quinta-feira, dezembro 29, 2011

Fanzine Crash! para baixar

Crash!,  editado por mim e pelo compadre Joe Bennett, foi o primeiro fanzine paraense. Finalmente consegui fazer um scan dele. Para baixar o número zero, clique aqui. Para baixar o número 1, clique aqui.

A literatura de fantasia

Embora tenha antecedentes famosos, entre eles os mitos de Gilgamesh e a Odisseia, a literatura de fantasia moderna surge, não por acaso, com o romantismo.
O romantismo aparece no contexto ocidental como uma reação à estética neo-clássica e ao racionalismo iluminista. O iluminismo prometia tirar o homem das trevas e do misticismo da Idade Média para colocá-lo numa era de razão e progresso. Os românticos viam isso como uma falácia. A razão não era o caminho para a humanidade, mas o sentimento. 

Não por acaso, um dos romances mais importantes do período, e pedra fundamental do que viria a ser a ficção-científica era uma crítica à ciência: Frankstein ou moderno prometeu mostrava os perigos da razão sem ética.
A ficção científica só viria a se tornar um gênero próprio, separado da fantasia, décadas mais tarde, quando Júlio Verne, influenciado pelo samsionismo, imaginou um mundo que maravilhas podiam ser conseguidas através da ciência, seja chegar à Lua, seja viajar ao fundo mar.
O neo-clássico volta-se para a Grécia antiga, berço da razão. A fantasia, em oposição, volta-se para a Idade Média, época de misticismo e mistério. 
A Idade Média tinha forte tradição de romances de cavalaria (uma mistura de mitologia cristã e pagã) repletos de misticismo, heróis, feitceiros, espectros, animais místicos, objetos mágicos e seres elementais, ligados à natureza e vindos diretamente das tradições dos povos bárbaros.
Ítalo Calvino no livro Contos Fantásticos do Século XIX  relaciona o conto fantástico com a especulação filosófica do período:
“Seu tema é a relação entre a realidade do mundo que habitamos e conhecemos por meio da percepção, e a realidade do mundo do pensamento que mora em nós e nos comanda. O problema da realidade daquilo que se vê – coisas extraordinárias que talvez sejam alucinações projetadas por nossa mente; coisas habituais que talvez ocultem, sob a aparência mais banal uma segunda natureza inquietante, misteriosa, aterradora – é a essência da literatura fantástica, cujos melhores efeitos se encontram na oscilação de níveis de realidade inconciliáveis”.
Segundo Calvino, a literatura fantástica nasceu com o romantismo alemão, mas se espraiou por toda a produção do período. Difícil encontrar autor romântico que não tenha colocado o maravilhoso, o inexplicável em suas obras, em especial Edgar Alan Poe, o pai da literatura de gênero. No Brasil um autor que se aventurou pelo fantástico foi Álvares de Azevedo. Seu livro de contos Noite na Taverna é um dos melhores exemplos disso. 

Essa fuga para o passado irá se transformar na alta fantasia, quase sempre ambientada na Idade Média, real o ou imaginária, ou na Espada e magia, ambientada em um passado ainda mais distante, como em Conan, ou em mundos muito diversos do nosso, em que o fantástico torna-se normal, como em Elric.
A ópera O anel de Nibelungo, de Richard Wagner, obra-prima do romantismo, representa essa tendência, e irá influenciar um dos maiores nomes do gênero, Tolkien, até mesmo no tema do anel de poder.
Tzevetan Todorov, no livro Introdução à literatura fantástica explica que a fantasia ocorre num mundo em que não é exatamente o nosso, um mundo povoado por diabos, sílfides, vampiros, no qual produz-se acontecimentos que não podem ser explicados pelas leis de nosso mundo. Diante dele, leitor e herói se vêm diante de duas possibilidades: ou o que ocorreu é fruto da imaginação, ou sonho (como Narizinho, que acorda no final do primeiro livro infantil de Monteiro Lobato ou em Alice no país da Maravilhas) ou o acontecimento é real e, nesse caso,  essa realidade é regida por leis que nos são desconhecidas.  O fantástico é essa hesitação experimentada por um ser que só conhece as leis naturais, diante de um acontecimento aparentemente sobrenatural.
Para Todorov, portanto, o fantástico implica não só a existência de um acontecimento estranho, mas é preciso que o texto obrigue o leitor a considerar o mundo das personagens estranhas como um mundo de criaturas vivas e a hesitar entre uma explicação natural e sobrenatural. Essa hesitação é normalmente experimentada por um dos personagens da narrativa, muitas vezes o herói.
Roberto de Sousa Causo, no livro Rumo à Fantasia, cita a definição do The Oxford Companion to English Language: “geralmente se concorda que (a fantasia) é ambientada em um mundo distante da experiência comum, alguns ou todos os personagens são diferentes de qualquer criaturas conhecidas, o mundo de fantasia tem as suas próprias regras e lógica, e é normalmente bem ordenado dentro delas, e qualquer personagem quotidiano que entre nesse mundo tem que se conformar ao novo modo de vida. De modo semelhante, criaturas fantásticas podem entrar no mundo familiar, e quando o fazem os seus poderes frequentemente prevalecem”. 

