sexta-feira, agosto 31, 2012

Lição de humildade

Certa vez Jesus estava reparando como os convidados escolhiam os melhores lugares à mesa. Então fez esta comparação:
Quando alguém convidá-lo para uma festa de casamento, não sente no melhor lugar. Porque pode ser que alguém mais importante tenha sido convidado.
Então quem convidou você e o outro poderá dizer a você: “Dê esse lugar para este aqui.” Aí você ficará envergonhado e terá de sentar-se no último lugar.
Pelo contrário, quando você for convidado, sente-se no último lugar. Assim quem o convidou vai dizer a você: “Meu amigo, venha sentar-se aqui num lugar melhor.” E isso será uma grande honra para você diante de todos os convidados. (Lucas 4.7)

quinta-feira, agosto 30, 2012

Sirena

Sirena é uma história em quadrinhos de fantasia heróica que estou fazendo com o desenhista Savio Roz. O Roz é especializado em mulheres cheias de curvas e esse roteiro foi pensado para ele. Acho que nunca escrevi uma história em que aparecem tantas garotas. E muito bonitas, não?

A casa do terror

Casa do Terror, trata-se de um pocket book organizado pelo escritor e quadrinista Gian Danton e publicado através do selo da PADA Produções.

A publicação reúne uma série de contos, entrevistas e artigos sobre o tema, revisitando o estilo das antigas revistas pulps do começo do século passado com um acabamento modernoso e aconchegante, no formato Pocket Book (nossa primeira publicação no estilo) e lombada quadrada. De textos sobre o poeta Edgar Allan Poe e resenhas de livros como Carrie a Estranha e Anjo de Dor, passando por uma entrevita com Marcelo Milici (responsável por um dos maiores sites de terror do país, o Boca do Inferno) até finalmente chegar aos contos, cada página desse livro é feita sob medida para os aficionados em terror.

Confira os contos presentes na publicação, respectivos autores e uma pequeno resumo:

-Mystéres, por Alexandre Lobão: Para Edgar, todas as saídas estão fechadas, até mesmo em seus sonhos. Ou seriam pesadelos?

-Companhia Noturna, por Rodrigo Moreno: Todas as noites a moça estava lá, esperando por ele. Só que ela guardava um terrível segredo…

-A Fêmea da espécie, por A.Moraes: Uma mulher perigosa e misteriosa. Uma nova doença se espalha pela cidade. E o amigo de uma das vítimas resolve investigar.

-Inocente, por Josiel Vieira: Uma fábula perturbadora sobre um devorador de crianças.

-O fantasma do banco de trás, por Martha Argel: Comprar aquele táxi talvez não tenha sido uma boa idéia.

-Corpo Fechado, por Gian Danton: Todos acham que sabem como Lampião morreu. Mas um velho cangaceiro tem uma outra versão para os fatos.

-Uma noite aterrorizante, por Leonardo Santana: um homem tem uma desagradável surpresa enquanto enterra seu amigo.

Clique aqui  para comprar (o preço é 15 reais)

Música alta pode afetar memória e aprendizagem, diz estudo

A partir de pesquisas feitos com ratos, cientistas argentinos reveleram os danos causados por exposição ao som em alto volume.

Muitos adolescentes gostam de ouvir música alta, especialmente durante os estudos, costume que tem sido criticado pelo pais através de gerações.
Agora, cientistas da Argentina mostraram que a reclamação dos progenitores não é pura chateação: através de um experimento com ratos, eles descobriram que o som alto pode afetar a memória e os mecanismos de aprendizagem de animais em desenvolvimento.
O trabalho, publicado na revista Brain Research, foi realizado utilizando camundongos com idade entre 15 e 30 dias, o que corresponde a uma faixa etária entre 6 a 22 anos nos humanos.
Os pesquisadores expuseram os animais a intensidades de ruído entre 95 e 97 decibéis (dB) mais altos do que o patamar considerado seguro (70-80 dB), porém abaixo da intensidade de som que produz, por exemplo, um show de música (110 dB). Leia  mais

Ps: Ou seja: a música alta é para o cérebro o que o cigarro é para o pulmão. O maior problema é que, da mesma forma que existem os fumantes involuntários, existem os que são obrigados a ouvir música alta por causa de vizinhos.

Editora Salamandra lança adaptação em quadrinhos de Oliver Twist

Por Samir Naliato

A Editora Salamandra está lançando a graphic novel Oliver Twist (240 páginas, formato 22 cm x 29 cm, R$ 52,90), adaptação em quadrinhos da obra de Charles Dickens, um dos mais notáveis romancistas da Era Vitoriana.

Em sua obra, tendo ele próprio conhecido a pobreza e as terríveis condições de trabalho nas fábricas, denuncia, sem cessar, os males de uma industrialização que leva os operários à miséria; e também assinala os perigos da estratificação social de sua época. Pai de dez filhos, Dickens morreu aos 58 anos, deixando grandes obras da literatura inglesa.

A adaptação ficou por conta de Loïc Dauvillier (roteiros), Olivier Deloye (arte) e Luciano Vieira Machado (tradução). Leia mais

quarta-feira, agosto 29, 2012

O terror, o terror!


