O fato é que Pedro se casou com Fátima. Aparentemente não havia nada de anormal ou estranho nisso. Milhares de pessoas se casam todos os dias, não é mesmo?
Eram felizes? Bem, Fátima era um ótima esposa. Cuidava da economia doméstica com uma meticulosidade que faria furor em Wall Street. Além disso, era gentil e sorridente. Acrescente-se a isso que era bonitinha. De uma beleza sutil e ingênua, mas beleza.
Era felizes, portanto? Sim, mas havia um porém... Não sei como dizer isso sem ser processado, mas o fato é que a moça era mais pudica que uma freira. “Como será isso?”, pensará lá consigo o caríssimo leitor. Como poderia Pedro ter casado com uma mulher sem saber que ela era mais fechada que uma ostra?
A resposta, senhores, é que Pedro era um amante à moda antiga. Daqueles que antes do casamento só dão bitoca. O máximo de intimidade entre os dois, na época do namoro, era pegar na mão e recitar versos lacrimogêneos à luz do luar.
O problema, claro, é que tal estado de coisas persistiu após o casamento...
Na noite de núpcias, Pedro estava soltando faiscas. Ele foi ao banheiro e voltou de lá usando apenas uma cueca, pronto para inaugurar a quilometragem (não sei se disse, mas ele também era virgem).
A moça olhou-o, condoída e comentou:
- Coitadinho... sua cueca está meio puída.
- Eu poderia tirá-la. – sugeriu um rapaz com um sorriso de orelha à orelha.
- Nem pensar! Estou sentido um ventinho frio. É capaz de você se resfriar. Aliás, coloque este pijama que comprei para você. Amanhã vou ao comércio e lhe trago cuecas novas. Agora se deite e durma, meu anjinho...
Pedro não acreditou no que ouvia. Mas a esposa era tão doce e atenciosa que ele se sentiu incapaz de desobedecer.
Dormiram como irmãos naquela primeira noite... e na segunda, terceira, quarta, quinta... Pedro até que tentava estimulá-la. Beijava, acariciava, sussurrava frases sugestivas...
Mas a mulher era lenha molhada. Nada conseguia fazê-la pegar fogo.
Para ser mais exato, ela só conseguiu entender o sentido das investidas do rapaz dois meses depois.
- Você quer... o quê?
- Se... sexo. – gaguejou o rapaz.
- Oh, pobrezinho... todo esse tempo... e tudo que você queria era sexo?
Só o jeito dela falar já arrepiava os pêlos do rapaz. Finalmente ela entendera! Daquela noite não escapava!
Mas escapou. Embora soubesse o que o marido queria, ela não dava mostras de pretender presenteá-lo. Foi mais uma noite de sono. E apenas isso.
Na noite seguinte, o rapaz resolveu tomar uma atitude drástica: alugou uma fita pornô e chamou a esposa para assistir. Ela, ao contrário do que ele receava, não demonstrou qualquer repulsa. Pelo contrário. Assistiu como se fosse novela... e acabou dormindo. Não houve quem a acordasse. Pedro teve de levá-la para a cama, de onde ela só saiu no dia seguinte.
Sei o que o leitor está pensando: por que o rapaz simplesmente não a dispensou? Acontece que Pedro era apaixonado por ela. Além disso, como se separar de uma criatura tão doce e meiga?
Para resolver o problema, ele comprou todos os livros sobre sexo de que já se teve notícia. Se houvesse doutorado em sexologia, ele certamente seria professor. Nas aulas teóricas, claro.
Mas nenhuma estimulação foi capaz de acender o fogo da mulher. O pior é que era impossível ter raiva da mesma. Ela acariciava seu cabelo e dizia, doce como mel:
- Pobrezinho... Você precisa tanto disso, não é mesmo?
No final, Pedro evitava até olhar para a esposa. Afinal, o animalzinho tem vida própria e não convém provocá-lo, não é mesmo?
Como pretendo ser breve e o leitor deve estar curioso para saber como acaba a história, devo dizer que Pedro desenvolveu um curioso efeito colateral que consiste em levantar a orelha esquerda a cada dois minutos.
Fora isso, são um casal feliz... e tiveram muitos filhos. Todos adotados, claro.
