A primeira reportagem desta quarta-feira (1º) é sobre o
atendimento dispensado a uma cidadã na rede pública de saúde no Rio de Janeiro.
O filho dela, desesperado pra conseguir socorro, ligou a câmera do celular e
registrou tudo.
O afago nas costas
de Irene marca o início de uma triste sequência. 54 anos, mãe de sete filhos. A
mulher, diabética, se contorce em dores e espera. Na parede, a palavra
“Acolhimento” não faz sentido. O filho toma uma atitude desesperada contra o
descaso.
Filho da paciente: Cadê
o responsável aí?
Funcionário: Pois não, pode falar. É o quê?
Filho da paciente: É que minha mãe está torcendo de dor ali em cima, ali. Queria saber se dá para socorrer ela ali.
Funcionário: Não, o médico já está ali em cima.
Filho da paciente: Não está, não. Que eu estava lá já.
Funcionário: Pois não, pode falar. É o quê?
Filho da paciente: É que minha mãe está torcendo de dor ali em cima, ali. Queria saber se dá para socorrer ela ali.
Funcionário: Não, o médico já está ali em cima.
Filho da paciente: Não está, não. Que eu estava lá já.
Na sala do Hospital
Getúlio Vargas, na Zona Norte do Rio, ninguém reage ao ser questionado pelo
filho de Irene.
Filho da paciente: Médico,
cara? Ninguém vai atender, não, cara? A senhora que é a médica aqui? Desse
setor aqui? Aqui, ó, a médica está aqui, ó, no celular. E a pessoa lá quase
morrendo. O que está acontecendo, cara?
Funcionária: É porque tem que fazer a ficha.
Filho da paciente: A paciente já fez, está lá quase morrendo na cadeira lá, cara!
Médica: Eu aguardo o paciente chegar, a ficha aqui para ser atendido.
Filho da paciente: Aguarda a ficha chegar?
Médica: Tem que ter para poder escrever.
Filho da paciente: Olha ali na cadeira ali, cara. A mulher quase morrendo, a minha mãe ali, cara.
Funcionária: Eu estou aqui, meu senhor.
Filho da paciente: Está desde ontem com o rosto todo inchado, que apareceu um negócio lá, ninguém sabe o que é. Aí o médico está aqui no zap zap. Leia mais
Funcionária: É porque tem que fazer a ficha.
Filho da paciente: A paciente já fez, está lá quase morrendo na cadeira lá, cara!
Médica: Eu aguardo o paciente chegar, a ficha aqui para ser atendido.
Filho da paciente: Aguarda a ficha chegar?
Médica: Tem que ter para poder escrever.
Filho da paciente: Olha ali na cadeira ali, cara. A mulher quase morrendo, a minha mãe ali, cara.
Funcionária: Eu estou aqui, meu senhor.
Filho da paciente: Está desde ontem com o rosto todo inchado, que apareceu um negócio lá, ninguém sabe o que é. Aí o médico está aqui no zap zap. Leia mais
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