sexta-feira, março 28, 2014

Herói Gralha será tema de escola de samba

A escola de samba Camisa 10, de São Paulo, terá como tema de seu desfile o super-herói curitibano O Gralha, um personagem que ajudei a criar. Confira acima o cartaz de divulgação. Quando tiver mais informações, posto aqui. Enquanto isso, fiquem com este link sobre o samba-enredo.

quarta-feira, março 26, 2014

TIM engana

Vou dar um conselho: se precisa de internet, nunca, em hipótese alguma, opte por moldem, em especial da TIM. Como muitos sabem, mudei para Goiânia (onde estou fazendo doutorado) e, claro, precisava de internet. Depois de descobrir que não havia Oi Velox disponível para minha região, acabei contratando o serviço de internet da TIM. Interessante que eles tentam te vender que o plano é de 1 giga de velocidade, quando na verdade, é de pacote de dados. Ou seja, depois que você usa 1 Giga, a velocidade cai, de um mega, para 20-30 kbps. Isso tudo pelo maravilhoso preço de 49 reais mensais.
- Mas um giga é muito pouco!
- O que é isso? Um giga dá para o senhor fazer muita coisa! - garantiu a vendendora.
Convencido por essa lógica estranha, e sem ter muitas opções no momento, contratei o plano. Mas passei a usar o mínimo possível: não baixava filmes, não assistia a filmes, desligava a internet sempre que não estava usando, sempre guardando o 1 Giga para quando ele fosse realmente necessário.
Então, cinco dias depois, quando precisei fazer o upload de um artigo em um site de congresso, surpresa, recebo a mensagem de que já havia usado o meu precioso 1 Giga! A Tim era tão gente-boa que me oferecia comprar mais um giga por apenas 49 reais! Imaginem isso depois de um mês: eu pagaria uns 300 reais, mais caro que a internet de Macapá!
Logo depois descobri que a Net oferecia internet a 89 reais, com velocidade de 10 megas!
Então fica o aviso: não caia na conversa das vendedoras. Se quiser internet de qualidade, fuja dos moldens, em especial da TIM.

segunda-feira, março 24, 2014

Quem matou João Ninguém?



“Quem matou João Ninguém? é uma história em quadrinhos de fôlego, com muitas camadas de leitura. A complexidade da favela, com sua violência, se transforma na complexidade dos personagens, que vão se apresentando ao leitor e dialogando com ele." – Gian Danton

Esta não é uma história em quadrinhos de super-heróis convencional. Para começar, ela se passa no Brasil, no Morro de Santa Edvirges, comunidade pobre que poderia estar em qualquer grande metrópole do país. Como em qualquer favela, em meio a todos os problemas sociais, existem pessoas que tentam tocar suas vidas da melhor maneira possível. Entre elas, os garotos João, Roberto, Sandro e Nina.
Cercados pelos conflitos do tráfico de drogas, os amigos crescem, seguindo caminhos diferentes. Até que um violento assassinato desencadeia uma sequência de eventos que pode alterar a vida de toda a comunidade. E tudo pode mudar ainda mais, para o bem ou para o mal, quando entra em cena o Sujeito-Homem, um vigilante aprendendo que as regras do heroísmo no Brasil podem ser bem diferentes do que ele estava acostumado a ler nas histórias em quadrinhos.
Prestando homenagem ao legado dos super-heróis das HQs, Quem Matou João Ninguém? é uma graphic novel sobre amizade e traição criada por Zé Wellington e Wagner Nogueira, e ilustrada por Wagner de Souza, Cloves Rodrigues, Ed Silva, Alex Lei e Rob Lean. Este é um projeto apoiado pelo Governo do Estado do Ceará através da Secretaria da Cultura. Em um mundo onde a realidade é brutal e monocromática, a esperança de uma vida melhor será impulsionada pela imaginação.

domingo, março 16, 2014

Abelardo e Heloísa

Pedro Abelardo foi um dos mais importantes filósofos da Idade Média. Diante da questão entre realistas (que, influenciados por Platão, acreditavam que as palavras universais, como "homem", tinham existência real) e nominalistas (que acreditavam que os universais eram apenas nomes, não tendo existência nem na natureza, nem na mente), ele apresentou um terceiro caminho, o conceitualismo, que sintetizava elementos dos dois e pregava que os universais são conteúdos da mente derivadas das coisas. Com suas ideias e novas formas de ensinar, ele criou a base do ensino universitário. Mas, para além de suas ideias, Abelardo ficou mais conhecido por ter protagonizado uma das mais famosas histórias de amor de todos os tempos, influenciando o que viria a ser o romantismo. 

Depois de passar por diversas cidades e ser perseguido por sua genialidade e espírito rebelde, Abelardo chegou em Paris em 1113 e começou a lecionar na escola de Notre Dame. Nessa época já era um professor famoso e suas aulas eram concorridas. Sua metodologia revolucionária quebrava com a metodologia platônica, maravilhando os alunos com o jogo de argumentação. 

Foi nesse período que ele conheceu uma jovem de 17 anos que chamava a atenção de todos por sua beleza e inteligência, Heloísa. Interessado em conquistar a moça, o filósofo se aproximou do tio (o cônego Fulberto), com a qual ela vivia e se ofereceu para ensinar à moça gratuitamente, em troca de moradia na casa. O cônego não só aceitou a oferta, como confiou a sobrinha inteiramente à orientação do filósofo, que poderia, inclusive, castigá-la severamente caso esta não se aplicasse nos estudos. 

