segunda-feira, maio 01, 2023

Capitão América contra Deathlok

 


Um dos momentos mais memoráveis da fase de J.M. DeMatteis e Mike Zeck à frente do Capitão América foi o encontro do sentinela da liberdade com o andróide Deathlok.

A saga, publicada a partir do número 286 da revista, inicia com uma visão sombria do futuro: “Bem-vindos à cidade de Nova York no ano de 1999! Como você pode ver, a cidade mudou um pouco nesses últimos anos! Algumas pessoas até acham que ela melhorou! (...) Eu lembro que gastava a maior grana naqueles restaurantes frescos para comer alguns bifes e algumas batatas fritas. Hoje você encontra comida de graça em quase todo lugar. É claro que alguns ainda não se acostumaram com o gosto de carne humana, mas é preciso dar um tempo para a gente... somos novos nisso!”. Enquanto isso, o desenho mostra uma tribo urbana matando um homem com um golpe na cabeça.

A história mostra uma versão distópica do fututro. 


A sequência demonstra como a dupla DeMatteis-Zeck estava afinada. O roteirista sabia trabalhar a humanização e o drama da história enquanto Zeck, no auge de seu estilo, conseguia unir um desenho anatômico com sequências altamente expressivas.

Em seguida, vemos o clone de Deathlok sendo enviado para o passado. Sua missão é encontrar o Deathlok original, que foi enviado para o passado sem memória e agora serve a uma organização criminosa.

O grande momento da história: Deathlok atira no seu clone. 


Claro, que nesse meio tempo, o clone se encontra com o Capitão América e este o ajuda em sua missão. A história termina com os dois entrando na corporação Brand, enfrentando capangas e a impactante aparição do Deathlok original, que atira no seu clone em uma sequência de forte carga dramática e de suspense.



Uma curiosidade é que, quando publicou a história, em Almanaque do Capitão América 87, a editora Abril mudou a capa. Dentro da mira, tiraram a imagem do Capitão feita por Mike Zeck e colocaram uma outra imagem, provavelmente desenhada por Sal Buscema.  

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