O terror é uma das emoções humanas mais básicas e fundamentais. Somos todos assombrados por algum tipo de fantasma. Talvez o medo seja a primeira emoção experimentada pelo ser humano, o medo de um mundo desconhecido que se encontra do lado de fora da barriga da mãe.
E o terror nos acompanha por toda a vida: ele está em filmes, seriados e quadrinhos, causando fascínio e repulsa.
Eu tive boa parte de minha carreira ligada ao terror. Quando comecei a escrever quadrinhos, esse era o único gênero – além do erótico – em que um brasileiro podia fazer quadrinhos. Meu grande parceiro na época era o compadre Bené Nascimento (Joe Bennett) e lembro que nos divertíamos muito imaginando as formas mais bizarras de matar ou dar um destino pior aos protagonistas. Também fazíamos piadas internas, em que cada um de nós era submetido a situações de terror. Em uma das HQs, um personagem com meu rosto sofria de medo de multidões e via seu corpo transformado em milhares de bocas em eterno falatório.
Como disse, era uma piada interna, mas hoje penso que, por trás do riso havia algo mais, como essa fosse uma forma de lidar com algo difícil. Quantas pessoas não riem diante de uma situação embaraçosa ou até mesmo perigosa? “Hahaha! Poxa vida! Esse carro quase leva o meu braço!”.
A verdade é que todos nós precisamos do terror por algum tipo de necessidade psicológica. Talvez o medo verdadeiro seja algo tão insuportável que precisamos de um treino para lidar com ele. É como as pessoas que se borram toda apenas em pensar em locais altos e são levadas por psicólogos para edifícios e incentivadas a enfrentarem seus medos de forma controlada.
Da mesma forma, você pega essa revista e exorciza seus fantasmas. Se a situação ficar realmente difícil, se a mão fria da morte parecer estar tocando sua fronte, basta fechar a revista e os demônios estarão ali, presos nas páginas fechadas, sob controle. Mas eles estarão lá acenando para você e, uma hora ou outra, você voltará a abrir as páginas e ler como o menino que morreu de medo na montanha russa, mas mesmo assim voltou para a fila.
Talvez a grande lição do terror é que nós podemos vencer nossos demônios.
A casa do terror é uma revista para aqueles que sabem que o medo pode ser um dos grandes segredos da vida, tão essencial quanto o amor e o oxigênio.
(editorial que escrevi para o primeiro número de A casa do terror - Clique aqui para comprar)

A casa do terror

Acabou de chegar o meu exemplar do pulp fiction A casa de terror. Ele reúne resenhas, artigos e contos de horror e tem vários textos meus (Na verdade, foi uma ideia minha encampada pelo Leo Santana, do grupo PADA, de Pernambuco). A diagramação ficou muito boa. Tem um conto meu, "Corpo fechado", em que narro a verdadeira morte de Lampião.

Marketing de guerrilha é isso aí


A ciclovia da Hamilton Silva

Ciclistas preferem se arriscar entre os carros na Leopoldo Machado a seguir pela ciclovia na Hamilton
Parece que faltou uma campanha de conscientização quanto à ciclovia da Hamilton Silva, tanto pra pedestres quanto para motoristas. É comum ver carros e motos parados ou estacionados na ciclovia. Por outro lado, parece que os ciclistas não entenderam que a ciclovia é para ser usada e é de mão dupla. Na verdade, é mais comum ver ciclistas arriscando a vida na Leopoldo Machado do que seguindo pela Hamilton.

terça-feira, agosto 28, 2012

O Andarilho das Sombras

Série Tempos de Sangue – primeiro volume
Eduardo Kasse

No romance O Andarilho das Sombras, primeiro volume da série Tempos de Sangue, Eduardo M. Kasse conta uma história instigante de como escolhas e uma promessa maliciosa criaram um grande mal.
Para salvar a vida de quem amava, Harold Stonecross sacrificou sua alma em um jogo de poder entre deuses decadentes e se tornou um demônio em busca de sangue.
Nesta fantasia sombria, entre lendas esquecidas, dogmas e mitos, Harold narra passagens de sua longa existência, repletas de conexões com tempos imemoriais, enquanto caminha pelas ruelas escuras e imundas da Europa da Idade das Trevas.
Sedutor e fatal, Harold fez do mundo o seu palco. Em sua atuação, a História escrita pelos homens confunde-se com as histórias de terror contadas pelos mais velhos. Nobres, sacerdotes, homens comuns, não importa: sempre haverá um rastro de sangue após as cortinas baixarem.

Sobre o autor:   
Eduardo Kasse é paulistano, nascido em 10 de abril de 1982. Escritor, palestrante e analista de conteúdos, vive nos mundos do planejamento estratégico da informação, edição de textos e literatura. Publicou o livro de poesias Enquanto o Sol se põe (2002).

   
O Andarilho das SombrasSério Tempos de Sangue – volume primeiro

Autor: Eduardo Kasse
Gênero: Literatura fantástica – terror (dark fantasy)
Formato: 14cm x 21cm
Páginas: 384 em preto e branco, papel pólen bold 90g
Capa: Cartão 250g, laminação fosca, com orelhas de 6cm
Preço de capa: R$ 57,90
Disponível em: 15 de agosto de 2012

Oficina de roteiro

Amanhã estarei no Museu da Imagem e do Som (2o piso do Teatro das Bacabeiras) ministrando uma palestra sobre roteiro para quadrinhos com foco na produção de textos e diálogos. A oficina é gratuita e qualquer um pode participar. Não é necessário fazer inscrição.

O desenvolvimento dos meios de comunicação

Uma das ideias básicas do filósofo canadense Marshall McLuhan era a de que pouco importava o conteúdo dos meios de comunicação. O que era realmente importante era o fato desses meios existirem. Essa ideia foi resumida na frase "O meio é a mensagem". Para McLuhan, a forma como nos comunicamos determina a maneira como nos organizamos socialmente. Mais: a forma como nos comunicamos muda nossos processos mentais.

Uma análise da evolução mostra como se deu essa relação mídia-sociedade-cérebro.

No começo, vivíamos em aldeias. O tamanho da aldeia, segundo o McLuhan, é determinado pelo número de pessoas que podem ouvir a voz do líder. Em uma cultura oral, os grupos devem ser pequenos exatamente para facilitar a comunicação. Se o grupo se tornava muito grande, acabava se separando e formando outro grupo, com outro líder.

Nessa época o sentido mais usado era a audição. A comunicação era feita pessoa-pessoa, sem uso de qualquer plataforma além da própria fala. Era uma comunicação com envolvimento, pois normalmente se falava de pessoas conhecidas de todos e de fatos que muitas vezes tinham importância para a tribo. Não havia separação entre teoria e prática: aprendia-se praticando. As ações mais importantes dessa época, como plantar, caçar e pescar, eram aprendidas tendo como professores parentes, que ensinavam através da prática.

A invenção da escrita mudou o mundo.

