segunda-feira, maio 08, 2017

Quem era Mussolini?

Benito Mussolini foi um ditador italiano, que reinou absoluto no país de 1922 a 1943. Mussolini foi uma das maiores inspirações para Hitler, mas durante a II Guerra Mundial os dois tiveram um relacionamento que misturava admiração, inveja e ódio.
Mussolini era filho de uma família de classe média baixa, de orientação socialista. Quando cresceu tornou-se um socialista radical, ligado aos internacionalistas, um grupo que rejeitava o patritismo, visto como uma emoção burguesa e pregava uma revolução na Itália como forma de estabelecer o socialismo em todo o mundo. Desde esse início ele acreditava que a violência era um meio legítimo de se conseguir ganhos políticos.
Durante a I Guerra Mundial, ele editou um jornal contrário à entrada da Itália na guerra, mas, aos poucos, foi mudando seu enfoque até chegar a apoiar claramente o conflito. Foi então expulso do partido socialista.
Em 1919 criou os Fasci Italiani di Combatimento, agremiação que futuramente daria origem ao partido fascista. Com uma oratória notável e um uso eficiente da propaganda política foi ganhando espaço na cena política italiana.
Em 1922 organizou a marcha sobre Roma, uma farsa propagandística que pretendia mostrar o poder dos fascistas (Mussolini nem mesmo estava presente na marcha, tendo chegado de comboio).
O uso de propaganda aliado à força fez com que ele chegasse ao cargo de primeiro-ministro, a convite do rei Vitor Manuel III.
Sua chegada ao cargo foi apenas o primeiro passo para que ele conseguisse poder absoluto, acumulando várias funções.
Para se solidificar no poder, Mussolini conseguiu o apoio da Igreja Católica através do Tratado de Latrão, que admitiu a existência do Estado do Vaticano e indenizou a Igreja por perdas territoriais.
Mussolini tinha a idéia de que a Itália deveria dominar o mundo, como fizera séculos antes, durante o Império Romano.
Para mostrar a volta da grandiosidade da Itália, Mussolini mandou contruir monumentos farônicos. Alguns eram tão grandiosos que nunca chegaram a ser realizados, como uma praça do tamanho da área urbana de Roma no século XV, dominada por uma estátua de 25 andares de Hércules de cassetete com as feições inspiradas em Mussolini.
Tais obras pressionaram as finanças públicas, prejudicando a economia do país. Para acalmar os insastisfeitos, Mussolini embrenhou-se numa campanha militarista e colonialista. Para isso, ele escolheu um país que não tinha qualquer chance de reagir, a Etiópia. Esse país não tinha força aérea. Os soldados etíopes ainda lutavam com lanças e mosquetes. Foi uma vitória fácil, que terminou com a morte de 500 mil etíopes e apenas 1.500 italianos. Mussolini chegou a declarar a amigos que preferia que mais italianos tivessem morrido “para que a guerra parecesse mais séria”.
A opinião pública internacional se mostrou indignada com essa ação, o que alimentou o nacionalismo italiano.
Com a chegada de Hitler ao poder, Mussolini se tornou seu principal aliado, mas durante a Guerra foi muito mais uma pedra no sapato do que uma ajuda para o fuhrer.
A estrutura militar italiana era desorganizada, com generais que não entendiam do assunto e só haviam conseguido esse cargo por razões políticas. Além disso, a corrupção havia comprometido seriamente as tropas. Era comum, por exemplo, que as botas compradas pelo exército viessem com sola de papelão. O país só tinha dois holofotes. Dos três mil aviões da força aérea, apenas mil funcionavam. Os pilotos não tinham treinamento suficiente e a Marinha sofria com a falta de combustível.
Assim, constantemente exércitos alemães tinham que se deslocar para ajudar os italianos, como o que aconteceu na Grécia, atrasando ações importantes, como a invasão da Rússia.
Finalmente Mussolini foi retirado do poder pelos italianos e chegou a ser preso. Foi libertado por paraquedistas alemães, numa ação ousada, e enviado para a República de Saló, uma parte da itália que ainda estava sob domínio alemão.

Quando os alemães fugiam da itália tentou ir junto disfarçado de soldado, mas foi descoberto. Em 28 de abril de 1945 foi executado por guerrilheiros italianos e seu corpo pendurado num poste. 

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