Aqui em Macapá existe um homem que, todo final de semana, coloca uma caixa de som imensa no cruzamento das ruas Padre Júlio e Cândido Mendes e fica lá, esbravejando.
No último sábado havia alguns jovens da Igreja Universal divulgando o show da Mara Maravilha. Ele implicou com os coitados. Dizia que aquilo era idolatria. Esbravejava, espumava. Parecia possesso.
Quando se cansou de esbravejar contra a Mara Maravilha, virou para o lado e viu alguém saindo da banca de revista com uma revista em quadrinhos. Aí a vítima passou a ser outra: "Você aí, fica lendo essas porcarias de histórias em quadrinhos, mas não lê a Bíblia! Vai ler a Bíblia!".
Eu olhava para ele e não conseguia deixar de pensar nas pessoas que apoiavam Hitler em sua loucura homicida. Esse senhor certamente daria um ótimo guarda de campo de concentração.
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