Com a escrita era possível ao líder enviar suas ordens ou receber relatórios de locais distantes, razão pelas quais as cidades foram se tornando cada vez maiores. Esse processo permitiu a criação dos impérios, já que as ordens e relatórios eram enviados por mensageiros (não por acaso, a primeira coisa que os romanos faziam ao conquistar um território era construir estradas ligando o local à Roma, origem da expressão "todos os caminhos levam a Roma". Leia mais

segunda-feira, agosto 27, 2012

A Cia Voar Teatro de Bonecos (DF) encantará Macapá com "Os meninos verdes"

O espetáculo Os meninos verdes mostra as pequenas criaturas verdes encontradas no jardim de Dona Cora Coralina. Eles conquistam o afeto da Poetisa através de suas brincadeiras, estripulias, do exercício da imaginação e da pureza. Tudo com simplicidade, assim como no livro, onde a autora usou ternura para narrar meninices, brincadeiras e sonhos, provocando a identificação não somente nas crianças, mas também nos adultos. Os meninos verdes será encenado pela Cia Voar Teatro de Bonecos, no sábado, às 10 e 16h, e domingo, às 14h, (dias 01 e 02 de Setembro) no Teatro Bacabeiras (Rua Cândido Mendes, 368- Centro). Os ingressos têm valor de R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia). A meia-entrada é valida para crianças até 12 anos, artistas, estudantes, professores, doadores de sangue e idosos (acima de 60 anos), com a apresentação de seu respectivo comprovante. A peça tem duração aproximada de 45 minutos e censura indicativa Livre.

Serviço:
Projeto Circulação Nacional - Circulação Os Meninos Verdes
Espetáculo: " Os Meninos Verdes" - Dias: 1 e 2 de setembro
Horário: dia 01/08 às 10h e 16h  - Dia 02/09 às 14h
Local:  Teatro Bacabeiras (Rua Cândido Mendes, 368- Centro

O ditador

Assistimos O Ditador, novo filme de Sacha Baron Cohen (Borat). É, certamente, a melhor comédia do ano, o tipo de filme que você ri tanto que acaba perdendo alguma coisa. As piadas já começam nos nomes: Alladim é o ditador de Wadyia, um país rico em petróleo que está criando sua própria bomba atômica (todos os meus amigos ditadores têm armas atômicas, reclama o protagonista, como uma criança birrada). Para evitar um ataque da ONU, ele precisa ir a Nova York fazer uma declaração. É quando ele sofre um atentado e é substituído por um sósia. O filme desconstrói as expectativas, fazendo o expectador torcer por um odioso ditador.
Difícil destacar qual a melhor cena. Talvez aquela em que o ditador muda o dicionário, trocando várias palavras pelo seu nome, inclusive positivo e negativo (o médico, com o resultado de um exame na mão pergunta ao paciente se ele quer a informação Aladim ou Aladim) ou aquela em que o ditador precisa aliviar os bolsos de peso e se descobre que ele levou uma garrafa de água de coco, três bananas e dois tijolos, ou a cena em que ele defende os benefícios da ditadura, mas parece estar falando da democracia americana.

domingo, agosto 26, 2012

O novo design e o aumento de visitas

Passei muitos anos usando um design fixo do blogspot. E durante anos parece que ele funcionou bem. De uns tempos para cá, no entanto, algum bug estava arquivando os arquivos antes do momento. Algumas vezes ficava apenas um post na página principal. O resultado foi uma perda de leitores. Para quem tinha uma média de 2 mil leitores diários, foi preocupante ver esse número diminuir para até 300. Tentei consertar de todas as maneiras possíveis, mas não consegui. O jeito foi trocar o design para um que lembra um portal, com algumas postagens em destaque. O novo design tem limitações. Não permite, por exemplo, colocar imagens fixas, ou banneres. Mas teve o seu lado bom: os leitores voltaram. A média agora tem sido de 2 mil leitores, com picos de 2.500. Para um blog que se prepara para completar 9 anos (no mês de outubro), é uma boa notícia. Obrigado aos leitores.

Livro A Morte é Legal

“Todo garoto apaixonado é um pouco ridículo. Esta é a história de Andrew Webley, um garoto muito ridículo.”
“A Morte é Legal” é o segundo livro de Jim Anotsu, autor de “Annabel & Sarah”, sucesso de público e crítica.
Conheça Andrew, um garoto de 19 anos que mora na cidade de Dresbel. Aspirante a escritor, sem rumo na vida e apaixonado pela melhor amiga há mais de três anos, sem a coragem necessária para se declarar. Tudo muda quando ele conhece Ive – a filha mais nova da Morte e ceifadora estagiária. A garota lhe revela uma forma de realizar qualquer desejo, incluindo o amor da garota amada: encontrar os três nomes verdadeiros da criatura mais importante do universo.
O livro se desdobra com uma galeria de personagens que inclui uma coelha niilista alérgica a si própria, uma fada do fogo, crianças perdidas, ratos e fãs de hip hop. Quando os dias começam a afundar num turbilhão de desastres, segredos antigos são colocados no tabuleiro e inúmeras vidas em risco. E a única maneira de descobrir como tudo isso termina é ler até a última página. Mas não vale ir direto.
Transitando entre o surreal e o mundano, Jim Anotsu exibe toda sua imaginação em uma obra que reúne magia, mistério, aventura e romance num universo atraente para jovens e adultos de todas as idades.


Sobre o autor:

Jim Anotsu é o autor de Annabel & Sarah. É também uma lontra. Ou um dinossauro. Sua aparência muda cada vez que come alface – ele é uma orca há dois anos. Nasceu, cresceu e aprendeu a ler numa caverna no Tibete. Decidiu ser escritor porque é a única profissão que permite exercer agorafobia em paz. E pelo fato de que odiaria sair de casa num dia chuvoso para trabalhar num lugar entediante. É dono de algo chamado Humbug, um alienígena disfarçado de labrador. Morou em Seattle por tempo suficiente para admirar guarda-chuvas e odeia comer aves. Seus autores favoritos estão mortos ou reclusos. Sua família e os cientistas afirmam que a razão de seu comportamento agressivo e antissocial – que inclui morder a perna de idosas no ônibus – é a extensa audição de hardcore emocional e a música britânica triste.