O mesmo Roberto Causo lembra que a fantasia se consolidou como gênero literário no mercado editorial a partir de 1923, com a criação da revista Weird Tales. Foi nela que surgiu o gênero Espada e Magia, representado principalmente por  Conan, de Robert A. Howard, que escreveu para essa e outras publicações.
A outra corrente famosa é a alta fantasia, representada principalmente por J.R.R. Tolkien de O Hobbit e O senhor dos anéis. Nessa vertente, o autor cria todo um mundo próximo, mas diferente do nosso. Esse mundo é descrito em detalhes culturais, geográficos e históricos ao longo da narrativa e o leitor se acostuma à regras desse novo mundo (vale lembrar que Robert A. Howard também definiu muito bem o mundo de Conan, mas com outro enfoque).

Vários outros autores da época se debruçaram sobre o gênero, com destaque para As crônicas de Narnia, de C.S. Lewis, que colocou heróis humanos normais atravessando para um mundo de contos de fadas, em que existem duendes, centauros, magos, feiticeiras e muitos outros,  numa quase apresentação prática dos princípios de Todorov.  
Embora tenha feito um sucesso relativo na época de sua publicação (1954-1955), a saga de O senhor dos Anéis só se tornou um sucesso estrondoso na década de 1960, quando um editora americana aproveitou o fato de que o livro não havia sido registrado nos EUA para lançar uma versão não-autorizada e barata. O livro fez enorme sucesso com os hippies, uma geração muito parecida com a dos românticos do século XIX que transformaram a fantasia em um gênero literário. Como os românticos, a geração dos anos 1960 criticava o racionalismo e pregava uma volta a um mundo menos tecnológico e mais sentimental.  

O gênero ganhou ainda mais popularidade com a criação do  RPG Dungeons and Dragons e da série televisiva derivada, A caverna do dragão, um sucesso extraordinário até hoje. A animação da Disney A espada era a lei também merece destaque por retomar o mito arturiano, assim como o filme História sem fim (baseado no livro do escritor alemão Michael Ende).
Finalmente, tivemos recentemente o fenômeno Harry Potter e os filmes de O senhor dos anéis e Crônicas de Narnia, que aumentaram ainda mais o interesse pela fantasia fazendo com que ela concorra fortemente com a ficção científica.
Hoje duendes, dragões, sereias elfos fazem parte do imaginário popular de milhões de pessoas. Mas, se os primeiros escritores germânicos que se debruçaram sobre o gênero tinham uma rica mitologia para explorar, nós também temos: mapinguaris, sacis, mãe-d´água, cobra grande, os exemplos são muitos.
Infelizmente essa riqueza raramente vem para a literatura. São raras as iniciativas de utilizar a mitologia nacional para criar um universo de fantasia.
Talvez  falte um diálogo com a mitologia clássica da fantasia, um encontro dos sacis com hobbitts, de sereias com a mãe d´água, de dragões com a cobra grande.
Essa é a proposta da antologia Terra da Magia: provocar um diálogo de duas mitologias, criando histórias tipicamente de fantasia, mas com um sabor regional.
 Clique aqui para saber mais sobre a antologia.

quarta-feira, dezembro 28, 2011

Promoção no Cafofo da Katita

Nos próximos dias o cafofo vai completar um ano de posts diários.
Para comemorar, quem vai ganhar é o(a) internatua(a).
Será enviado gratuitamente o e-book Tiras Sem Preconceito, vencedor do Prêmio Angelo Agostini em duas categorias.
Para saber como ganhar o e-book, basta acompanhar o blog clicando aqui.

domingo, dezembro 25, 2011

Natal, tempo de... paz?

