sexta-feira, janeiro 29, 2021

Jornada nas estrelas - Os anos mortais

 


Eu acredito que a melhor ficção científica prescinde de grandes orçamentos e efeitos especiais. Exemplo disso é o episódio os “Anos mortais” da segunda temporada de jornada nas estrelas.

Na trama, um grupo de tripulantes desce em planeta para um visita de rotina. Mas o que encontram é aterrador: todos os habitantes do local morreram ou estão morrendo de velhice. Um casal de sobreviventes tinha menos de 20 anos, mas aparentam mais de 90. Ao voltarem para a Enterprise, a doença degenerativa começa a acometer os tripulantes, entre ele o trio Kirk, Spock e McCoy. Para piorar ainda mais a situação, um comodoro, que está sendo transportado para uma estação espacial, assume o comando, alegando que Kirk não tem condições de comandar a nave, o que coloca a Enterprise na rota de naves romulanas.

É um episódio praticamente sem cenários externos e cujo único efeito é a maquiagem nós atores. Mesmo assim, tudo funciona a começar pelo conceito, que aborda um perigo real da exploração espacial. Se na própria terra já são muitas as doenças que surgem ou ressurgem, imagem no espaço.

Além disso,o dilema moral da tripulação, tendo que depor em uma audiência que todos sabem que terminará com o capitão deposto de seu cargo - e todos tentando, sem sucesso, evitar o inevitável. Leonard Linoy leva esse dilema ao seu extremo, pois atua como promotor.

Em sua canastrice inspirada, Kirk consegue repassar a luta do capitão contra a degeneração mental e vai ao outro extremo quando finalmente consegue salvar a nave.

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