quarta-feira, junho 22, 2022

Fundo do baú - Buck Rogers no século 25

 


Buck Rogers, criação do escritor Philiph Nowlan, foi publicado originalmente na revista pulp Amazing Stories, em agosto de 1928. O conto, chamdo de Armagedon 2419 AD contava a história de Rogers, um piloto preso em uma mina que desabara. Em virtude de gases radioativos ele permanece em estado de animação suspensa, vindo a acordar 500 anos depois. Quando acorda, ele se vê em um país totalmente diferente, com o pais invadido por estrangeiros e seus habitantes obrigados a se esconderem em florestas.

A história fez tanto sucesso que logo foi adaptada para os quadrinhos, meio no qual se tornaria célebre no traço de Dick Calkins. 

Na versão em quadrinhos o nome foi mudado para Buck Rogers para aproveitar o sucesso de Buck Jones, famoso cowboy do cinema. A tira foi publicada pela primeira vez em 1929 e fez enorme sucesso, abrindo caminho para muitos outros personagens de aventura e ficção-científica, como Flash Gordon.

Em 1979 o produtor Glen A. Larson resolveu transformar o personagem numa série televisiva para aproveitar o sucesso dos filmes Guerras nas Estrelas. Larson já tinha lançado um ano antes Battlestar Galactica e percebeu que poderia aproveitar adereços e cenários nessa nova atração.

Para promover Buck Rogers, Larson pensou numa estratégia que já tinha sido usada em Battlestar Galactica: o piloto foi lançado diretamente nos cinemas. Foi um sucesso, arrecadando 21 milhões de dólares de bilheteria.

A série misturava aventura espacial com macacões apertados, efeitos especiais, lutas mal-coreografadas e um robô fofinho, Twiki, que dizia “biribiribiri” antes de cada frase.

A abertura do seriado mostrava o lançamento de um foguete espacial com a narração: “1987. Finalmente o lançamento da nave espacial americana ao espaço mais distante. Um erro de cálculos fez com que a nave pilotada pelo capitão William Buck Rogers fosse tirada de sua trajetória, ficando em uma órbita na qual ele permaneceu, congelado, voltando a acordar 500 anos depois.". A sequência continuava com o personagem desacordado girando num cenário caleidoscópico.

O ator que interpretava o personagem, Gil Gerard, fazia o tipo garanhão e estava sempre cercado de belas mulheres. Apesar de se sentir um homem fora de seu tempo, Rogers se dá muito bem em situações em que as pessoas do século 25 falham miseravelmente. Em um dos episódios, por exemplo, há uma conspiração para assassinar uma autoridade, e mesmo com todo o serviço secreto envolvido, o homem só não é morto graças à intervenção do protagonista.

Uma curiosidade é que o ator Buster Crabbe, que fizera o papel do personagem no seriado da Universal na década de 1940 participou de um dos episódios como Comissário Gordon, uma referência a outro personagem interpretado por Crabbe: Flash Gordon.

O seriado teve duas temporadas, com 37 episódios.

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