Eduardo (à dir) agora lê a Bíblia e jura inocênciaBelém - Trancafiados numa mesma cela, no Presídio Estadual Metropolitano 3 (PEM3), em Santa Isabel, a 56 quilômetros de Belém, os dois homens acusados pelo assassinato da irmã Dorothy Stang passam os dias acuados por um profundo medo. Não do julgamento oficial, previsto para este fim de semana e para o qual devem ser mobilizadas organizações de direitos humanos de todo o Brasil e do exterior, mas dos outros presos. Clodoaldo Carlos Batista, o Eduardo, e Rayfran das Neves Sales, o Fogoió, temem ser mortos.
Eles raramente saem da cela, num pavimento acima daquele onde ficam os outros presos. Só vão para o banho de sol, ao qual todo detento tem direito durante uma hora e meia por dia, depois de certificarem-se de que os corredores e o pátio estão vazios. Também precisam de horários especiais para os chuveiros. Tomam o café da manhã, almoçam e jantam debaixo de trancas, confiantes na afirmação das autoridades de que a comida deles é feita à parte. Para evitar envenenamento.
Não é um medo infundado. Pelo código de leis próprias que rege a vida nos presídios, o assassinato da religiosa, uma senhora de 73 anos, é uma espécie de crime hediondo e sem perdão. Assim como o estupro e a violência contra crianças. Leia mais
Comentário: Parece que os bandidos têm mais ética que a maioria dos políticos...
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