dos meninos da Rua Paulo é tomada pelos inimigos. Um dos meninos a traz de volta e é repreendido, sendo a bandeira devolvida. O general Boka, líder da patota, explica que só poderiam tomá-la em batalha. Quem dera nossos governantes tivessem metade do senso de honra e ética desse meninos.
Na Hungria o livro ficou tão famoso que um homem apareceu dizendo-se a inspiração para o personagem Nemecsek. Como resultado começou a ser convidado a fazer conferências e contar reminiscências, ganhou presentes e até um apartamento, até ser desmascarado. De adorado, passou a ser odiado, pois ninguém lhe perdoava mexer em um mito.
Se o livro vale cada centavo apenas por seus méritos literários, o ótimo tratamento da Cossac Naif o valoriza ainda mais. A editora aproveitou a tradução feita por Paulo Ronái, ele mesmo um imigrante húngaro, que fugindo do nazismo, veio ao Brasil tornar-se um dos nossos mais importantes intelectuais. Aqui, traduziu A comédia humana, de Balzac, e organizou o volume de contos universais Mar de Histórias, em colaboração com o amigo Aurélio Buarque de Holanda.
Além de manter a ótima tradução, a editora colocu textos introdutórios, posfácio, biografia do autor, do desenhista e do tradutor. Até a encadernação é caprichada, com orelhas longas, que firmam o livro e uma bela capa que flagra um momento de infância e reflete bem o conteúdo do volume.
É livro para comprar, ler e recomendar aos filhos.

terça-feira, agosto 14, 2007

Plebe rude


Quem se lembra da Plebe Rude? Esse grupo de rock de Brasília marcou época fazendo músicas extremamente críticas. Era uma época inocente, quando achávamos que íamos mudar o mundo. Uma música poderia abalar os alicerces do sistemas e ouvir Plebe Rude era um ato de subversão. Tudo bem, não mudamos o mundo, mas pelo menos tentamos. Os jovens de hoje nem sequer tentam. Contentam-se em balançar os quadris e cantar alguma música idiota do tipo mexe a bundinha, bota a mãozinha aqui, bota o peitinho ali. Plebe Rude marcou época, mas desapareceu. Não haveria lugar para um grupo inteligente na década de 90. Há algum tempo encontrei uma coletânea de músicas deles numa loja de discos. A R$ 6,00! Reproduzo aqui a letra de uma música do final de carreira, uma experiência antropofágica que misturava baião com rock. Como o cd não tinha encarte com a letra, tive de tirar de cabeça. Então talvez haja alguns problemas, mas vale a lembrança...
“ Há vidas que por vontade eu canto, há vidas que por maldade eu conto.
Por muitos lugares eu andei. Em muitos lugares morei. Muitas vidas vi passar.
Por isso, meu amigo, preste atenção. Uma coisa vou cantar.
A gente só dá valor à juventude quando estamos na meia-idade.
só damos valor à natureza quando moramos na cidade
A gente só dá valor às amizades quando estamos na solidão.
Nós só damos valor à frieza quando perdemos a razão.
Quem não dá valor ao que tem não merece ter nada de valor.
Por muitos buracos passei. Muitos demônios enfrentei.
Nesta vida ainda vou enfrentar.
Por isso meu amigo, me, preste atenção. Uma coisa vou cantar.
A gente só dá valor às alegrias quando sentimos tristeza.
Nós só damos valor ao dinheiro quando estamos na dureza.
A gente só valor às máquinas quando não funcionam mais.
Só damos valor à tranquilidade quando não nos deixam em paz.
A gente só dá valor ao trabalho quando estamos desempregados.
A gente só dá valor à religião quando estamos desesperados.
A gente só dá valor à certeza quando tanto fez, tanto faz.”
Uma casa de games aqui perto de casa foi assaltada e meu filho relatou o fato em detalhes em seu blog, o Medal of Honor.

