O Capitão América sempre foi um dos meus personagens prediletos desde a época dos desenhos desanimados da Marvel, baseados nas histórias de Stan Lee e Kirby, e que passavam quando eu era criança.
Assim, estava curioso para ver o filme dirigido por Joe Johnston, diretor do cultuado Rocketter.
O filme não decepciona. Não é tão bom quanto X-men first class, mas mesmo assim, é melhor que a maioria das adaptações de super-heróis, muito melhor, inclusive que Thor.
O Capitão América, apesar do nome e do uniforme nas cores da bandeira americana, é na verdade um mito judaico. Ele representa o judeu perseguido pelo nazismo na europa que consegue dar a volta por cima nos EUA. É um mito comum na Bíblia. Povo perseguido durante séculos, os judeus sempre se conformaram com histórias desse tipo. Como os autores do Capitão são judeus, não é surpresa que eles levassem esse tema para os quadrinhos.
O roteiro foi inteligente ao dar destaque para a transformação de Steve Rogers no Capitão. Steve é uma garoto magrela, cheio de doenças, mas que sonha em ir para a guerra combater os nazistas. É, antes de tudo, um rapaz de bom coração, cuja principal motivação é ajudar os outros. Fica implícita aí a motivação: ajudar os judeus perseguidos nos campos de concentração. Essa referência fica ainda mais explícita quando descobrimos que Rogers sofre bullying de todos os valentões do pedaço.
Indo contra todas as expectativas, ele se transforma numa herói forte, musculoso, mas cândido e abnegado.
Direção e roteiro são tão acertados que essa fase, com quase nenhum efeito especial, além do emagrecimento do protagonista Chris Evans, é uma das mais agradáveis da película. Aliás, o ator surpreende pela atuação inspirada exatamente nessa fase. É muito fácil para um galã fazer um herói musculoso e impávido, mas certamente é uma surpresa vê-lo convencer como o perdedor Rogers.
Enfim, uma ótima aventura, com boas atuações, ótimo roteiro e direção.
Em tempo: alguém aí se lembra da minissérie As aventuras do Capitão América, com roteiro de Fabian Nicieza? O filme parece ser, em muitos pontos, baseado nessa HQ que anda meio esquecida. A Panini poderia trazer de volta essa ótima história. A título de curiosidade, coloco abaixo a versão do Capitão de 1979.
2 comentários:
Beleza Gian.
Muito boa resenha. Logo que assitir eu comento.
Abraços,
Andre Bufrem
Muito bom, Gian. O capitão sempre foi um de meus preferidos, também!
Forte Abraço!
Lobão
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