segunda-feira, janeiro 31, 2022
Jornada nas Estrelas - Um gosto de Armagedom
Esquadrão classe A - a série símbolo dos anos 80
A era da burrice
Os 100 maiores cientistas
Quarteto Fantástico – O dia do juízo final
Durante boa parte da década de 1960, a revista do Quarteto
Fantástico era a mais vendida da Marvel (o que pode parecer uma surpresa para
os fãs mais jovens). E havia uma razão: a publicação não só foi a primeira da
era Marvel como foi, em muitos sentidos, o ápice da criatividade da dupla Jack
Kirby – Stan Lee.
O saga O dia do juízo final, publicada em Fantastic Four 57 a
60 é um dos picos dessa dupla criativa.
Na trama eletrizante, o Doutor Destino rouba os poderes do Surfista Prateado e pretende usar esse poder para conquistar o planeta terra. Como uma criança fascinada com um presente de natal, ele percorre o mundo, transformando o dia em noite, tornando uma ilha tropical em um deserto congelado e convertendo um gorila numa fera assassina.
O Doutor Destino rouba os poderes do Surfista. |
Nesse meio tempo, ele se envolve em diversas escaramuças com
os membros do Quarteto Fantástico, que inevitavelmente saem derrotados. O
leitor sente que a ameaça é real, a maior já enfretada pelo grupo de
aventureiros desde que estes enfrentaram Galactus.
Para tornar a situação ainda mais tensa e eletrizante, uma
narrativa paralela mostra os Inumanos conseguindo finalmente se libertar da
prisão na qual estavam confinados – numa sequencia incrível em que descobrimos
finalmente porque Raio Negro nunca fala.
Isso de colocar tramas dentro de tramas era uma das razões do
sucesso do quarteto – e uma das dificuldades dos editores que pretendem
publicar apenas uma determinada saga: a fase de Stan Lee e Jack Kirby parece
uma grande saga dividida em que tudo se interliga.
O vilão se diverte testando seu poder. |
Curioso que nenhum outro personagem Marvel aparecesse para
ajudar na luta contra uma ameaça tão absurdamente poderosa. Essa era uma
característica do grupo: enfrentar ameaças muito mais poderosas que eles e
ainda assim vencer – geralmente graças a um plano engenhoso do senhor
fantástico. O grupo era, de fato, fantástico.
Aliás, os outros personagens Marvel fazem uma aparição na
história, mas de forma inusitada. Logo na primeira história, à certa altura o Coisa
está assistindo televisão e diz: “Ei, essa série dos super-heróis Marvel é
batuta! Mas, se quer saber, algumas das histórias são exageradas demais!”. Stan
lee misturando marketing e metalinguagem.
Em tempo: o nome da saga é Doomsday, um trocadilho com o nome
do vilão, Doctor Doom.
domingo, janeiro 30, 2022
A Bíblia do roteiro de quadrinhos
Descubra os segredos dos grandes roteiristas de quadrinhos e crie HISTÓRIAS INCRÍVEIS
Nos quadrinhos, os desenhos chamam a atenção de possíveis leitores, mas só bons roteiros garantem histórias memoráveis. E é essencial que o roteirista não só tenha ideias inspiradas, mas também que saiba transmiti-la perfeitamente para os desenhistas.
Para isso, nesta obra apresentamos as melhores ferramentas utilizadas para produzir roteiros profissionais. Mas vamos além: abrimos a mente do leitor para as possibilidades da nona arte, pois profissionais sabem usar estas ferramentas, e gênios as usam para abrir novos horizontes.
Valor: 60 reais. Pedidos: profivancarlo@gmail.com.
MAD 14 - Prepúcio
As melhores distopias
As distopias são utopias ao contrário. Se as utopias surgiram no sonho do racionalismo humanista e iluminista, as distopias vão surgir como denúncia do processo de massificação característico do século XX, com sociedades autoritárias usando a mídia e a psicologia de massas para garantir a manutenção do regime. As distopias são essencialmente uma crítica da massificação e manipulação do povo, principalmente através dos Meios de Comunicação de Massa.