domingo, agosto 12, 2007

HISTÓRIA DOS QUADRINHOS : o início no Brasil




Ao folhear qualquer livro sobre histórias em quadrinhos - mesmo os escritos no Brasil - o leitor encontrará a informação de que a primeira HQ foi Yellow Kid, de Richard Outcoult. Nada mais falso. Antes do menino amarelo havia arte seqüencial sendo publicada na Alemanha, na França e outros países. Na verdade, os americanos, como fizeram com o avião, se aproveitaram do domínio que têm sobre a mídia para propagar o seu ponto de vista. O livro As Aventuras de Nhô-Quim e Zé Caipora, lançada pelo Senado Federal, em uma edição organizada pelo Coronel e estudioso Athos Eichler Cardoso, mostra que os norte-americanos não podem pedir sequer o mérito de terem criado os quadrinhos de aventura.
Nhô-Quim e Zé Caipora são criações do ítalo-brasileiro Ângelo Agostini, um dos jornalistas e ilustradores mais importantes da imprensa brasileira. Agostini nasceu em Verceli, na Itália, passou a adolescência em Paris, onde estudou na Escola de Belas Artes. Veio para o Brasil ainda jovem e não quis mais voltar para a Europa. Aqui ele se tornou um símbolo da imprensa republicana e abolicionista. A Revista Ilustrada, fundada e dirigida por ele, era o periódico de maior prestígio no Brasil do final do século XIX, sendo o principal registro histórico e iconográfico da luta contra a escravidão. A publicação chegou a ter quatro mil assinantes, o que era um recorde absoluto para um país cuja maioria da população era analfabeta.
O primeiro trabalho de Agostini com quadrinhos foi As Aventuras de Nhô-Quim. O primeiro capítulo foi publicado em 30 de janeiro de 1869, no jornal Vida Fluminense. A data, que revela claramente que somos muito anteriores aos norte-americanos (Yellow Kid é de 1896) hoje é comemorada como dia do quadrinho nacional. Ângelo Agostini deu nome ao mais importante troféu brasileiro de quadrinhos (do qual o autor deste texto foi o ganhador como melhor roteirista em 1999).

Nhô-Quim contava a história de um caipira rico e ingênuo, que vai à corte e se envolve em todo tipo de trapalhadas. A história mostrava o conflito entre a cultura rural e urbana, o que fica evidenciado na seqüência em que Nhô pára para tomar um café e acaba perdendo o trem. Agostini usa a história do caipira para criticar os problemas urbanos, modismos e costumes sociais e políticos da época.
Mas o melhor momento de Agostini é mesmo Zé Caipora. Obra de um artista maduro, a série antecipa os quadrinhos de aventura que tanto fizeram famosos personagens como Tarzan e Flash Gordon. O primeiro capítulo de Zé Caipora foi publicado em 27 de janeiro de 1883 nas páginas da Revista Ilustrada (sempre é bom lembrar que Yellow Kid é de 1893). O sucesso foi tão grande que a série chegou a ter quatro edições e serviu de inspiração para uma canção popular, peças teatrais e até dois filmes mudos. Zé Caipora era multimídia.

Os primeiros capítulos são ainda humorísticos e o personagem se parece um pouco com Nhô-Quim, com o nariz em continuação com a testa. Depois, a história se torna mais aventuresca e o desenho se torna realista. Nessa segunda fase, o herói enfrenta onças, índios bravios e uma sucuri. O momento em que Zé, amarrado a uma árvore, serve como alvo para as índias treinarem sua pontaria no arco-e-flexa, é memorável e demonstra o perfeito domínio que Ângelo Agostini tinha da arte seqüencial. São cinco quadros mostrando o herói desviando-se das setas e parecemos ver seus movimentos.
Além disso, há seqüências de panorâmicas, que só seriam usadas nos quadrinhos ianques com Tarzan, na década de 20 do século XX. Outra cena mostra até um sonho, com o desenho envolvido por nuvens para demonstrar que os acontecimentos não devem ser lidos de forma literal. Em suma, Agostini antecipou muitas das técnicas que só seriam usadas pelos norte-americanos muito tempo depois.

