Eu acredito que a melhor ficção científica prescinde de
grandes orçamentos e efeitos especiais. Exemplo disso é o episódio os “Anos
mortais” da segunda temporada de jornada nas estrelas.
Na trama, um grupo de tripulantes desce em planeta para um
visita de rotina. Mas o que encontram é aterrador: todos os habitantes do local
morreram ou estão morrendo de velhice. Um casal de sobreviventes tinha menos de
20 anos, mas aparentam mais de 90. Ao voltarem para a Enterprise, a doença
degenerativa começa a acometer os tripulantes, entre ele o trio Kirk, Spock e
McCoy. Para piorar ainda mais a situação, um comodoro, que está sendo
transportado para uma estação espacial, assume o comando, alegando que Kirk não
tem condições de comandar a nave, o que coloca a Enterprise na rota de naves
romulanas.
É um episódio praticamente sem cenários externos e cujo único
efeito é a maquiagem nós atores. Mesmo assim, tudo funciona a começar pelo
conceito, que aborda um perigo real da exploração espacial. Se na própria terra
já são muitas as doenças que surgem ou ressurgem, imagem no espaço.
Além disso,o dilema moral da tripulação, tendo que depor em
uma audiência que todos sabem que terminará com o capitão deposto de seu cargo
- e todos tentando, sem sucesso, evitar o inevitável. Leonard Linoy leva esse
dilema ao seu extremo, pois atua como promotor.
Em sua canastrice inspirada, Kirk consegue repassar a luta do
capitão contra a degeneração mental e vai ao outro extremo quando finalmente
consegue salvar a nave.
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