Natal é tempo de paz, reflexão, solidariedade, caridade, um tempo em que as pessoas se tornam mais espirituais e menos materialistas.
Certo? Errado.
Ontem fomos passar o natal na casa de minha irmã, que mora na zona Norte e atravessamos a cidade de um lado a outro, tanto na ida quanto na volta. O que vi foi muita gente bêbada, som alto, motoristas imprudentes (provavelmente bêbados).
Parece que o ser humano, ao invés de evoluir espiritualmente, está se tornando cada vez mais materialista. O que importa é beber todas, ter um som mais alto do que o do vizinho, farrear.
Nesse andar da carruagem, logo vão ter que mudar os cartões de Natal para algo assim:

Neste Natal que você beba todas e bata o carro.

Neste Natal que você tenha um som mais potente que o do vizinho.

sexta-feira, dezembro 23, 2011

A anedota mais engraçada do mundo

É sério. O psicólogo inglês Richard Wiseman, da Universidade de Hertfordshire, criou o site LaughLab para encontrar a piada mais engraçada do mundo. Durante 1 ano, quem entrava na página podia, além de publicar sua piada preferida, dar notas para as que já estavam por lá.
Foram, no total, mais de 40 mil piadas cadastradas, e cerca de 2 milhões de avaliações individuais, vindas de todos os cantos do mundo. A que agradou à maioria dos visitantes, no fim das contas, foi a enviada por um inglês de 31 anos chamado Gurpal Gosall.
Preparado? Atenção para a melhor piada de todos os tempos.
Dois caçadores estão em um bosque, quando um deles desmaia. Ele parece não estar respirando e seus olhos estão vidrados. O outro caçador pega o telefone e liga para a emergência: “Meu amigo está morto! O que faço?”. O atendente responde: “Calma, eu te ajudo. Primeiro, temos que ter certeza de que ele está morto”. Há um silêncio, e então um tiro é ouvido. De volta ao telefone, o cara diz: “Pronto, e agora?”. Leia mais no site da Superinteressante

Walter Benjamin, a arte e a reprodução

Geralmente, quando se fala de Meios de Comunicação de Massa e Escola de Frankfurt, a maioria das pessoas lembra da visão apocalíptica de Adorno, de negação em bloco de todo produto cultural: filmes, quadrinhos, novelas, etc. Mas poucos se lembram de um dos primeiros filósofos da escola e sua análise apurada de como as técnicas de reprodução estavam mudando os conceitos de arte. Trata-se de Walter Benjamin. 

Walter Benjamin teve uma vida trágica e marcada pela inquietação intelectual. Foi influenciado pelo marxismo e pelo misticismo judaico. Como a chegada do nazismo ao poder, Benjamin refugiou-se em Paris. Após a derrota da França na guerra contra a Alemanha, o filósofo decidiu fugir pela fronteira espanhola. Ao saber que a fronteira estava fechada, ele voltou para o hotel e se suicidou tomando uma grande quantidade de morfina. A fronteira abriu no dia seguinte. 

Entre os seus textos mais importantes está A obra de arte na época de sua reprodutibilidade técnica, no qual ele explica como o cinema e a fotografia estavam destruindo a "aura" da obra de arte. 

Benjamin explica que durante milênios, toda obra de arte tinha duas características: a autenticidade e a aura. 

A autencidade está ligada ao fato de que cada obra de arte é única. Um quadro, por exemplo tem características que não podem ser reproduzidas. Por mais que ele seja impresso, perde-se a textura do suporte, o relevo da tinta, assim como toda a história por trás daquela obra específica, inclusive com referência às pessoas que o possuíram. Mesmo no caso de uma fraude muito bem realizada, a cópia nunca será igual ao original. Da mesma forma, cada escultura grega é única e mesmo alterações pelas quais ela passou (no caso das peças quebradas) aumentam seu valor de unicidade. Segundo Benjamin, "O que faz com que uma coisa seja autêntica é tudo aquilo que ela contém de originalmente transmissível".

A aura, por sua vez, está ligada à origem religiosa da arte. 