O espiritismo cinco anos depois da morte de CHICO XAVIER

Faz cinco anos que Chico Xavier morreu. Estava com 92 anos e faleceu em um domingo, horas depois de o Brasil ter conquistado a Copa do Mundo do Japão. Em meio à festa pelo título, o País rendeu tributo ao seu mais famoso médium. Entre as 100 mil pessoas que compareceram ao velório, estavam personalidades da tevê, da música e da política. Até hoje nenhum nome do espiritismo alcançou o mesmo status do atingido por Francisco Cândido Xavier. Nem poderia. Os líderes da religião são unânimes em afirmar: ele é insubstituível. Apesar disso, um médium de Brasília, Ariston Teles, diz incorporá- lo, algo contestado por um grupo de pessoas próximas a Chico Xavier, entre elas seu filho adotivo, Eurípedes dos Reis. Alegam não ter encontrado em Teles o conjunto de sinais secretos que o médium mineiro teria transmitido para que um dia pudesse ser reconhecido no pós-morte.
A polêmica não causa arranhões à doutrina. O que se poderia imaginar é que a religião sofreria um baque sem a presença de seu maior ícone. Mas não é isso que se vê. O espiritismo está ganhando seguidores. A Federação Espírita Brasileira (FEB) lembra que o último censo do IBGE, de 2000, apontava 2,3 milhões de seguidores da religião. Para a entidade, atualmente o grupo ultrapassa os três milhões. Isso entre os que se declaram espíritas. Quando se trata de simpatizantes, o número é dez vezes maior. São 30 milhões de homens e mulheres que buscam os centros espíritas. “Muitas pessoas vão atrás de cartas espirituais, mesmo sem se converter. E procuram as casas mais de uma vez, criando um sistema de comunicação regular”, conta a antropóloga Sandra Stoll, professora da Universidade Federal do Paraná e autora do livro Espiritismo à brasileira. Leia mais

O boom dos quadrinhos

Muita gente ainda acha que histórias em quadrinhos são coisa de criança. Ou de nerd. É só passar na livraria mais próxima para ver que esse mercado não é mais o mesmo. Primeiro, porque o espaço físico dado para o gênero cresceu. Na Fnac, rede francesa com sete livrarias no Brasil, novas estantes vieram com o aumento de 30% nas vendas entre o primeiro semestre de 2006 e o primeiro semestre deste ano. Benjamin Dubost, diretor comercial da rede, tenta entender o aumento do público: “Quadrinhos não têm idade. Você pode ler Asterix com seu filho de seis anos, e ele vai ler de um jeito e você de outro.” Cresceu também o número de editoras especializadas. Além da Pixel, criada no ano passado pela gigante Ediouro e pela Futuro, algumas, como a Desiderata, estão estreando no negócio. E mesmo editoras tradicionais passaram a investir no segmento. A Companhia das Letras, por exemplo, tem lançado títulos como Maus, de Art Spiegelman, e Persépolis, de Marjane Satrapi. “Há quadrinhos que são alta literatura e merecem ser lidos e criticados como tal”, diz o editor André Conti, da Companhia das Letras. “Veja o que aconteceu com a literatura policial: hoje ninguém duvida de que Dashiell Hammett e Raymond Chandler sejam grandes escritores, mas na época eram desprezados pela crítica.” Leia mais

sábado, agosto 11, 2007

É o merchandaiseing!


O leitor Ivan Daniel, vendo a placa do post abaixo, mandou essa outra, fotografada em um supermercado em Macapá. Aliás, um dos melhores supermercados da cidade, com um ótimo merchandising. Mas um detalhe desses estraga todo esforço de marketing...

É o máquêti!



TAO EM QUADRINHOS

Quadrinhos filosóficos, pelo jeito, não são uma exclusividade brasileira. Há algum tempo comprei o livro TAO EM QUADRINHOS, escrito e desenhado pelo coreano Tsai Chih Chung. O livro é uma adaptação do Tao Te King, um dos pilares do pensamento oriental.
O que é o TAO? Como explicá-lo através de palavras? Impossível, e aí vemos a força dos quadrinhos. Eles conseguem sucesso onde as palavras falham e passam uma mensagem profunda de diversas interpretações.
Chung escreveu também O ZEN NOS QUADRINHOS. Ambos sairam pela Ediouro. Vale a pena dar uma conferida.
Para quem gosta de filosofia oriental, ou simplesmente para quem gosta do bom e velho quadrinho.