Inicialmente o tio acompanhava os dois em suas lições, que geralmente aconteciam à noite, quando o filósofo voltava de suas aulas, mas depois, confiando na fama de casto de Abelardo, passou a deixa-los a sós. "Assim, com a desculpa do ensino, nós nos entregávamos inteiramente ao amor, e o estudo da lição nos proporcionava as secretas intimidades que o amor desejava. Enquanto os livros ficavam abertos, introduziam-se mais palavras de amor do que a respeito da lição, e havia mais beijos do que sentenças; minhas mãos transportavam-se mais vezes aos seios do que para os livros e mais frequentemente o amor se refletia nos olhos do que a lição os dirigia para o texto", escreveu Abelardo no livro A história das minhas calamidades. O casal chegou até mesmo a simular surras corretivas para dissimular as atividades românticas e não levantar suspeitas. 

Então começa a tragédia: Fulberto flagra o casal e expulsa Abelardo de casa. Mas nessa época Heloísa já estava grávida. Ainda tremendamente apaixonado por ela, Abelardo a tira às escondidas da casa do tio e a leva para sua terra natal, onde ela fica, na casa de uma irmã do filósofo, até dar à luz ao filho do casal, Astrolábio. 

Nesse meio tempo, Abelardo procura Fulberto e se oferece para se casar com a moça, desde que isso fosse mantido em segredo, a fim de que sua reputação não fosse prejudicada. 

Heloísa, no entanto, não concordava com o plano. Segundo ela, o casamento acabaria com a carreira do amado, pois, na época, acreditava-se que um verdadeiro filósofo deveria ser celibatário. Cícero, por exemplo, ao ser instado a casar com a irmã de Hírcio, respondeu que não podia consagrar-se igualmente a uma mulher e à filosofia. "Quem poderia, aplicando-se às meditações sagradas ou filosóficas, suportar o vagido das crianças, as cantarolas das amas que embalam e a multidão barulhenta da família?", indagava Heloísa. No final, o casal concordou com o casamento, desde que ele fosse totalmente secreto. Unidos pela benção nupcial, foram cada um para lado e se viam apenas às escondidas. O tio, envergonhado com a situação, passou a divulgar o casamento. 

Abelardo, para evitar o falatório, enviou Heloísa para um convento de monjas. Ultrajado, o tio arquitetou uma vingança que se tornaria célebre: mandou castrá-lo. Além da ferida, havia a vergonha: na época os eunucos eram considerados impuros e proibidos até mesmo de entrar nas igrejas. 

Ferido no corpo e na alma, humilhado, Abelardo internou-se no mosteiro de Saint-Denis, tornando-se um monge para o resto da vida. Heloísa, com apenas 20 anos, ingressou definitivamente no convento. Desde então, os dois nunca mais se viram, apenas trocaram cartas nas quais lamentavam a má sorte que os jogara naquela situação. 

Túmulo do casal></P> Túmulo do casal<BR><BR><BR><BR>
Os dois jamais deixaram de se amar, como atesta uma das cartas de Heloísa:
Túmulo de Abelardo e Heloísa no Cemitério Padre Lachaise.

Abelardo morreu em 1142, com 63 anos. Heloísa conseguiu que se construísse uma sepultura em sua homenagem. Quando ela morreu, em 1162, foi sepultada ao lado de seu amado. Conta-se que ao abrirem a sepultura de Abelardo para enterrar Heloísa, seu copro ainda estava conservado e se mantinha de braços abertos, como se esperasse a chegada de sua amada. Em 1817 os restos mortais dos dois amantes mais famosos da Idade Média foram levados para o cemitério do Padre Lachaise. 
A história dos dois deu origem a um filme, Em nome de Deus, de 1988, de Clive Donner, que pode visto aqui

sexta-feira, março 14, 2014



O artista Nickolay Lamm usou o site de financiamento coletivo Kickstarter para divulgar seu projeto de uma boneca 'Barbie' mais 'realista', desenhada a partir de dimensões médias de mulheres norte-americanas. O objetivo inicial era arrecadar US$ 95 mil, mas o resultado foi melhor do que o esperado. Em apenas um dia, ele arrecadou US$ 106 mil. Leia mais

Ricardo Manhães e Gian Danton participam de homenagem a Asterix

Versão em português da HQ que será publciada na Bélgica.
Os brasileiros Ricardo Manhães e Gian Danton estão participando de uma homenagem ao personagem Asterix, a convite do jornalista belga Lionel Flips, fundador do site Le Bourlingueur du net.
Asterix será o tema do 1º Concile à Bulles, um festival de quadrinhos que será realizado em Bruxelas, na Bélgica, nos dias 5 e 6 de abril deste  ano. O evento será realizado no MOOF –Museum of Original Figurines, que fica a poucos metros da praça central (Grand Place) da capital belga. Leia mais

sábado, março 01, 2014

Processo seletivo para professor substituto da Unifap

Estão abertas as inscrições para o processo seletivo para professor substituto da Unifap. Entre as vagas, há duas para Jornalismo. Para maiores informações, clique aqui.