Quando o homem começou a produzir as primeiras pinturas rupestres, elas não tinham o objetivo de ornamentar as cavernas, mas de realizar uma espécie de magia. Acreditava-se que o que era reproduzido na pintura se tornaria realidade. Assim, o desenho de uma caçada feliz faria com que a tribo tivesse sucesso na caçada. As obras de arte nascem a serviço de um ritual, inicialmente mágico, depois religioso. Sua exposição aos homens era incidental: na verdade, a pintura destinava-se sobretudo ao mundo espiritual. 

Esse caráter místico faz com que muitas vezes a obra de arte seja guardada em segredo. Os templos gregos eram construídos para abrigar as estátuas dos deuses, mas o ritual se passava do lado de fora. Na igreja católica, as figuras das virgens permanecem guardadas a maior parte do ano e só são visualizadas em momentos muito especiais, como ocorre com o Círio de Nazaré, em Belém. Conforme a arte foi se desvinculando do uso ritual, aumentaram as possibilidades das obras serem expostas. O quadro, por exemplo, tem muito mais possibilidades de ser transportado e exposto do que um mosaico. 

Mas, se por um lado a arte se desvinculava da sua função religiosa, continuava tendo uma espécie de mística. A arte continuava sendo algo de uma minoria privilegiada, geralmente as pessoas de maior poder aquisitivo. Tornou-se, inclusive, um símbolo de status. 

O surgimento da fotografia abalou os alicerces da arte, empurrando para segundo plano o seu valor de culto. Além de representar a realidade, a fotografia era passível de reprodução e quebrava totalmente com a ideia de autenticidade. Qual das cópias de uma foto é a original?

De acordo com Benjamin, a fotografia, ao retirar da arte o critério de autenticidade, fez com que toda a função da arte fosse subvertida: "Em lugar de repousar sobre o ritual, ela se funda agora sobre uma outra forma de práxis: a política". Se a fotografia provocou uma revolução na arte, o cinema provocou um estrago ainda maior. Até mesmo a atuação dos atores deixou de ter aura ou unicidade.

Se no teatro, cada atuação é única e o ator interpreta para o público, no cinema, os atores interpretam para a câmera e sua atuação é fragmentada. Um personagem se aproxima de uma porta, a abre e sai. A cena seguinte, pode ser gravada semanas depois dessa. No cinema, a atuação dos atores só se concretiza na mesa de montagem. 

Esse sistema quebra com a aura da atuação, que só sobrevive, no cinema comercial, através do star system, no culto à estrela (um tema muito bem analisado por Edgar Morin no livro As estrelas). Para Benjamin, se não for tratado como produto, o cinema permite não só uma crítica revolucionária das antigas concepções de arte, como favorece uma crítica revolucionária das relações sociais. Isso ocorre porque o cinema tira o expectador da condição de simples contemplação e o leva à condição táctil. Ou seja, no cinema o público quer não só assistir, mas interagir, e essa interação leva à revolução tanto na arte quanto na sociedade. Walter Benjamim certamente devia estar pensando no cinema revolucionário russo, que usava pessoas do povo como atores quando escreveu suas reflexões.
A idéias de Benjamin fizeram pouco sucesso na época, e só foram resgatadas graças ao amigo Adorno, que, no entanto, achava suas reflexões ingênuas. Passado quase um século de seus primeiros escritos, o pensamento desse autor continua cada vez mais atual, especial pela compreensão impar sobre a arte e sobre a forma como o surgimento dos meios de comunicação de massa mudou nossa percepção a respeito dessa.

terça-feira, dezembro 20, 2011

segunda-feira, dezembro 19, 2011

O cair da noite

Li recentemente o conto O cair da noite, de Isaac Asimmov, conto publicado no Brasil na revista Isaac Asimov Magazine 15 (o conto também foi transformado em romance, escrito em parceria com Robert Silverber). O conto narra a história do planeta Lagash, iluminado por seis sóis, e que nunca conheceu a noite. 
Mas, de tempos em tempos, o planeta acaba sofrendo com um eclipse. O que para nós, acostumados com a noite, é algo normal, para um povo que nunca viu a escuridão, pode ser o equivalente ao fim do mundo. 
O conto é um dos mais famosos de Asimov e não sem razão. O autor usa a situação de um povo que nunca conheceu a noite para fazer uma investigação antropológica. Um dos maiores problemas da FC é justamente o fato de que a maioria dos autores imagina mundos muito parecidos com a terra quando retratam outros planetas. Asimov mostra que uma única mudança pode ter grandes consequências na psicologia e na forma de vida de um povo. 
O conto também é interessante por mostrar como funcionam os processos científicos (nesse sentido, Asimov não faz concessões: a ciência de Lagash segue os mesmos princípios científicos que conhecemos, de elaboração de hipóteses, observação e registro de dados empíricos) e principalmente por abordar a questão da intolerância religiosa. Na história, um grupo de cientistas pretende registrar o eclipse antes que o mundo acabe, deixando informações para os sobreviventes que serão os habitantes do próximo ciclo.  Um grupo religioso considera isso uma heresia e fará de tudo para impedir o registro. 
A posição de Asimov contra a intolerância religiosa é clara. Nesse sentido, O cair da noite é uma metáfora para os malefícios da fé cega, que nega a racionalidade. 
O cair da noite é leitura obrigatória para todo fã de boa FC.


