The Uncanny X-Men 122 é uma edição de preparação. Chris claremont
usou esse número para lançar os ganchos das grandes tramas que viriam depois,
como a saga da fênix e de Protheus,tanto que não há uma trama específica. Mesmo
assim, a sintonia entre o time criativo, Claremont-Byrne –Austin estava tão
grande que é um número delicioso de se ler.
A história começa com Colossus sendo testado na sala do
perigo. Colocado no meio de uma prensa gigantesca, ele tem dificuldade para
impedir que ela se feche, mesmo ela estando muito abaixo do limite de sua
força.
A sequência é toda focada no dilema do personagem, que não se
considera útil na equipe. Esse dilema é resolvido pelo Wolverine, que danifica
os controles e entra na prensa. Se colossus não agir ele será esmagado.
Wolverine se arrisca para ajudar o amigo. |
Essa parte da história, embora colocada em uma história
secundária (a Abril nunca se interessou em publicar), sintetiza algumas das
melhores qualidades da fase Claremont-Byrne. Primeiro, os personagens se arriscando para
ajudar um colega, às vezes de maneira inconsequente. Segundo, a ideia de que o
grupo é uma família, algo resumido na frase do Wolverine para o amigo: “A
maioria de nós era sozinha no mundo antes dos X-men. A equipe meio que nos deu
a família que nunca tivemos”. De certa
forma, a fala reflete também a relação dos leitores com o título. Num processo
de identificação-projeção, os leitores também se sentiam parte da família
mutante.
Ororo nunca esteve tão linda quanto no traço de Byrne.
Depois de várias sequências que eram apenas ganchos para
histórias futuras, a história pula para Ororo, que visita Nova York em busca do
local onde seus pais moravam. Mas o local está decadente e cheio de viciados em
heroína. Ela é atacada pelos viciados e, ao evitar machucá-los, quase é morta,
sendo salva por Luke Cage, que faz aquele famoso discurso, compartilhado à
profusão nas redes sociais: “Somos super-heróis, Ororo, não Deus. Podemos
salvar a humanidade do Doutor Destino ou do Galactus, mas não dela mesma”.
O famoso discurso de Luke Cage. |
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