sexta-feira, agosto 10, 2007


Minha mulher diz que pai não faz parte da família. Deve ser mesmo, pelo menos para as operadoras de telefonia celular. Na época do dia das mães eu tinha me interessado em trocar meu celular por causa das ótimas promoções que encontrei na VIVO. Até no plano pós-pago compensava. Aliás, compensava mais o plano pós-pago. Um celular de quase 700 reais saia por 10 reais com uma conta fixa de 60 reais! Passando um ano, pagava-se o celular, além de ter mil e uma vantagens e bônus. Voltei agora esperando uma promoção semelhante, mas acabei me decepcionando. O mesmo celular, que antes ficava no plano de 60 reais, pulou para o plano de 90. E, de bônus, só um, que na verdade, não é um estímulo a comprar um celular, já que mesmo quem já tem celular pode se cadastrar, e os bônus têm validade de apenas um mês. Pelo que percebi, nas outras operadoras as promoções são igualmente decepcionantes. Agora é esperar o natal ou o dia das mães para trocar de celular...

Anos Rebeldes chega ao DVD


E se o golpe militar de 64 não tivesse acontecido? E se a revolução sexual não estourasse? E se não houvesse um mundo dividido em direita e esquerda? E se rótulos como alienado, engajado, revolucionário e reacionário jamais tivessem tido peso? E se os hippies não começassem a usar calças jeans? E se a individualista Maria Lúcia jamais se apaixonasse pelo idealista João Alfredo? E se a doce burguesa Heloísa não partisse para a luta armada? E se uma certa minissérie não fosse exibida em 1992, no momento em que os estudantes pintavam a cara para pedir o impeachment do presidente Fernando Collor? Os caminhos para as respostas de tais perguntas estão na minissérie Anos Rebeldes, que acaba de ganhar uma brilhante adaptação para DVD, lançado pela Som Livre. Leia mais

quinta-feira, agosto 09, 2007


Recebi do amigo Leo Santa e compartilho com vocês:


Intertexto


Bertold Brecht


Primeiro levaram os negros


Mas não me importei com isso


Eu não era negro


Em seguida levaram alguns operários


Mas não me importei com isso


Eu também não era operário


Depois prenderam os miseráveis


Mas não me importei com isso


Porque eu não sou miserável


Depois agarraram uns desempregados


Mas como tenho meu emprego


Também não me importei


Agora estão me levando


Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém


Ninguém se importa comigo.


Marketing


Philiph Kotler, o papa do marketing e o principal autor dessa área, escreveu certa vez: “Marketing é a atividade humana voltada para a satisfação das necessidades e desejos do consumidor através de um processo de troca”.
Vamos analisar essa definição.
Kotler fala em necessidades e desejos. Todo mundo tem necessidades. Todo mundo precisa comer, beber, dormir... e todo mundo tem necessidade de coisas um pouco mais abstratas, como proteção, reconhecimento, status, auto-realização.
Essas necessidades não foram criadas pelo marketing, mas são usadas por ele para vender produtos. Quando um fabricante vende um colchão, ele não está vendendo uma armação de pano e algodão. Ele está vendendo a satisfação da necessidade de sono. Da mesma forma, quem vende grades não está vendendo um amontoado de metal, está vendendo segurança.
Todo produto de sucesso está associado a uma necessidade. Por exemplo: um time de futebol. Qual a necessidade que ele está satisfazendo? Você consegue imaginar? Para começar, o esporte trabalha a necessidade de relacionamento, pois as pessoas vão para o clube e acabam conhecendo outras pessoas. Já percebeu que muitas amizades começam com a pergunta: “Para que time você torce?” ?
Além disso, quando o time ganha o torcedor se sente também um vitorioso. Está sendo satisfeita a sua necessidade de ser um ganhador. Não é à toa que, quando o time perde, o torcedor sente-se frustrado: afinal, sua necessidade de vitória não foi satisfeita...
Kotler também fala de consumidor. Saber quem é o seu cliente é essencial se você quiser vender algo a ele. Na verdade, no marketing esse é o personagem principal. Tudo gira ao redor dele, tudo é feito para satisfaze-lo.
Produto é tudo aquilo que satisfaz uma necessidade. Uma pedra não é um produto, mas se ela for usada para satisfazer uma necessidade, ela se torna um produto.
Finalmente, Kotler explica que o marketing se dá através de um processo de troca. Só a necessidade e o produto não definem o marketing. Uma pessoa diante de uma necessidade (vamos dizer que ela esteja com fome), pode optar pelas seguintes alternativas:
Auto-produção – ela pode produzir sua própria comida, seja pescando, colhendo frutas ou caçando. Não há interação, já que a pessoa satisfaz sua própria necessidade.
Coerção – essa é uma palavra mais bonita para roubo. A pessoa simplesmente se apropria da comida de outra pessoa. Isso não é marketing, pois só uma das partes é beneficiada.
Súplica – essa é uma opção mais civilizada que o roubo, mas ainda assim não é marketing. Não há nenhuma troca real envolvida e só o que o produtor recebe é a gratidão de quem recebeu a comida.
Finalmente temos a troca. Nesse caso, o produtor tem algo que o consumidor precisa (no nosso caso, comida) e o consumidor tem algo que o produtor quer (dinheiro, provavelmente). Lembra do exemplo do cachorro quente da esquina? Pois é. Quando vai até a barraquinha, você está satisfazendo uma necessidade através de um processo de troca (o sanduíche por dinheiro).

