segunda-feira, janeiro 09, 2017

Marketing de guerrilha: intervenções urbanas

Geralmente, a campanha de guerrilha utiliza intervenções urbanas, situações interessantes na rua, que chamam a atenção das pessoas e geram um rumor que privilegia a marca.
            Um sex shop na Suíça, por exemplo, colocou um carro estacionado em frente à loja. Os vidros do carro foram cobertos por adesivos que mostravam o que parecia ser uma cena de sexo dentro do carro. Não dava para ver direito, como se o vidro estivesse embaçado, mas as pessoas paravam para ver e, de tabela, olhavam para o sex shop.
Um salão de beleza no Canadá encontrou uma maneira interessante de premiar seus clientes e, ao mesmo tempo, gerar mídia espontânea. Quando estava chovendo, as clientes recebiam um guarda-chuva transparente, com a logomarca do salão. Como resultado, saíam pela cidade, exibindo seus belos cabelos sob o guarda-chuva transparente com a logo da empresa.
            Na França, um partido político, na época das férias, distribuiu entre seus filiados uma sandália havaiana com as iniciais no solado. Conforme estes andavam nas praias, iam “carimbando” as iniciais na areia.
A revista de humor Merda, do Rio de Janeiro, usou estátuas vivas para gerar rumor e, ao mesmo tempo, fazer distribuição de amostras. As estátuas só precisavam parar numa posição em que parecessem estar lendo a revista. Ao lado delas, uma cesta de revistas. Quem deixasse dinheiro para a estátua, podia levar uma revista para casa.
            O supermercado Y. Yamada usou uma tática simples de intervenção urbana nos aeroportos de Belém (PA) e Macapá (AM): malas na esteira de bagagem com a cor vermelha, típica da empresa, com o adesivo “Bem-vindo, gente boa” e outro com o cartão da empresa. À primeira vista, parecia apenas uma mala de um dos passageiros. Essa intervenção teve muito mais resultado do que as propagandas convencionais, já que ficava justamente no local para onde todo mundo estava olhando (a esteira de bagagens) e não parecia um anúncio. 
             O mais famoso caso brasileiro de intervenção urbana foi o da noiva abandonada de Belo Horizonte (MG). Uma mulher vestida de noiva começou a comparecer em locais em que havia muita gente vestida de noiva, distribuindo panfletos com um desenho de seu noivo, que a havia deixado sozinha no altar. Os panfletos diziam que ela pretendia se vingar, saindo com outros homens, e que estava selecionando candidatos. O caso gerou interesse na mídia, que fez várias matérias sobre o assunto. A noiva chegou a ser a atração principal do programa de TV Superpop. Foi nesse programa que se revelou que a história toda era, na verdade, uma estratégia de divulgação do filme 5 Frações de uma Quase História.


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