Existe uma espécie de guerra não declarada entre professores e alunos: os alunos estão sempre procurando maneiras mais eficientes de colar e os professores estão sempre bolando uma forma de acabar com a graça dos estudantes.
Quando eu era mais jovem, tinha um colega de cabelo black power que era particularmente útil nos dias de avaliação. Ele transformava o assunto em pequenos rolinhos de papel e enfiava na cabeleira. Na hora da prova, era só tirar o papel e fazer uma breve consulta. Como os rolinhos sempre voltavam para a cabeleira e ele nunca lavava a cabeça, o cabelo daquele rapaz era uma verdadeira enciclopédia de assuntos escolares.
Uma forma óbvia de colar é colocar as anotações debaixo da prova. Mas é também a mais perigosa. Uma vez percebi que uma aluna estava usando esse estratagema e me postei ao lado dela, esperando o descuido. O descuido não veio, mas também ela não fez mais nada. Ficou suando e olhando o tempo todo por cima dos ombros, coitada. Tive vontade de dizer: “Ei, pode usar essa cola!”, mas o instinto sádico falou mais alto.
Tem aquela de colocar a cola no meio das pernas, uma situação particularmente constrangedora. Dois professores estavam passando uma prova quando um perguntou ao outro: “Você viu a cola no meio das pernas daquela aluna?”. E o outro: “Mudou de nome?”.
Mas a minha lembrança predileta de colas aconteceu quando passei uma prova em uma turma famosa por usar colas. Elaborei quatro tipos de provas, mas fiz marcação cerrada, andando entre os alunos, para que eles não desconfiassem. No final, quando só havia uma aluna na sala, os outros acharam que todos já tinham terminado e entraram perguntando:
- Professor, tinha mais um tipo de prova?
Ao que eu respondi:
- Tinha quatro!.
A aluna que ainda fazia a prova levou as mãos à cabeça e gritou:
- Mais de um tipo? Ai meu Deus, estou ferrada!
Quando eu era mais jovem, tinha um colega de cabelo black power que era particularmente útil nos dias de avaliação. Ele transformava o assunto em pequenos rolinhos de papel e enfiava na cabeleira. Na hora da prova, era só tirar o papel e fazer uma breve consulta. Como os rolinhos sempre voltavam para a cabeleira e ele nunca lavava a cabeça, o cabelo daquele rapaz era uma verdadeira enciclopédia de assuntos escolares.
Uma forma óbvia de colar é colocar as anotações debaixo da prova. Mas é também a mais perigosa. Uma vez percebi que uma aluna estava usando esse estratagema e me postei ao lado dela, esperando o descuido. O descuido não veio, mas também ela não fez mais nada. Ficou suando e olhando o tempo todo por cima dos ombros, coitada. Tive vontade de dizer: “Ei, pode usar essa cola!”, mas o instinto sádico falou mais alto.
Tem aquela de colocar a cola no meio das pernas, uma situação particularmente constrangedora. Dois professores estavam passando uma prova quando um perguntou ao outro: “Você viu a cola no meio das pernas daquela aluna?”. E o outro: “Mudou de nome?”.
Mas a minha lembrança predileta de colas aconteceu quando passei uma prova em uma turma famosa por usar colas. Elaborei quatro tipos de provas, mas fiz marcação cerrada, andando entre os alunos, para que eles não desconfiassem. No final, quando só havia uma aluna na sala, os outros acharam que todos já tinham terminado e entraram perguntando:
- Professor, tinha mais um tipo de prova?
Ao que eu respondi:
- Tinha quatro!.
A aluna que ainda fazia a prova levou as mãos à cabeça e gritou:
- Mais de um tipo? Ai meu Deus, estou ferrada!
3 comentários:
nunca concordei com essa história de cola,sempre achei atestado de incapacidade.
Olá professor, tudo bem? Seu artigo sobre cola é muito bom, me faz lembrar das épocas de escola, faculdade...quantas estratégias foram usadas para burlar os olhares de águia dos professores.... Não que eu tenha usado os "lembretes", mas hoje como profissional (sim, hoje lenciono) vejo o quanto é complicado lidar com essas situações. Na verdade, reflito sempre no quanto estou transforamndo as minhas aulas em algo confortável, pensando sempre: sei que a cola nunca vai deixar de existir, mas tenho que fazer o máximo para meus alunos não saiam daqui como "profissionais da cola"...minha intenção é colocá-los em outro patamar. Temos sempre melhorar nossas perfomances para que o aluno não recorra a essas estratégias. Além disso, não posso evitar em perguntar, até por que é o assunto do momento: SOBRE MICHAEL JACKSON. Vamos usar a expressão SE para o caso. SE Michael não estiver morto (lembrando, ele está), isso o que está acontecendo é um estratégia relacionada ao Marketing? Lembrando que após a sua morte o "rei do pop" vendeu nada mais, nada menos que 800 mil cds em uma semana...fora que já houve DOIS MILHÕES DE DONWLOADS de canções do rei por todo o mundo...e então, professor, sua morte pode ser considerado um Marketing de guerrilha? Abraços. PS. Fui seu aluno no CEAP anos atrás e me ajudou na formatação do meu TCC da Unifap.
kkkkk
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