Perry Rhodan, além de ter acesso à toda a tecnologia arcônida, tinha também à sua disposição um exército de mutantes que iam de telecinéticos a teletransportadores. Com um aparato desses, seria difícil qualquer inimigo terrestre fazer frente a ele, o que tornava algumas tramas bastante óbvias.
Mas a partir do número 25, Rhodan e seus amigos enfretaram um inimigo à altura: um mutante, chamado de Supercrânio. Com grande capacidade de telepatia e sugetionamento, o vilão criou seu próprio exército de mutantes, forçando pessoas com dons a seguirem a sua vontade.
Há um trecho no livro que representa bem esse momento. Rhodan tenta usar um projetor hipnótico arcônida e não consegue. O texto de Kurt Mahar representa bem o espanto do herói: “A terrível surpresa causada pelo fato de que, naquele caso, seu projetor hipnótico não valia mais que o metal de que era feito, turvou seu raciocínio”.
A capa original alemã. |
A situação criada não só por um exército de mutantes rival, mas pela certeza de que até mesmo os mutantes aliados a Rhodan poderiam mudar de lado se entrassem sob a influência do Supercrânio faz com que esse volume se torne um bom exemplo de suspense bem trabalhado.
Uma curiosidade é que quando esse volume foi publicado no Brasil, a Ediouro usou a capa norte-americana, de Gray Morrow, que, apesar de bonita, não tem relação nenhuma com a trama.
3 comentários:
Há alguma explicação para as capas das edições brasileiras serem sempre diferentes das originais alemãs? Essas ilustrações da Ediouro era feitas aqui no Brasil?
A Ediouro seguia a edição norte-americana, que usava capas pintadas pelo Gray Morrow, que muitas vezes nem lia o livro, fazendo ilustraões de FC genéricas ou com personagens descaracterizados. A ediouro só passaria a usar as capas alemãs a partir do número 100.
Aqui você consegue mais informaçoes sobre o Morrow: https://ivancarlo.blogspot.com/2022/03/a-arte-espacial-de-gray-morrow-artista.html
Interessante! Obrigado pela explicação, amigo!
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