sexta-feira, agosto 10, 2012

Superdeuses, de Grant Morrison, primeiras impressões

Comecei a ler Superdeuses, de Morrison. Ainda este mês vou escrever uma resenha completa e publicarei aqui e no Digestivo Cultural. Mas já dá para ir adiantando alguma coisa.
Morrison escreve muito bem. Ele derrama textos sobre a página da mesma forma que Donald McGregor (que Morrison confessa ser sua maior influência).
Morrison tem um ego inflado, o que fica claro na maior parte do livro. Sua postura convencida faz parecer que seus obscuros trabalhos de juventude foram clássicos dos quadrinhos ("Eu sabia que tinha talento"). Também interessante as críticas a Alan Moore, em especial a Watchmen. Há quem diga que a briga entre os dois foi nada mais que um jogo de marketing usado por Morrison para chamar atenção. Há quem diga que é um reflexo das visões opostas entre punks e hippies... O fato é que a polêmica não parece ter esfriado.
O capítulo inicial, com a análise do capa e da primeira história do Super-homem é um dos melhores, uma mistura de semiótica com visões pessoais realmente supreendente.
O ponto negativo parece ser mesmo a capa nacional. Na comparação com a capa original (abaixo), realmente ela sai perdendo, e muito, especialmente na elegância e a narrativa sequencial. 

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