terça-feira, agosto 07, 2007

Ladrão canadense chama a polícia ao constatar a presença de bebê no carro roubado

MONTREAL, Canadá (AFP) - Um homem que tinha roubado um carro na cidade canadense de Montreal, sem perceber de imediato que havia um bebê dormindo em seu interior, abandonou o veículo e avisou a polícia. Leia mais

Comentário: tinha que ser no Canadá.

segunda-feira, agosto 06, 2007

Encontrei esse cachimbo em uma loja e não resisti: comprei só para tirar essa foto. O cachimbo era usado por muitos intelectuais e persongens da ficção, especialmente no início do século XX, a ponto de ter se tornado uma espécie de símbolo de intelectualidade. Tiramos várias fotos, mas essa foi a única que ficou com uma composição legal.
Abaixo, algumas personalidades famosas e seus cachimbos:
Sherlock Holmes, personagem literário.Roberto Carlos, cantor
Nick Holmes, personagem de quadrinhos.

Carl Gustav Jung, psicólogo.
Tolkien, escritor.

sábado, agosto 04, 2007

10 melhores livros


Fiz a minha relação de livros, mas acabei não comentando. Corrijo essa falha:
1 - 1984, de George Orwell - O livro que definiu boa parte da minha visão política. Em 1985 o mundo vive sob uma ditadura que governa a vida das pessoas nos mínimos detalhes. Orwell escreveu um aviso para que evitemos esse futuro distópico. Além da mensagem política, a narrativa densa me influenciou muito, embora eu esteja a anos luz de Orwell.
2 - O Nome da rosa, de Umberto Eco - Em outra encarnação eu devo ter sido um monge. Romance policial sobre assassinatos que acontecem num mosteiro. Por trás disso, filosofia, semiótica, história... Também gosto muito do filme.
3 - As aventuras de Xisto, de Lúcia Machado de Almeida - O primeiro livro que li e mais que me ajudou a ter verdadeira idolatria pela Idade Média.
4 - Tao te King, de Lao Tsé - livro que influenciou não só minha visão política, mas filosófica.
5 - O Aleph, de Jorge Luís Borges - Já declarei diversas vezes que Borges é um dos mais importante escritores do século XX e, nesse livro ele dá uma visão literária do que viria a ser a teoria do caos.
6 - História do mundo para crianças, de Monteiro Lobato - Quem acha que a história é chata, é porque nunca leu Lobato. Li e reli diversas vezes.
7 - Crônicas marcianas, de Ray Bradbury - Ficção científica poética. A narrativa de Bradbury parece ter sido tecida com ouro. Se não bastasse, os contos que formam esse romance têm ótimos finais.
8 - Admirável mundo novo, de Adous Huxley - mais um livro que influenciou minha visão política. Não adianta ser feliz, se você não é livre.
9 - Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens, de Jean Jacques Rousseau - Rousseau não é só um dos grandes filósofos da humanidade, é também um ótimo escritor, que mostrou a importância da imaginação. Aprendi a argumentar lendo esse livro.
10 - Cognição, ciência e vida cotidiana, de Humberto Maturana - Mostra, com comprovação científica, que não existe realidade sem observador. Tem a ver com o taoismo.