sexta-feira, dezembro 16, 2011

Senhorita Christina

Seminário construindo o programa de literatura do Amapá

Hoje participei do seminário para discussão do planejamento da área de Literatura. Gostei de ver os rumos da cultura sendo discutidos com a classe (o mesmo já tinha sido feito com a área do audio-visual, em junho). Parabéns à SECULT, ao GEA e ao secretário Zé Miguel, que garantiu um edital para a área já no próximo ano. É assim que se constroi uma gestão democrática.
Participar desse seminário me fez lembrar do governo anterior, que gastou uma fortuna com o carnaval CARIOCA, investiu em filmes feitos por realizadores de fora do estado e não abriu um único edital... e tudo isso sem consultar ninguém...

quinta-feira, dezembro 15, 2011

Construindo o Programa de Literatura do Amapá


O Governo do estado do Amapá estará realizando o Seminário Construindo o Programa de Literatura do Amapá, com o objetivo de possibilitar o diálogo e a troca de experiência entre os atores envolvidos nessa temática, a fim de subsidiar a elaboração de um Programa de Literatura para o nosso Estado.

A programação do Seminário inclui a discussão e apresentação de propostas para atender os (04) quatro Eixos norteadores do Plano Nacional do Livro e Leitura, definidos pelo Ministério da Cultura e Ministério da Educação, que são: Democratização do acesso a leitura; Fomento à literatura e à Formação de Mediadores; Valorização institucional da leitura e incremento de seu valor simbólico e o Desenvolvimento da economia do livro.


Programação

 DIA 15/12
Horário: 08:00 às 12:00
MANHÃ
Mesa de abertura: GOVERNADOR, SECULT, SEED, EAP, ASSOCIAÇÃO DOS PREFEITOS, SOCIEDADE CIVIL, REPRESENTANTE DOS LIVREIROS, CONSELHO CULTURA.
PALESTRA-MAGNA: Benita Prieto 

Horário: 14:00 às 18:00
TARDE
PAINEL 1:
Relato das experiências realizadas na temática literária -SECULT, SEED, UNIFAP E UEAP.  
PAINEL 2:
Relato das experiências realizadas na temática literária – Sociedade civil, Conselho Estadual de Cultura, SESC, SESI e Livreiros)


DIA 16/12
MANHÃ
GRUPOS DE TRABALHO: Apresentação de proposta para os Eixos:
1-    Democratizando o acesso;
2- Fomento à leitura de à formação de mediadores;
3- Valorização institucional da leitura e incremento de seu valor simbólico;
4- Desenvolvimento da economia do livro.

quarta-feira, dezembro 14, 2011

Música do dia


Para lembrar do quanto Roberto Carlos era bom na década de 1970. Você em minha vida é um primor de letra. Reparem como RC trabalha todas as frases com antônimos: melhor - pior; amanhecer - anoitecer; sorriso - lágrima; sonho - realidade; chegada - adeus. É um jogo de palavras criativo e muitas vezes inesperado. Por exemplo, o oposto de sorriso é choro, mas a música traz, no lugar do choro, a lágrima. Uma verdadeira aula sobre como escrever uma música com inteligência.

