Antes de qualquer coisa, A memória vegetal, de Umberto Eco, é uma declaração de amor aos livros. O amor pelo objeto feito de papel percorre todas as quase 300 páginas do volume em textos que vão de definições a listas de livros raros, passando por contos fantásticos.
Eco começa a obra definindo o título: no começo, existia uma memória orgânica. Essa memória era composta pelos velhos, que tinham o conhecimento da tribo e repassavam para as novas gerações: "Talvez, antes, eles não tivessem utilidade e fossem descartados, quando já não serviam para encontrar comida. Mas com a linguagem, os velhos se tornaram a memória da espécie: sentavam-se na caverna, ao redor do fogo e contavam o que havia acontecido antes de os jovens nascerem. Antes de começar a cultivar essa memória social, o homem nascia sem experiência, não tinha tempo de fazê-lo e morria. Depois, um jovem de vinte anos era como se tivesse vivido cinco mil". Leia mais
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