   
A Morte é LegalAutor: Jim Anotsu
Gênero: Literatura fantástica – infantojuvenil
Formato: 14cm x 21cm
Páginas: 320 em preto e branco, papel pólen bold 90g
Capa: Cartão 250g, laminação fosca, com orelhas de 6cm
Preço de capa: R$ 49,90
Disponível em: 30 de agosto de 2012

Ps: Taí um release que estimula a ler o livro. Fiquei curioso.

sábado, agosto 25, 2012

Oração e humildade

"E quando vocês orarem, não sejam como os hipócritas. Eles gostam de ficar orando em pé nas sinagogas e nas esquinas, a fim de serem vistos pelos outros. Eu lhes asseguro que eles já receberam sua plena recompensa.
Mas quando você orar, vá para seu quarto, feche a porta e ore a seu Pai, que está no secreto. Então seu Pai, que vê no secreto, o recompensará.
Mateus 6:5-6

Em contraproposta, professores abrem mão de aumento e pedem reestruturação da carreira

Documento pede que, a cada degrau de progressão, docentes tenham reajuste

A presidenta do Andes-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), Marinalva de Oliveira, esteve nesta quinta-feira (23) no Ministério do Planejamento para protocolar uma contraproposta dos professores à pasta, apesar de o governo ter encerrado as negociações com a categoria desde o dia 3 de agosto, quando assinou acordo com o Proifes (Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior).

O Proifes representa a minoria dos docentes. As entidades de classe da maioria, o Andes-SN e o Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica), rejeitaram a proposta governamental de reajuste de 20% a 45%.

De acordo com Marinalva de Oliveira, na contraproposta, os docentes abrem mão de aumento e dão preferência à reestruturação da carreira. O documento pede que, a cada degrau de progressão, os professores tenham ajuste de 4% - anteriormente, o percentual desejado era 5%. Leia mais

Tiririca do Amapá

Todo ano de eleição o que sempre se vê é um verdadeiro show de humor com candidatos fazendo tudo que podem para chamar atenção. Um dos mais curiosos deste ano é o Tiririca do Amapá.

sexta-feira, agosto 24, 2012

Erótica Fantástica

Erótica Fantástica é uma coletânea anual da Editora Draco organizada por Gerson Lodi-Ribeiro. Em cada volume traz contos de autores lusófonos que falam de sexo, prazer e fantasias entre humanos e não-humanos de todas as orientações sexuais, sem qualquer tipo de preconceito.

Se você é humano, já pensou em sexo. Prazer, fantasias, intimidade -- palavras que sempre aparecem ligadas ao ato sexual, ao erotismo. Mas se tudo o que move o imaginário erótico está ligado a um instinto que serve primordialmente para a reprodução, por que personagens terráqueos sempre estenderam seu desejo a alienígenas, seres mágicos e criaturas artificiais de todas as espécies por toda a história da literatura fantástica? Como seria ter um selvagem lobisomem entre quatro paredes, ou mesmo uma terrível e sedutora vampira? Seriam os androides eficientes também na arte do amor?
Foi para responder essas perguntas que 16 autores, conduzidos sem censura pelo veterano das letras e do erotismo Gerson Lodi-Ribeiro, que nasceu a coleção Erótica Fantástica da Editora Draco.
A coleção começa agora e será anual, pois se há um tema que é fonte de inesgotável prazer de leitura, é o sexo.
Neste primeiro volume Gerson Lodi-Ribeiro convidou para essa deliciosa jornada os autores Camila Fernandes, Erick Santos Cardoso, Felipe Castilho, Estevan Lutz, Rubem Cabral, Ana Cristina Rodrigues, Antonio Luiz M. C. Costa, Adriana Simon, Filipe Cunha e Costa, Daniel Dutra, Sandra Pinto, Lidia Zuin, Cirilo S. Lemos, Valentina Silva Ferreira e Sid Castro.
Além dessas histórias apimentadas, o livro contém um ensaio da modelo Elida Miranda ilustrado por Erick Sama com fotos de Ader Gotardo. É para mexer mesmo com todos os sentidos.
Tome um drinque, fique à vontade. Curta ao seu modo esse momento.
   
Erótica Fantástica: volume 1
Autor: Vários
Organizador: Gerson Lodi-Ribeiro
Gênero: Literatura Erótica – Literatura fantástica
Formato: 14cm x 21cm
Páginas: 320
Preço de capa: R$ 54,90
Disponível em: 10/09/2012

Imprensa Oficial lança Alagoas Sequencial, seu primeiro livro de quadrinhos

Com sete histórias, obra é resultado de edital e inaugura o selo de HQ da editora
                Fruto do Prêmio Alagoas de Histórias em Quadrinhos, o livro Alagoas Sequencial, que a Imprensa Oficial Graciliano Ramos, integrante da Seplande, lança no dia 30 de agosto, às 19h, no hall do Centro Cultural Sesi, traz sete diferentes histórias roteirizadas e desenhadas por alagoanos ou autores radicados no Estado. O prêmio é resultado de um edital lançado pela Imprensa Oficial Graciliano Ramos em 2011, cujo resultado foi divulgado durante a V Bienal Internacional do Livro de Alagoas, em novembro.
                “É importante incentivar todas as manifestações artísticas do nosso Estado, principalmente no campo editorial. Este tem sido um diferencial da Editora da Imprensa Oficial Graciliano Ramos, preencher esses vazios e elevar a arte e a escrita em Alagoas”, afirma o secretário Luiz Otavio Gomes, presidente do Conselho de Administração da Cepal/Imprensa Oficial.
                As sete histórias foram analisadas por uma comissão julgadora especialista no assunto: Pablo Casado, quadrinista e autor da HQ Terra Brasilis; Thiago Oliveira, ilustrador e instrutor de curso de mangá no Senac, e Werner Salles, cineasta e ilustrador, além de diretor de documentários como Imagem Peninsular de Lêdo Ivo, História Brasileira da Infâmia e Interiores. O prefácio do livro é assinado por Pablo Casado. Nele, o quadrinista refere-se aos quadrinhos como arte que, cada vez mais, tem abandonado as margens da produção cultural.
                Na obra, as histórias percorrem os mais diferentes estilos e referências artísticas. São elas: StarKnight, de Mizael Oliveira; A Pega, de Izael Gomes; Histórias de Alexandre, de Daniel Contin; Orquídea, de Michel Alves; Sorte Grande, de Mateo e Yuri D’Magalhães; Preto que nem carvão, de Amaro Braga, Janaina Freitas e Mariana Petróvana e Menino Cuscuz, de Alexandre Azevedo.
                Para o professor universitário Amaro Braga, um dos autores da HQ Preto que nem carvão, feita em parceria com duas de suas alunas – Janaina Freitas e Mariana Petróvana – o edital serve para promover a produção de quadrinhos locais que o mercado editorial não absorve. “Esse concurso é importante porque, possivelmente, esses autores não teriam espaço em editais de quadrinhos do Rio e de São Paulo”, relata Amaro, que desenvolve projetos de pesquisa de História contada através dos quadrinhos. Ele é autor também de outros títulos de quadrinhos, como AfroHQ, sobre as religiões de matriz africana e os orixás,  e de uma série que conta a história da presença judaica em Pernambuco.        

