quarta-feira, fevereiro 17, 2021

Action comics especial

 



Em 2018 o Homem de Aço completou 80 anos de sua primeira publicação. Para comemorar, a DC lançou uma edição especial da Action comics, a revista na qual o personagem estreou (lançada agora aqui pela Panini). Além da data, mais um ponto interessante: é a revista de número mil, provavelmente o único gibi a alcançar essa marca.
Action comics Especial é um mix de histórias curtas realizadas por diversos roteiristas e desenhistas conhecidos. É uma equipe única, mas de resultado variável. Há HQs muito boas, algumas boas, algumas poucas medianas e uma realmente ruim.
A fina flor dessa edição é “Terra da ação”, com roteiro de Paul Dini (os mesmos dos desenhos animados da DC da década de 90), lápis de José Luís Garcia-López e arte- final de Kevin Nowlan. A história reconta a trajetória do personagem, brincando com sua mitologia. E o desenho é simplesmente lindo, digno de ser apreciado com lupa. São apenas cinco páginas, mas suficientes para valer a edição.
Há histórias que não têm tramas, são apenas reflexões sobre ou do personagem. Um bom exemplo é “Carro”, de Geoff Jons e Richard Donner com desenhos de Oliver Coipel, que homenageia a primeira história do personagem e o mostra como justiceiro social que ele era nas primerias HQs. Já “Do amanhã”, de Ton King  e arte de Clay Mann segue o mesmo caminho com resultados bem medianos.
A pior história do volume é “A verdade”, de Brian Michael Bendis e arte de Jim Lee. Bendis apresenta do nada um personagem super-poderoso, capaz de matar o homem de aço (como se já não tivéssemos visto isso na morte do Super-homem). Em meio à briga dos dois e tentativas mal-sucedidas da Super-moça de interferir no conflito, diálogos “descolados” e deslocados de duas moças sobre a cueca do Super-homem. É uma história que destoa de todo o resto do volume. Aí, na última parte descobrimos que essa história é apenas um trecho de uma HQ da nova fase do personagem.
Para promover essa nova fase, a DC resolveu colocar uma arte de Jim Lee como capa. No final, uma galeria de capas alternativas mostra pelo menos umas dez capas muito superiores, como destaque para as de Steve Rude, Gabrielle Dell´Otto, Stanley Artegem Lau e até o brasileiro Felipe Massafera.

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