Conhecida pelo codinome "Violette", Muriel foi
uma das mais importantes agentes do SOE (Departamento de Operações Especiais),
que fazia ações de sabotagem e espionagem na Europa sob controle nazista.
Filha de judeus franceses naturalizados britânicos, ela
era uma jovem atraente, de longos cabelos negros. Era inteligente e dominava
vários idiomas. Falava fluentemente francês, russo e alemão.
Quando eclodiu a guerra, ela se ofereceu como voluntária
para trabalhar na cruz vermelha. Depois afiliou-se à Associação Feminina de
Auxílio à Força aérea, sendo depois contratada pelo SOE em decorrência de seu
ótimo francês.
Parecia tão jovem que os seus superiores exigiram que ela
se maquiasse para aparentar mais idade. Relatos da época dizem que ela estava
ansiosa para ser enviada a uma missão. Logo ela foi escalada para ir à França
com o codinome de Benfeitora.
Ela recebeu três identidades falsas, a principal delas
com o nome de Michele Bernier. Sua missão era recrutar agentes locais,
treiná-los e avisar Londres para que fossem providenciados codinomes. Seu
superior era o major Philippe de Vonnecourt.
Na propriedade de Vonnecourt, ela fazia transmissões para
a Inglaterra, nunca no mesmo horário e nunca usando o mesmo transmissor. Um dia
um alemão a viu pelos buracos do barracão que ela usava como base e saiu para
avisar o superior. Muriel limpou o local, tirando de lá tudo que pudesse
parecer suspeito. No final, o soldado acabou sendo preso por desperdiçar o
tempo de seu superior dizendo que uma linda mulher estava fazendo transmissões
radiofônicas.
Muriel acabou pegando minigite e morrendo em solo
francês. Em Romorantin, o memorial em sua homenagem é muito visitado, não
apenas por descendentes dos membros da Resistência, mas também pelos habitantes
da região. Ainda em solo francês, sua memória é reverenciada com uma placa no
memorial da "Seção F", em Valencay. Na Inglaterra ,
no memorial da Igreja de St. Paul, Wilton Place, Knightsbridge; e no memorial
do Liceu Francês, de Kensington.
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