OBRA
Título: Alagoas Sequencial
Editora: Imprensa Oficial Graciliano Ramos
Nº de páginas: 111 – Preço: R$ 25
Onde encontrar: Imprensa Oficial, A Revistaria (antiga Porto Seguro/Farol), livraria Edufal (Ufal), banca Ponta Verde (Ponta Verde), banca Nacional (Centro), revistaria Revista & Tabaco (Bompreço Ponta Verde)
               
LANÇAMENTO
O quê: lançamento da obra Alagoas Sequencial
Data: 30 de agosto de 2012, às 19h
Local: Centro Cultural Sesi (Av. Dr. Antônio Gouveia, 1.113, Pajuçara)
Mais informações: 3315-8303
* No dia do lançamento o livro será comercializado por preço promocional

Estupro não engravida?

Todd Akin, candidato republicano ao Senado dos Estados Unidos, declarou recentemente em uma entrevista que estupros autênticos não provocam gravidez. Segundo ele, se a mulher engravidou é porque a relação foi consentida. A declaração foi dada para justificar porque o candidato era contrário ao aborto em casos e violência sexual e provocou grande polêmica nos EUA. Leia mais sobre o assunto aqui.

A hipótese de Eistein

O chão se despedaça sob mim, engolindo a estrutura de metal em meio ao caos escarlate. O céu negro tomado por raios anuncia a minha morte. O mundo está acabando à minha volta e não há nenhum humano por perto.
Era uma experiência simples. Um salto no tempo. Todos nós atravessamos o tempo, diariamente, indo em direção ao futuro. Mas estamos praticamente parados. Eu ia pular no tempo usando a velocidade. Para mim teriam se passado apenas alguns segundos. Lá  fora  seriam 15 minutos. Era a hipótese de Einstein. Mas Einstein nunca sonhou com isso. Para mim foi pouco mais que um piscar de olhos. Lá fora se passaram 15 mil anos. Para quem olhasse de foram a nave pareceria quase parada, pois estava na verdade se movendo no tempo.
Nesse intervalo um cataclismo parece ter acabado com toda a vida na terra e em breve eu, o último homem, também irei morrer. Fui o homem que mais viveu na história da humanidade... e, no entanto, a minha vida foi muito curta.  

quinta-feira, agosto 23, 2012

Restauração de pintura vira Meme


A obra "restaurada" e algumas das versões de piada.
A restauração desastrosa feita por uma idosa em uma obra clássica do século XIX virou notícia em toda o mundo e, como não poderia deixar de ser, virou meme. Já existe até um manifesto pedindo para que a igreja deixe a obra como está. "O resultado da intervenção combina inteligentemente o o expressionismo primitivo de Francisco de Goya com figuras como Ensor, Munch, Modigliani e o grupo Die Brücke, pertencente à corrente artística do expressionismo alemão.", diz o manifesto, pedindo que a obra não seja restaurada. Leia mais aqui.

Quem é Gian Danton?

Gian Danton, pseudônimo de Ivan Carlo Andrade de Oliveira (Lavras, 1971) é um escritor e roteirista brasileiro de histórias em quadrinhos, além de professor da Universidade Federal do Amapá.

Biografia

Começou a escrever quadrinhos com a história Floresta Negra, desenhada por Bené Nascimento (Joe Bennett) e publicada na revista Calafrio da editora D-Arte. Publicou em diversas editoras, como ICEA, Nova Sampa, Metal Pesado e pela estadunidense Fantagraphics Books.[1] Leia mais na Wikipédia

Livro - Space Opera

Desbravar o desconhecido e enfrentar perigosos inimigos em mundos exóticos, viajar entre as estrelas em aventuras eletrizantes, desvendar mistérios lutando contra as temíveis forças do mal. Assim é a space opera, o mais famoso subgênero da ficção científica, celebrado no cinema, TV e literatura.
Depois do sucesso da primeira antologia brasileira de ficção científica espacial, publicada pela Editora Draco em 2011, as peripécias de heróis e vilões intergalácticos não poderiam ficar restritas a um único volume. Dos mesmos organizadores do já famoso Space Opera – Odisseias Fantásticas Além da Fronteira Final chega mais uma edição deste fantástico projeto.
Conheça a tripulação da nave Space Opera: Jornadas Inimagináveis em uma Galáxia não muito Distante: Carlos Orsi, Fábio Fernandes, Lidia Zuin, Roberto de Sousa Causo, Marcelo Augusto Galvão, Octavio Aragão e Tibor Moricz, grandes talentos da ficção especulativa nacional capitaneados pelos organizadores Hugo Vera e Larissa Caruso.
Acomodem-se em seus assentos. Afivelem seus cintos, configurem os painéis de controles e estejam a postos. Entraremos no hiperespaço em 3... 2... 1... ATIVAR!

Space Opera – Jornadas inimagináveis em uma galáxia não muito distanteAutor: Vários
Organizadores: Hugo Vera e Larissa Caruso
Gênero: Ficção científica – Space Opera
Formato: 14cm x 21cm
Páginas: 384 em preto e branco, papel pólen bold 90g
Capa: Cartão 250g, laminação fosca, com orelhas de 6cm
Preço de capa: R$ 59,90
Disponível em: 31/08/2012

quarta-feira, agosto 22, 2012

Dilma explica porque professores entraram em greve


Dica de blog

Um dos quadrinistas mais interessantes dos últimos tempos é do paranaense Will. Suas sacadas são sempre muito interessantes, especialmente na personagem Anésia, uma velhinha sincera demais. Para conferir as tiras, clique aqui.

