A revista Bravo publicou uma matéria discutindo se existe preconceito contra quadrinhos (leia aqui) muito interessante. Mas mais interessantes foram os comentários. Uma pessoa, provavelemnte professora, escreveu que não existe preconceito contra a forma, mas que tem que ter contra conteúdo. Ou seja: quadrinho tem que ser coisa de criança. HQ que não fale de crianças brincando deve ser banida da escola porque isso faria mal às crianças e jovem. Sério! Por trás do palavreado bonito é isso que as professoras estão defendendo. Aí eu lembro que existem centenas de livros paradidáticos sendo adotados que falam de violência, sobre crimes, droga, prostituição... o autor mais vendido no Brasil é Marcos Rey e todas as suas histórias são policiais. Em todas elas há violência, morte, sequestro... felizmente são livros. Se fossem quadrinhos, estariam queimando na fogueira...
2 comentários:
Muito boa!
A literatura brasileira, notadamente no período naturalista, é repleta de temas contundentes, chocantes e provocativos ...Não deixam de ser bons livros por tratarem de temas maduros, mas temas maduros requerem leitores maduros.
Creio que um problema na questão conteúdo dos quadrinhos diz respeito à imagem. O desenho de um homem enforcado vestido de noiva é bem mais direto que um paragrafo descrevendo a mesma cena, a questão é que (muitas vezes) na descrição com palavras o autor conduz a interpretação do leitor...A imagem não possui essa condução de interpretação...E até possui pois nos quadrinhos os recordatórios podem ser elucidativos, mas para um leigo a leitura imagética é mais forte e ele cai no equívoco de estigmatizar a obra apenas por uma ou duas imagens, ao invéz de mergulhar no processo da leitura como teria que fazer num romance escrito.
É chato dizer, mas normalmente onde há preconceito há falta de informação...E os RPGs e Videogames parecem sofrer de uma semelhante descriminação.
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