Antologia Deuses - resultado da seleção

Já saiu o resultado da antologia Deuses, da editora Infinitum. Eu fui um dos selecionados, com o conto "Canção para você viver mais". Confira a lista completa aqui.

domingo, dezembro 11, 2011

Antologia Terra da Magia – Inscrições abertas

Todo mundo sabe que existe um mundo repleto de elfos,bruxas, dragões, ornitorrincos… mas NINGUÉM sabe que ligação eles têm com o saci, curupira, mapinguari…!!!
Uma ligação que pode estar em outra dimensão, planeta, embaixo da cama ou até mesmo ali, dentro daquele armário.
Terra da Magia é algum lugar localizado no norte do Brasil. Por alguma razão que só os deuses, e quem sabe algum mago sabem, criaturas mitológicas do mundo inteiro se encontram com os personagens do nosso folclore nacional. 
Leia mais
Ps: Essa antologia será organizada por mim e  espero contar com a colaboração de vários escritores do norte produzindo contos de fantasia. Vamos lá, pessoal. O prazo  é até o dia 15 de março de 2012. Serão aceitos contos que tenham o clima das histórias clássicas de fantasia, como Crônicas de Narnia, Senhor dos anéis e que misturem a mitologia clássica de fantasia com os seres do folclore nacional. 

Mundo Monstro ganha resenha

O blog Estranha Estante publicou uma resenha do meu e-book Mundo Monstro. A autora do blog, Anny Plata, foi um das ganhadoras da gincana de lançamento do livro, que bombou no Twitter com a tag #LivroPerdido. Para ler a resenha, clique aqui.

sábado, dezembro 03, 2011

Comunicado Secom

O Governo do Estado do Amapá informa que a secretária de Estado da Comunicação, Jacinta Carvalho, encontra-se internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital São Camilo, desde segunda-feira, 28, vítima de uma infecção desconhecida que evoluiu rapidamente caminhando para um quadro de septicemia (é uma infecção geral no organismo grave, desenvolvida por via sanguínea a partir de outra infecção já existente) que atingiu de maneira violenta o pulmão, mas atualmente o quadro clínico está estável e ela reagiu bem a medicação.
Que todos os procedimentos médicos estão sendo feitos para descobrir a causa da infecção e garantir sua plena recuperação.
Informa também que nesta sexta-feira, 2, a partir das 17h, será feita uma corrente de oração pela recuperação dela, no Palácio do Setentriäo e convida amigos e parentes para se fazerem presentes.

PS: Jacinta foi uma das minhas melhores alunas no curso de Comunicação. É uma grande profissional e ótima pessoa. A última vez que nos encontramos foi no I Congresso de Jornalismo da Unifap. Ela parecia saudável muito estimulada com o desafio de coordenar a comunicação do GEA. Vamos dedicar orações a ela e peço que os leitores façam o mesmo. 

quinta-feira, dezembro 01, 2011

Livro sobre fanzines agora em e-book


Em 1990 os fanzines finalmente chegavam à academia. Esta era a constatação
meio entusiasmada, meio surpresa da banca de defesa da dissertação de Mestrado de
Henrique Magalhães, que ocorria na Escola de Comunicações e Artes da Universidade
de São Paulo. A surpresa devia-se ao fato de essas publicações marginais ganharem
o status de objeto de estudo, ou seja, de importância cultural e sociológica.
Esse trabalho chegou ao público pela primeira vez em 1993 com o título O que
é fanzine, pela editora Brasiliense, numa edição resumida. Em 2003 a Marca de
Fantasia lançou o texto completo, com a fundamentação teórica sobre publicações
alternativas, como fora concebido para o Mestrado.
Tanto a edição da Brasiliense quanto a da Marca de Fantasia tiveram grande acolhida do público. A edição digital do livro chega agora para facilitar a circulação e passa a contar com ferramentas de navegação e ilustrações em cores. Estas são contribuições complementares para quem deseja ter conhecimento ampliado da produção de fanzines

 Serviço
O rebuliço apaixonante dos fanzines
Henrique Magalhães
Série Quiosque, 27
165p. Ebook em pdf, R$5,00
Pedidos para:  Henrique Magalhães  henriquemais@gmail.com

