Benito Mussolini foi um ditador italiano, que reinou
absoluto no país de 1922 a
1943. Mussolini foi uma das maiores inspirações para Hitler, mas durante a II
Guerra Mundial os dois tiveram um relacionamento que misturava admiração,
inveja e ódio.
Mussolini era filho de uma família de classe média baixa,
de orientação socialista. Quando cresceu tornou-se um socialista radical,
ligado aos internacionalistas, um grupo que rejeitava o patritismo, visto como
uma emoção burguesa e pregava uma revolução na Itália como forma de estabelecer
o socialismo em todo o mundo. Desde esse início ele acreditava que a violência
era um meio legítimo de se conseguir ganhos políticos.
Durante a I Guerra Mundial, ele editou um jornal
contrário à entrada da Itália na guerra, mas, aos poucos, foi mudando seu
enfoque até chegar a apoiar claramente o conflito. Foi então expulso do partido
socialista.
Em 1919 criou os Fasci
Italiani di Combatimento, agremiação que futuramente daria origem ao partido
fascista. Com uma oratória notável e um uso eficiente da propaganda política
foi ganhando espaço na cena política italiana.
Em 1922 organizou a marcha
sobre Roma, uma farsa propagandística que pretendia mostrar o poder dos
fascistas (Mussolini nem mesmo estava presente na marcha, tendo chegado de
comboio).
O uso de propaganda aliado à força fez com que ele
chegasse ao cargo de primeiro-ministro, a convite do rei Vitor Manuel III.
Sua chegada ao cargo foi apenas o primeiro passo para que
ele conseguisse poder absoluto, acumulando várias funções.
Para se solidificar no poder, Mussolini conseguiu o apoio
da Igreja Católica através do Tratado de Latrão, que admitiu a existência do
Estado do Vaticano e indenizou a Igreja por perdas territoriais.
Mussolini tinha a idéia de que a Itália deveria dominar o
mundo, como fizera séculos antes, durante o Império Romano.
Para mostrar a volta da grandiosidade da Itália,
Mussolini mandou contruir monumentos farônicos. Alguns eram tão grandiosos que
nunca chegaram a ser realizados, como uma praça do tamanho da área urbana de
Roma no século XV, dominada por uma estátua de 25 andares de Hércules de
cassetete com as feições inspiradas em Mussolini.
Tais obras pressionaram as finanças públicas,
prejudicando a economia do país. Para acalmar os insastisfeitos, Mussolini
embrenhou-se numa campanha militarista e colonialista. Para isso, ele escolheu
um país que não tinha qualquer chance de reagir, a Etiópia. Esse país não tinha
força aérea. Os soldados etíopes ainda lutavam com lanças e mosquetes. Foi uma
vitória fácil, que terminou com a morte de 500 mil etíopes e apenas 1.500
italianos. Mussolini chegou a declarar a amigos que preferia que mais italianos
tivessem morrido “para que a guerra parecesse mais séria”.
A opinião pública internacional se mostrou indignada com
essa ação, o que alimentou o nacionalismo italiano.
Com a chegada de Hitler ao poder, Mussolini se tornou seu
principal aliado, mas durante a Guerra foi muito mais uma pedra no sapato do
que uma ajuda para o fuhrer.
A estrutura militar italiana era desorganizada, com
generais que não entendiam do assunto e só haviam conseguido esse cargo por
razões políticas. Além disso, a corrupção havia comprometido seriamente as
tropas. Era comum, por exemplo, que as botas compradas pelo exército viessem
com sola de papelão. O país só tinha dois holofotes. Dos três mil aviões da
força aérea, apenas mil funcionavam. Os pilotos não tinham treinamento
suficiente e a Marinha sofria com a falta de combustível.
Assim, constantemente exércitos alemães tinham que se
deslocar para ajudar os italianos, como o que aconteceu na Grécia, atrasando
ações importantes, como a invasão da Rússia.
Finalmente Mussolini foi retirado do poder pelos
italianos e chegou a ser preso. Foi libertado por paraquedistas alemães, numa
ação ousada, e enviado para a República de Saló, uma parte da itália que ainda
estava sob domínio alemão.
Quando os alemães fugiam da itália tentou ir junto
disfarçado de soldado, mas foi descoberto. Em 28 de abril de 1945 foi executado
por guerrilheiros italianos e seu corpo pendurado num poste.
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