A Marvel matou o Capitão América, numa dessas jogadas de marketing que envergonham Philiph Kotler. Na década de 1990 a DC matou o Super-homem, apenas para ressuscitá-lo poucos meses depois. A história de sua morte ficou marcada como a pior HQ do personagem em todos os tempos.
O Capitão América, da mesma forma que o Superman, foi criado por uma dupla de artistas judeus, Joe Simon e Jack Kirby e, evidentemente, surgiu para combater os nazistas. Na época suas características ideológicas eram tão óbvias que a Prefeitura de Nova York precisou colocar policiais na frente da editora, para evitar atentados de simpatizantes do nazismo.
O personagem entrou em decadência após a guerra, por razões óbvias: seu principal inimigo, Hitler, havia morrido. Nos anos seguintes chegou a ter versões que combatiam o comunismo, sem sucesso, até que na década de 1960 o personagem foi revitalizado por Stan Lee de Jack Kirby. Nessa nova versão, o verdadeiro Capitão havia sido congelado durante a guerra e renascera na década dos hippies, passando a questionar o militarismo norte-americano.
Todo mundo que era criança na minha época lembra do desenho animado decalcado da maravilhosa arte de Kirby que mostrava o Capitão enfrentando nazistas enquanto de fundo tocava uma música que parecia uma marcha militar:
Capitão América é um grande lutador
Contra os seus inimigos sai sempre vencedor...
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