O texto nos quadrihos - dicas

Há dois aspectos que se deve considerar ao escrever o texto numa história em quadrinhos. E, quando falo de texto, vale tanto para legendas quanto para diálogos.
O primeiro deles é que quadrinho não é literatura. O texto quadrinístico só existe em íntima coesão com a imagem. O roteirista deve pensar visualmente, imaginar como seu texto vai interagir com os desenhos e que tipo de impressão essa junção vai causar.
O segundo aspecto é que o roteirista deve saber quem são os personagens. O ideal é que até mesmo os personagens secundários tenham uma história. Quem são eles? Quais são suas motivações, quais são os seus medos, quais são suas esperanças? Há alguma história de vida que podemos contar sobre esse personagem e que ajudem a mostrar ao leitor quem é essa pessoa?
Essas duas preocupações sempre dominaram minha produção de roteiros. Exemplo disso é a história O farol, publicada pela editora Nova Sampa e, posteriormente, na editora norte-americana Phantagraphics, com o nome de Beach Baby.
Na história um casal está na praia quando vê surgir um farol. Eles entram no local para investigar e acabam se perdendo um do outro. A sequência que apresento abaixo mostra o momento em que o rapaz se perde da namorada, e se vê em local totalmente escuro, sendo dominado pelo medo. 
Eu e Joe Bennett trabalhávamos com o marvel way, um método que só funciona se o desenhista for um narrador nato, como é o caso do compadre. Nós discutíamos a história, ele ia para casa, fazia um rafe das páginas e me trazia. Era sempre um desafio escrever o texto, pois ele conseguia contar tudo só com imagens. Isso exigia o máximo do roteirista.
No caso dessa página, o que escrever? O desenho já explicava facilmente a situação: o rapaz estava perdido e entrando em desespero.
Não fazia sentido colocar o rapaz falando sozinho. Embora esse seja um recurso usando em algumas HQs, a verdade é que só malucos falam sozinhos.
Assim, preferi trabalhar os pensamentos do personagem, mas explicitados por um narrador em terceira pessoa, para conseguir o efeito desejado.
Reparem que o texto começa contando um detalhe sobre o personagem, uma pequena história da vida dele, mas segue num crescendo até a conclusão final. O texto do último parágrafo encaixa perfeitamente com a expressão do personagem, conseguindo um efeito tanto de impacto quanto de ironia.
 Reproduzo abaixo o texto:
“Fábio”
“Fábio”
“Fábio”
Ele repete o nome para si milhares de vezes.
Uma vez ele conheceu um ocultista, um homem  de óculos grosso e estante cheia de livros.
O homem disse que o nome de cada pessoa é um mantra para si mesmo.
Palavras sagradas que, repetidas várias vezes, trazem calma e paz de espírito.
Com Fábio isso não deu muito certo.

terça-feira, agosto 21, 2012

Idosa tenta restaurar pintura, mas distorce obra do séc. XIX na Espanha

Mulher de oitenta anos agiu por conta própria, mas viu que cometeu erro.
Obra em igreja de Borja foi estragada, diz jornal. Leia mais

Propaganda política é isso aí: nomes


23 anos sem Raul Seixas

Raul Seixas foi encontrado morto em seu apartamento no dia 21 de agosto de 1989, há 23 anos. O músico baiano teve diversas fases ao longo de sua carreira. Em Salvador, ainda jovem, foi defensor do rock'n'roll - que naquela época pregava uma mudança radical nos costumes. Com versões de Dick Glasser e dos Beatles, lançou com a banda Os Panteras o LP Raulzito e Os Panteras, em 1968.
O disco obteve pouca repercussão, assim como Sociedade da Grã-Ordem Kavernista Apresenta Sessão das 10, lançado em 1972 com Sérgio Sampaio, Míriam Batucada e Edy Star. Só em 1973, com o primeiro LP solo, Krig-ha, Bandolo!, é que Raul começou a fazer sucesso, já com músicas escritas em parceria com o escritor Paulo Coelho.

Longe de ser só musical, a dupla com Paulo Coelho fez com que Raul aprofundasse o seu interesse por questões místicas. Em 1974, criaram a Sociedade Alternativa, baseada nas ideias do bruxo inglês Aleister Crowley. Os principais preceitos da crença foram divulgados na música Sociedade Alternativa, lançada no LP Gita, de 1974. Leia mais

War na Biblioteca Pública

Na foto eu fazendo as doações para a diretora da Biblioteca, Lulih Rojanski.
Ontem fiz a doação para a Biblioteca Elcy Lacerda de vários fanzines de minha coleção (incluindo o histórico Ponto de Fuga zero e o primeiro fanzine amapaense, Universo Alternativo). Além deles doei um exemplar autografado do álbum War - histórias de guerra. O álbum reúne histórias desenhadas pelo mestre Colonnese na década de 1960 e reescritas por mim, além de uma história inédita, sobre a Guerra do Iraque. Os leitores poderão consultar tantos os fanzines quanto o War na gibiteca que está sendo montada.

segunda-feira, agosto 20, 2012

Gibi explica porque a greve dos professores continua

Um gibi produzido pelo comando de greve da Universidade Federal do Triângulo Mineiro está sendo disponibilizado na internet. O gibi explica porque a greve dos professores continua e esclarece alguns pontos importantes, desmentindo, por exemplo, a informação dada pelo Governo Federal de que vai dar 40% de aumento para a categoria. Na verdade, só quem terá esse aumento são doutores que trabalham nas universidades há pelo menos 26 anos. O aumento será dividido, de 2012 a 2015. Se contar a inflação dos anos anteriores sem aumento a inflação prevista pelo próprio governo para os próximos governos, há categorias, como os mestres, que terão perdas de 4 a 10%. Só a minoria terá aumento real (confira a tabela abaixo). Para ler o gibi, clique aqui.
Só quem terá aumento real serão doutores com mais de 26 anos trabalhando na Universidade.

