Embora muitos escritores tenham denunciado os horrores dos regimes totalitários, pelos menos dois se destacaram pelo apoio que deram não só a Hitler e Mussolini, como à perseguição aos judeus.
O escritor francês Lous-Ferdinand Céline é um exemplo. Autor do importante romance Viagem ao fim da noite, ele publicou, em 1937 e 1938, respectivamente, Bagatelas por um massacre e Os belos trapos, panfletos profundamente anti-semitas. Nos textos ele chama os judeus de “esterco que deveria ser varrido do chão da história”.
Em 1943 ele reeditou o texto, com fotografias, para mostrar seu apoio ao holocausto.
Celine, que era um bom médico, respeitado pela comunidade, não teve pudores ao apoiar os nazistas quando eles invadiram a França.
Preso na Dinamarca, após a guerra, ele só conseguiu voltar para a França em 1951, e morreu completamente esquecido.
Outro que apoiou o nazismo foi o norte-americano Ezra Pound. Ele estava na Itália quando Mussolini chegou ao poder e colaborou com revistas anti-semitas e programas de rádio pregando o ódio aos judeus e louvando o fuhrer e o dulce. Quando foi preso pelos soldados da resistência italiana, em 1945, chegou a compara Hitler com Joana D´arc.
Depois de preso, foi mandado para um sanatório. Nunca mais escreveria grandes livros.
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