1984, de George Orwell
O inglês Orwell escreveu o livro depois de sua experiência na Guerra Civil espanhola em que viu as notícias serem manipuladas pelos stalinistas (são famosas, por exemplo, as fotos em que eram retirados líderes comunistas que caiam em desgraça). O contato com os fascistas, contra os quais Orwell lutou na Espanha, também influenciou a produção da obra. Em 1984 as pessoas são vigiadas 24 horas por dias por telas que enviam e transmitem informações. As notícias são constantemente reescritas para se adequar aos novos rumos do regime (o lema do governo é: quem governa o passado, governa o presente, quem governa o presente, governa o futuro). É nesse livro que surge o Big Brother, o ditador onipresente que, ironicamente, serviu de inspiração para o reality show. O livro foi adaptado várias vezes para cinema e TV. A mais famosa é a versão de Michael Radford feita exatamente no ano de 1984.
Admirável mundo novo
Escrito pelo filósofo Adous Huxley, o livro mostra uma sociedade em que as pessoas são condicionadas a viverem felizes num sistema de castas que decide o destino de cada um. Para isso é usada a psicologia comportamental e subliminares. A grande lição do livro é que não existe felicidade verdadeira sem liberdade de pensamento. O livro é muito conhecido no Brasil por conta da música Admirável gado novo, de Zé Ramalho.
Fahrenheit 451
Ray Bradbury fez uma análise acurada da população atual ao escrever um livro em que o totalitarismo surge não através da emergência de um ditador, mas do próprio povo, que opta por viver uma vida massificada. O livro gira em torno dos bombeiros, que, uma vez que as casas na obra são à prova de fogo, ganham para queimar livros, já que a leitura é proibida. Segundo Bradbury, tal estado de coisas começou com os protestos das minorias, que se sentiam ofendidas por esta ou aquela obra, até o ponto em que todos os livros foram proibidos, pois todos os grandes livros nos incomodam e nos fazem pensar. Na obra, as pessoas passam todo o tempo livre ou dirigindo em alta velocidade ou assistindo programas de TV totalmente insossos, que não ofendem ou incomodam ninguém, mas colocam seus expetadores num estado de topor massificante. Deu origem a um ótimo filme dirigido por François Truffaut.
Logan´s run (Fuga nas estrelas ou Fuga no século 23)
Filme, quadrinhos, seriado de TV, livro... essa foi um das mais famosas distopias da década de 1970. Após uma guerra nuclear, os protagonistas vivem numa cidade fechada chamada Domo governada por um computador. Para equilibrar a população, ninguém pode viver mais de 30 anos. Os que chegam a essa idade são supostamente renovados em um evento público chamado carrossel. Na verdade, são transformadas em comida para os mais jovens. Para cada novo bebê, uma pessoa precisa morrer. Numa felicidade hedonista que remete à Admirável mundo novo, os habitantes do domo não se casam: têm apenas relações sexuais fortuitas. Alguns fogem e tentam chegar a um local chamado Santuário, onde as pessoas podem viver livres e envelhecer. Para caçá-las existem os Sandman, soldados totalmente devotados ao regime. A história é focada em Logan, um Sandman que foge junto com uma jovem e sua busca pelo Santuário. Embora não teha uma análise política tão avançada quanto outros exemplos de distopias, o seriado teve o mérito de levar o tema para o público juvenil.
O concorrente
Nessa distopia de Stephen King, os EUA, totalmente dominados pela poluição, a maioria da população vive miserável e doente, mas é mantida sob controle através reality shows. O personagem principal entra em um deles para conseguir dinheiro para a operação da filha. Ele é literalmente caçado e quanto mais tempo sobreviver, maior será o prêmio ganho pela família. Uma interessante análise do poder da mídia e de como o sentido do mórbido atrai a grande massa (todos os reality shows são crueis - em um deles cardíacos deve fazer exercícios até a morte). Virou filme com Arnold Schwarzenegger com o nome de O Sobrevivente.
A arte fantástica de Even Amdundsen
Even Amundsen é um artista da Noruega que produz ilustrações
de fantasia. Ele fez ilustrações para diversas empresas de games, como a
Blizzard, Riot e Wizards of the Coast. Suas imagens geralmente apresentam
personagens de fantasia, como dragões, elfos, orcs, feiticeiros e guerreiros
medievais. Atualmente ele trabalha como freelancer para diversas empresas.