War – histórias de guerra


Quando fui convidado por Franco de Rosa para reescrever as histórias do volume War – histórias de guerra (com histórias escritas por Luís Merí e publicadas na década de 1960) imaginei que estaria cometendo uma espécie de sacrilégio. Afinal, sempre fui fã de Colonesse  e apreciava seus desenhos até nos livros didáticos. Tenho até hoje um livro de filosofia da FTD que, apesar do conteúdo fraco, foi guardado apenas por causa das ilustrações do mestre. Algumas semanas depois, quando o pacote com as histórias finalmente chegou à distante Macapá, pude ler as histórias e perceber que, de fato, elas não funcionavam para o leitor atual. Algumas tinham problemas estruturais, de com tradições internas, mas a maioria simplesmente apresentava uma narrativa datada,  típica de uma época em que desenho e texto eram redundantes.
Nesse período, minha mulher viajou com meus filhos e isso me permitiu algumas extravagâncias. Entre elas, escrever à noite (ao contrário de 99% dos escritores, eu não sou notívago).
Lá estava eu, com um monte de histórias prontas, que eu não havia escrito me perguntando o que poderia fazer. Decidir começar pelas mais difíceis, ou seja, pelas que apresentavam mais problemas, o que me deixaria mais à vontade para mexer nas outras. “Paredão” e “Granja” se encaixavam nesse perfil.
Alan Moore diz que o escritor deve “entrar” no personagem e no clima da história para conseguir repassar algo ao leitor. Como posso querer que meu leitor sinta medo se eu não sinto medo enquanto escrevo? Como querer que o leitor sinta o mesmo que o personagem se eu não sinto? Assim, cada vez que escrevo uma história, me vejo sendo possuído por seus  personagens.
Para escrever “A Granja” eu me imaginei como uma mulher vivendo em plena guerra que viu seus pais serem assassinados. Tive pesadelos com isso, com as explosões, a guerra e a crueldade nazista.
A experiência me mostrou algo que hoje considero óbvio: a protagonista Anita havia enlouquecido, embora o texto original não fizesse nenhuma menção a isso. Para demonstrar essa loucura, usei no texto a sinestesia, uma figura de linguagem em que os sentidos se misturam: cheirar cores, ouvir cheiros, etc.
Eu havia decidido que “Paredão” seria uma história romântica. Imaginei a protagonista, já velhinha, contando para alguém a história do amor de sua vida.
Para entrar no clima, peguei todos os CDs românticos que tinha em casa e os ouvi enquanto lia, preparava aulas, corrigia trabalhos ou produzia o texto para a história. Uma música de Roberto Carlos particularmente me chamou atenção: “A estação”. A música era narrada em tempo real e falava de um homem cujo amor de sua vida vai partir em um trem. A indecisão da mulher e a tristeza do homem eram mostrados com perfeição: “Para não me ver mais triste ainda ela sorriu, me olhou nos olhos, me beijou, depois saiu. Caminhou com passos calmos e parou. Me acenou mais uma vez, depois seguiu”. Era esse clima de separação que eu pretendia passar na história. Eu estava curioso para saber qual seria a reação à minha visão romântica da guerra e ainda estou.
Essas duas HQs me deram o parâmetro que eu deveria seguir nas outras e são minhas prediletas.

Nota: Essas histórias reescritas por mim e desenhadas pelo Colonnese foram publicadas no álbum War – histórias de guerra, da editora Opera Graphica em 2003. Foi uma edição de colecionador, numerada e autografada pelo desenhista exemplar a exemplar. O álbum inclui também uma história inédita, escrita por mim e desenhada pelo Colonnese  sobre a guerra do Iraque chamada “O gato e o rato”.  Um lindo trabalho a lápis que mostrou aquilo que os fãs do desenhista já sabiam: ele só melhorara com os anos.  

Ademir Pascale lança "Amor Liberto"

O que aconteceria com suas crenças se descobrisse que a história que cerca
o homem mais conhecido do mundo foi alterada? Como ficaria os alicerces da
Santa Igreja se você descobrisse que demônios são entidades poderosas e
desconhecidas que caminham sobre a Terra, anjos não existem e que Deus se
locomovia numa nave hiperavançada desde antes do início da era cristã?
O início se deu numa gruta, quando uma adolescente de dezesseis anos fez
uma escolha que mudaria todo o rumo da humanidade.

Título: Amor Liberto
Autor: Ademir Pascale
Capa, layout e diagramação: Marcelo Bighetti
Ilustração: Vasili Vasilievich (1842-1904)
Gênero: Fantasia/Ficção Científica
Nº de páginas: 16
Ano: 2012
Arquivos disponíveis: PDF, ePub, Mobi
Preço para venda diretamente com o autor: R$ 2,00
Em breve também disponível no site Amazon

Interessados em adquirir o e-book pelo módico preço de R$ 2,00, basta
depositar na conta abaixo e depois enviar um e-mail confirmando. Não
esqueça de informar se deseja receber o arquivo em PDF, ePub ou Mobi.
E-mail: ademir@cranik.com com cópia para amigosdocranik@ig.com.br - c/
Ademir Pascale.

BCO BRADESCO
Agência: 1449 - 4
Conta Poupança: 1006770 - 7
Ademir Pascale
R$ 2,00 - Referente ao e-book "Amor Liberto"

Jornadas Internacionais de Histórias em Quadrinhos acontecerá em 2013


Por Samir Naliato  

A organização das Jornadas Internacionais de Histórias em Quadrinhos definiu a data da segunda edição do congresso. O encontro acadêmico acontecerá no período de 20 a 23 de agosto de 2013, na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP). Leia mais

domingo, agosto 19, 2012

Sirena - primeiros desenhos

Sirena é uma série de fantasia heróica criada por mim. Ela está sendo desenhada por Sávio Roz, que já começou a me mandar as primeiras imagens. Como podem ver, ele é especializado em mulheres com recheio, perfeito para a personagem. O que acharam?

sábado, agosto 18, 2012

Música do dia - Selva de feras



Selva de feras
(Bahiano e os novos caetanos)

Sou Pedro Silva de Vera
Odeio selva de fera
A natureza me espera
Verde mãe minha cor

O meu cavalo é de osso
Eu lhe beijando o pescoço
Ele me leva no dorso
Aonde o sol vai se pôr

Eu só preciso de um prato
E pouco mais que um trapo
E o nosso amor ser um trato
Que jamais terá fim

Arruma tudo vambora
Ora vambora se embora
E a sanfona de fora
Vai tocando pra mim

É tombo é chuva caindo
É lombo é burro subindo
O vento venta zunindo
E a carroça quebrou

O vento roda moinho
A casa de um passarinho
Um kitnet de ninho
Nosso filho salvou

Afia o fio da faca
E faz um feixe de estaca
E finca pé na barraca
A chuva passa passou

E vem a noite estiada
E vem a lua molhada
E a sanfona danada
E nós vivendo de amor

É tombo é chuva caindo
É lombo é burro subindo
O vento venta zunindo
E a carroça quebrou

O vento roda moinho
A casa de um passarinho
Um kitnet de ninho
Nosso filho salvou

Afia o fio da faca
E faz um feixe de estaca
E finca pé na barraca
A chuva passa passou

E vem a noite estiada
E vem a lua molhada
E a sanfona danada
E nós vivendo de amor

