domingo, fevereiro 21, 2021

X-men – chorem pelas crianças

 


The  Uncanny X-Men  122 é uma edição de preparação. Chris claremont usou esse número para lançar os ganchos das grandes tramas que viriam depois, como a saga da fênix e de Protheus,tanto que não há uma trama específica. Mesmo assim, a sintonia entre o time criativo, Claremont-Byrne –Austin estava tão grande que é um número delicioso de se ler.

A história começa com Colossus sendo testado na sala do perigo. Colocado no meio de uma prensa gigantesca, ele tem dificuldade para impedir que ela se feche, mesmo ela estando muito abaixo do limite de sua força.

A sequência é toda focada no dilema do personagem, que não se considera útil na equipe. Esse dilema é resolvido pelo Wolverine, que danifica os controles e entra na prensa. Se colossus não agir ele será esmagado.

Wolverine se arrisca para ajudar o amigo. 


Essa parte da história, embora colocada em uma história secundária (a Abril nunca se interessou em publicar), sintetiza algumas das melhores qualidades da fase Claremont-Byrne.  Primeiro, os personagens se arriscando para ajudar um colega, às vezes de maneira inconsequente. Segundo, a ideia de que o grupo é uma família, algo resumido na frase do Wolverine para o amigo: “A maioria de nós era sozinha no mundo antes dos X-men. A equipe meio que nos deu a família que nunca tivemos”.  De certa forma, a fala reflete também a relação dos leitores com o título. Num processo de identificação-projeção, os leitores também se sentiam parte da família mutante.  

Ororo nunca esteve tão linda quanto no traço de Byrne.


Depois de várias sequências que eram apenas ganchos para histórias futuras, a história pula para Ororo, que visita Nova York em busca do local onde seus pais moravam. Mas o local está decadente e cheio de viciados em heroína. Ela é atacada pelos viciados e, ao evitar machucá-los, quase é morta, sendo salva por Luke Cage, que faz aquele famoso discurso, compartilhado à profusão nas redes sociais: “Somos super-heróis, Ororo, não Deus. Podemos salvar a humanidade do Doutor Destino ou do Galactus, mas não dela mesma”.

O famoso discurso de Luke Cage. 


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