terça-feira, setembro 25, 2007

Da Estante




Quando eu trabalhava na gibiteca da Biblioteca Pública de Belém, fazia questão de trabalhar dia de sábado. É que nesse dia dava pouca gente, o que permitia ler obras que exigiam um maior cuidado, até pelo formato. Geralmente eu lia Principe Valente ou a revista O Gibi (sim, a famosa revista que virou sinônimo de quadrinhos, mas numa reedição da década de 1970). A revista publicava verdadeiras preciosidades da era de ouro dos quadrinhos, entre elas o Capitão César, de Roy Crane. O capitão César começou como coadjuvante de uma série cômica, mas logo depois tornou-se o personagem principal. Minha história predileta era uma em que ele, numa missão de espionagem, acabava indo parar dentro de um campo de concentração. Não era, nem de longe, um campo como os que realmente existiram, pois nesse caso a realidade superava a ficção, mesmo assim é uma aventura eletrizante. Hoje tenho duas coletâneas desse material da Gibi na minha estante. Abaixo uma tira de Capitão César. Reparem no genial uso do meio tom. Roy Crane usava um papel especial para conseguir esse efeito.

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