Com o fim do primeiro ciclo Perry Rhodan, as tramas com grandes
batalhas espaciais pareciam ter chegado ao fim. Afinal de contas, os principais
inimigos de Perry Rhodan acreditavam que a Terra tinha sido destruída. Assim, o
segundo ciclo passou a focar mais em histórias de espionagem, a exemplo de O
soro da vida, segundo volume do ciclo.
Na história, escrita por Kurt Brand (em sua estréia na
série), Rhodan manda dois dos integrantes do exército de mutantes, John
Marshall e Laury Maten para o planeta Tolimon para tentar roubar dos aras o
segredo do soro da vida. A razão disso é que, embora Rhodan e seus mutantes
tenham conseguido do ser Aquilo a ducha celular, que faz com que eles não
envelheçam, isso foi negado aos arcônidas Crest e Thora.
Como dito, é uma trama de espionagem. Laury se faz passar por
uma jovem cientista arcônida e consegue um estágio no laboratório onde os aras
estão desenvolvendo o soro ultra-secreto.
A capa alemã mostra os aras fazendo experiências com um dos seres aprisionados no zoológico.
Tolimon era um gigantesco zoológico onde os aras aprisionavam
seres dos mais diversos mundos, com os quais faziam suas experiências
científicas. Se nas edições anteriores a correlação entre os aras e os
cientistas nazistas era apenas insinuada, aqui ela é totalmente clara. Afinal,
na história humana, os únicos que aprisionavam pessoas para fazerem
experiências científicas eram os nazistas, a exemplo do famoso Joseph Menguele.
Entre os diversos seres raptados e aprisionados no zoológico
dos aras estão quatro humanos. Um esses humanos aprisionados estava o Conde
Rodrigo de Berceo, filho de uma princesa asteca e um nobre espanhol. Nascido no
século XVII, aos 22 anos ele fora raptado e levado ao planeta zoológico.
Recebera uma versão experimental do soro, que funcionara, e por isso não havia
envelhecido.
Em uma situação inusitada, a mutante Laury se apaixona por
ele e resolve tirá-lo do zoológico, motivada principalmente por que em breve
ele seria levado pelos aras para uma nova fase das experiências, que poderia
terminar com sua morte ou idiotização.
Salvar o conde, entretanto, poderá colocar a missão em risco.
Uma curiosidade sobre esse volume é que ele provavelmente foi
publicado no Brasil com a capa trocada. O conde e Laury aparecem na capa do
volume 52, enquanto que nesse volume, aparece Gucky, que sequer participa da
história. Como o mesmo problema se verifica na edição americana, é possível que
os editores americanos trocaram as capas – e o erro foi repetido pela Ediouro.
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