Eram felizes? Bem, Fátima era um ótima esposa. Cuidava da economia doméstica com uma meticulosidade que faria furor em Wall Street. Além disso, era gentil e sorridente. Acrescente-se a isso que era bonitinha. De uma beleza sutil e ingênua, mas beleza.
Era felizes, portanto? Sim, mas havia um porém... Não sei como dizer isso sem ser processado, mas o fato é que a moça era mais pudica que uma freira. “Como será isso?”, pensará lá consigo o caríssimo leitor. Como poderia Pedro ter casado com uma mulher sem saber que ela era mais fechada que uma ostra?
A resposta, senhores, é que Pedro era um amante à moda antiga. Daqueles que antes do casamento só dão bitoca. O máximo de intimidade entre os dois, na época do namoro, era pegar na mão e recitar versos lacrimogêneos à luz do luar.
O problema, claro, é que tal estado de coisas persistiu após o casamento...
Na noite de núpcias, Pedro estava soltando faiscas. Ele foi ao banheiro e voltou de lá usando apenas uma cueca, pronto para inaugurar a quilometragem (não sei se disse, mas ele também era virgem).
A moça olhou-o, condoída e comentou:
- Coitadinho... sua cueca está meio puída.
- Eu poderia tirá-la. – sugeriu um rapaz com um sorriso de orelha à orelha.
- Nem pensar! Estou sentido um ventinho frio. É capaz de você se resfriar. Aliás, coloque este pijama que comprei para você. Amanhã vou ao comércio e lhe trago cuecas novas. Agora se deite e durma, meu anjinho...
Pedro não acreditou no que ouvia. Mas a esposa era tão doce e atenciosa que ele se sentiu incapaz de desobedecer.
Dormiram como irmãos naquela primeira noite... e na segunda, terceira, quarta, quinta... Pedro até que tentava estimulá-la. Beijava, acariciava, sussurrava frases sugestivas...
Mas a mulher era lenha molhada. Nada conseguia fazê-la pegar fogo.
Para ser mais exato, ela só conseguiu entender o sentido das investidas do rapaz dois meses depois.
- Você quer... o quê?
- Se... sexo. – gaguejou o rapaz.
- Oh, pobrezinho... todo esse tempo... e tudo que você queria era sexo?
Só o jeito dela falar já arrepiava os pêlos do rapaz. Finalmente ela entendera! Daquela noite não escapava!
Mas escapou. Embora soubesse o que o marido queria, ela não dava mostras de pretender presenteá-lo. Foi mais uma noite de sono. E apenas isso.
Na noite seguinte, o rapaz resolveu tomar uma atitude drástica: alugou uma fita pornô e chamou a esposa para assistir. Ela, ao contrário do que ele receava, não demonstrou qualquer repulsa. Pelo contrário. Assistiu como se fosse novela... e acabou dormindo. Não houve quem a acordasse. Pedro teve de levá-la para a cama, de onde ela só saiu no dia seguinte.
Sei o que o leitor está pensando: por que o rapaz simplesmente não a dispensou? Acontece que Pedro era apaixonado por ela. Além disso, como se separar de uma criatura tão doce e meiga?
Para resolver o problema, ele comprou todos os livros sobre sexo de que já se teve notícia. Se houvesse doutorado em sexologia, ele certamente seria professor. Nas aulas teóricas, claro.
Mas nenhuma estimulação foi capaz de acender o fogo da mulher. O pior é que era impossível ter raiva da mesma. Ela acariciava seu cabelo e dizia, doce como mel:
- Pobrezinho... Você precisa tanto disso, não é mesmo?
No final, Pedro evitava até olhar para a esposa. Afinal, o animalzinho tem vida própria e não convém provocá-lo, não é mesmo?
Como pretendo ser breve e o leitor deve estar curioso para saber como acaba a história, devo dizer que Pedro desenvolveu um curioso efeito colateral que consiste em levantar a orelha esquerda a cada dois minutos.
Fora isso, são um casal feliz... e tiveram muitos filhos. Todos adotados, claro.
1 comentário:
Ah!!
Que merda! Nada depois de tanto tempo...
Na verdade depois de uma vida..."/
Pô..faz parte né?
Huauhauha...
Abraços
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