quarta-feira, novembro 30, 2011

Sacolas plásticas


Em muitos locais do mundo já  existe uma séria discussão sobre o uso de sacolas plásticas. As sacolas plásticas são responsáveis pela morte de muitos animais, como tartarugas, que as engolem pensando que se trata de comida. Mas parece que esse debate não chegou ao Amapá. Aqui faz parte da cultura pedir sacolas plásticas em qualquer compra. Uma aluna, dona de uma mercearia, me contou de uma pessoa que comprou um único cigarro, mas exigiu a sacola. Andou dois passos, tirou o cigarro da sacola, jogou no chão e saiu fumando. Uma vez uma menina foi comprar um lápis e a vendedora tentou convencê-la a não colocar na sacola. A resposta da menina: Eu tenho direito, eu pago imposto! Como se o imposto incluísse a destruição da natureza, a morte de animais...
Se por um lado o consumidor não tem consciência, por outro lado, os vendedores também estimulam. Muitos já levam o produto para o caixa embalado numa sacola plástica. Dia desses isso aconteceu quando comprei uma tomada. Em algumas lojas, sair sem a sacola faz com que seguranças  achem que a pessoa roubou o produto.
Eu nem falo de compras grandes, que a pessoa teria dificuldade de carregar sem uma sacola (embora a sacola retornável seja uma solução bem interesante), mas dos casos em que o uso da sacola não vai fazer diferença nenhuma, como no caso das compras pequenas.
Na hora de  comprar aquele biscoito que você vai comer na hora, pense duas vezes antes de pedir sacola. Os animais agradecem.

terça-feira, novembro 29, 2011

A inspeção

A história A inspeção, escrita por mim e desenhada por Bené Nascimento (Joe Bennett) e Pedro Vale foi publicada originalmente na revista Calafrio 47. Essa história surgiu da minha vontade de adaptar uma história de Nicolai Gógol para os quadrinhos. Eu e o Bené já havíamos adaptado a história O nariz na história Phobos, publicada na revista A hora do crepúsculo e dessa vez escolhemos a peça O inspetor Geral. Como seria publicada numa revista de terror, adaptamos a trama sobre um inspetor falso para um manicômio no século 19. Essa história, assim como boa parte das HQs feitas pela dupla Gian-Bené, nunca foi republicada e corria o risco de se perder. Assim, resolvi disponibilizar como scan. Para baixar, clique aqui.

"Eles me tiraram o Jabuti"

Foi a maior confusão. Primeiro, a comissão do Prêmio Jabuti anunciou oficialmente Gonçalo Junior, autor de Alceu Penna e as Garotas do Brasil, como o vencedor deste ano na categoria Biografia. A imprensa baiana, estado natal do autor, comemorou. Basta dar um Google para ler as reportagens sobre o assunto.

Mas a alegria durou pouco. Dois dias depois, a comissão voltou atrás e premiou Sergio Britto, com O Teatro & Eu - Memórias de Sergio Britto. O assunto encerrou-se também oficialmente. A Câmara Brasileira do Livro, organizadora da premiação, informou: "A comissão do Prêmio Jabuti decidiu pela desclassificação de Alceu Penna e as Garotas do Brasil. A decisão deveu-se ao descumprimento dos critérios relativos ao ineditismo, a referida obra contraria o disposto 1 do item 2 no regulamento do Prêmio Jabuti 2011".

Sergio Britto, ator que abandonou a medicina para construir uma das mais sólidas carreiras do teatro brasileiro, dispensa apresentação. Gonçalo Junior, ao contrário, apesar de já ter publicado 19 livros, não é tão conhecido. Mas agora deve entrar para a história, pelo menos para a do Jabuti. Em 53 anos de premiação, nunca alguém havia perdido o troféu, segundo informações da assessoria do prêmio. "Eles me tiraram o Jabuti. Mas não tem nada, ainda vou ganhar esse prêmio", diz Gonçalo, em tom de brincadeira.

A obra não levou o prêmio porque, dizem, não é inédita. Em 2004, Gonçalo, de fato, publicou uma versão biográfica de Alceu Penna (1915-1980), ilustrador e estilista brasileiro. "Era quase um fanzine, tirei só 300 cópias. Além disso, era uma publicação só com depoimentos de Teresa Penna, irmã de Alceu, que me forneceu alguns documentos", justifica o autor.

POLÊMICA INÉDITA
o escritor baiano Gonçalo Junior e imagens que ilustram o livro que causou confusão


A nova edição, produzida pelo selo Amarilys, é maior: tem 352 páginas contra 138 da anterior. Também, diz Gonçalo, há novas imagens e informações. "Pesquisei em mais de 1.200 exemplares de revistas para produzir essa versão, que só aconteceu por causa da primeira. Quando saiu o primeiro livro, muita gente que conviveu com Alceu me procurou e eu passei a me abastecer de mais informações sobre ele." Leia mais