Obras do americano Philip K. Dick começam a ser reeditadas no Brasil

Publicações vêm na esteira do remake de 'O Vingador do Futuro', baseado no conto de 'Realidades Adaptadas'

Antonio Gonçalves Filho - O Estado de S. Paulo
A realidade não passava de uma alucinação para o autor de ficção científica norte-americano Philip K. Dick (1928-1982), ainda pouco conhecido como escritor no Brasil, mas popular entre cinéfilos por filmes baseados em seus livros. Já são oito com a estreia, nesta sexta-feira, 17, de O Vingador do Futuro. O mais popular deles, Blade Runner (1982), foi baseado no romance Do Androids Dream of Electric Sheep? (1966), publicado no Brasil com o título O Caçador de Androides (a edição da Rocco está esgotada, mas a editora Aleph disputa o título). Deve ganhar uma sequência em 2013. Leia mais

Livro sobre a Grafipar em fase final

O meu livro sobre a Grafipar ja´está em fase de diagramação, criação de legendas, etc. A obra deverá ser lançada no Gibicon, em Curitiba, no final de outubro. Grafipar foi uma editora curitibana que ficou famosa por publicar apenas quadrinho nacional (o coordenador do grupo de quadrinhos, Cláudio Seto tinha uma estratégia interessante: sempre que um agente aparecia com algum trabalho gringo, ele produzia um trabalho semelhante e apresentava para o dono da editora). Todas as revistas, inclusive as de terror, tinha toques de erotismo, algo perfeito para uma época em que a censura começava a relaxar e o Brasil vivia a revolução sexual.
O sucesso da Grafipar foi tão grande que muitos artistas se mudaram para a capital paranaense, formando a vila dos quadrinistas.
O livro é uma mistura de reportagem com análise de conteúdo.
Assim que tiver mais detalhes (capa, etc) eu posto aqui.

sexta-feira, agosto 17, 2012

Assim caminha a educação...


Festa de debutante

Era uma festa de 15 anos. Patrícia estava linda, num vestido rosa. Rosa era sua cor predileta, por isso toda a ornamentação seguia esse padrão. Os convidados, todos vestidos de gala, conversavam, comiam e bebiam. Houve a valsa e pai e filha brilharam no salão por um bom tempo – tinham treinado durante semanas.
Então chegou a hora do discurso. Tinham construído um tablado e pai e filha subiram ali. Os convidados fizeram silêncio. O pai falava, mas Patrícia não prestava atenção. Sua cabeça estava a mil, girando como no bailado. Tinha vários sonhos, vários projetos, mas todos eles se acabaram num engasgo.
Ela se inclinou sobre si mesma e começou a vomitar. O pai entrou em desespero.
- Um médico, por favor! Um médico!
Várias pessoas se aproximaram. A menina vomitava e se sacudia, como se estivesse tendo um ataque epiléptico. Alguns homens a seguraram. Logo havia um amontoado de pessoas ali, em volta da menina. Então um deles, um homem, soltou um grito e se afastou segurando a orelha. Uma mulher se aproximou e falou com ele, mas ele parecia não ouvir. Por que ele não ouvia? Por que colocava a mão na cabeça daquele jeito, escondendo a orelha? Ela puxou-lhe a mão, mas se arrependeu. Um jato de sangue saltou, sujando-a. A orelha havia desaparecido. No seu lugar, apenas um buraco encharcado.
A mulher gritou e saiu correndo, mas havia muitas pessoas na porta, tentando sair. Ela olhou para trás e viu a debutante, o vestido rosa manchado de sangue. Ela estava sobre o pai, segurando-o. De tempos em tempos abaixava-se e mordia uma parte da pele, arrancando pedaços com os caninos e mastigando.
Alguém se aproximou com um pedaço de pau. O que era aquilo? A perna de uma mesa? O homem desferiu um golpe contra a menina, fazendo com que ela largasse o pai e rodasse duas ou três vezes, indo parar no chão. O homem achou que estivesse desmaiada, mas ela se levantou e avançou contra ele. O cabelo liso e loiro estava sujo de escarlate e o batom se misturava com o sangue. Numa reação instintiva, o homem brandiu o pedaço de madeira como se fosse um bastão de beisebol, acertando a menina na cabeça. Dessa vez, algo pareceu estourar lá dentro e ela desabou no chão, imóvel.
As mulheres ainda soltavam gritinhos de desespero, mas muitos homens começaram a voltar, circulando a menina e o pai. Discutiam, tentando entender o que estava acontecendo. Tinha sido um horror, mas havia acabado.
Então uma senhora começou a vomitar, perto da porta...

Lançamento do Artbook Geraldo Borges no próximo sábado, em Fortaleza

Por Samir Naliato    

O desenhista Geraldo Borges lançará seu artbook no próximo sábado, dia 18, na Gibiteca de Fortaleza (Av. Da Universidade, 1572). O evento começará às 15h.

Artbook Geraldo Borges (40 páginas, formato 20,5 x 29 cm, R$ 30,00) reúne desenhos publicados e inéditos produzidos pelo artista nos últimos três anos. A edição tem capa colorida em papel couché e conteúdo em preto e branco em papel offset. Leia mais

Tabela que compara salários de professores com outras profissões causa indignação na internet

Uma tabela publicada no Facebook nessa quarta-feira (23) está causando indignação entre os usuários da rede social e já teve mais de 11 mil compartilhamentos.

A publicação faz uma comparação entre os salários de professores com mestrado e doutorado e o valor recebido por outros profissionais, como policiais rodoviários e agentes da polícia federal.

Baseada em editais de concursos realizados entre 2008 e 2012, a publicação mostra que os docentes têm um dos salários mais baixos do País. Leia mais

quinta-feira, agosto 16, 2012

Família Titã x Asilo Arkhan

Lendo Superdeuses, de Grant Morrison chega dá tristeza ao comparar o mercado nacional com o americano. Morrison conta que sua graphic novel Asilo Arkhan vendeu 100 mil exemplares e, em consequência disso, ele ficou rico da noite para o dia. Eu e o compadre Joe Bennett fizemos, no início da década de 1990 uma HQ chamada Família Titã que foi republicada várias vezes. Nas minhas contas, quatro vezes. Se somar tudo, dá algo em torno de 120 mil exemplares. E o que ganhamos? Menos de um salário mínimo...