Trecho da reportagem da Istoé:
"Enquanto o primeiro tiro não é disparado, os brasileiros sofrem insultos no lado boliviano. Representante de uma multinacional, Francisco Nobre Júnior foi expulso da loja Motorespuestos Santa Rosa, em Cobija, ao tentar comprar peças, no fim de semana. A reportagem acompanhou Francisco à loja e registrou os maus-tratos. “Patrício, fora!”, reagiu o comerciante boliviano, numa feroz ironia. Ele sabe que Francisco não é seu “patrício”. O brasileiro apenas lamentou. “Os bolivianos estão aderindo à onda de repulsa aos brasileiros que o Evo prega”, disse. Há ainda casos de extorsão de pretensas autoridades bolivianas. Em Montevidéu, os agentes públicos bolivianos cruzam o rio Abunã e cobram em território brasileiro, no Acre, dentro do município de Plácido de Castro, impostos de quem tem terras na Bolívia e colhe castanhas. A PF já identificou esse cobrador de impostos alienígena. É Willian Gutierrez Deramedis, fiscal boliviano que carrega o carimbo de guarda florestal de Montevidéu. Deramedis pouco se preocupa com a extorsão praticada. Quando apanha o dinheiro, passa recibos em português mesmo, preenchendo pequenos pedaços de papel não oficial. “Ele disse que ia mandar a polícia da Bolívia me prender, se eu não pagasse o imposto”, denuncia o agricultor Miguel Vieira de Paiva, que tem um pedaço de terra na Bolívia. A PF tenta identificar outro boliviano que vem extorquindo brasileiros, de nome Marcelo. O preço da extorsão é negociado. O imposto varia entre R$ 1 e R$ 1,10 por lata de castanha retirada."
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