George Perez hoje em dia é um nome totalmente associado à DC
Comics, principalmente por seu trabalho na mega-saga Crise nas Infinitas
Terras. Mas Perez começou sua carreria na Marvel e durante muito tempo teve seu
traço associado à casa das ideias.
Ele só começou a trabalhar mesmo para a distinta concorrente
na década de 1980 e seu primeiro trabalho foi na Liga da Justiça, mais
especificamente na edição 184, continuando uma saga escrita por Gerry Conway e
inicialmente desenhada por Dick Dillin e que se estenderia até o número 185.
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Algumas páginas eram arte-finalizadas pelo próprio Perez... |
Na história, Darkside está morto, mas pelo jeito é
impossível matar um deus como ele, de modo que sua essência consegue convencer
a Liga da Injustiça da Terra 2, composto por Violinista, Geada e Sombra a o
trazerem de volta à vida. O violinista hipnotiza os deuses de Nova Gênese que
montam uma máquina para trazer o vilão de volta. Perez assume exatamente no
momento em que Darkside está voltando -
o que lhe permite fazer uma capa maravilhosa, com o vilão em primeiro
plano e os heróis em volta, uma imagem tão impactante e detalhista que virou
capa do encadernado dessas histórias.
O traço de George Perez é arte-finalizado em algumas
sequências por Frank McLaughlin, que decididamente não entendeu nada. Sua
arte-final parece grosseira na relação com o detalhismo de Perez, desmerecendo
muito a arte. Em algumas páginas o próprio Perez fez a arte-final e a diferença
é gritante.
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... e outras eram arte-finalizadas pelo Frank McLaugulin. |
Quanto à história de Gerry Conway, ele consegue fazer uma
trama grandiosa usando os Novos Deuses (talvez aproveitando melhor os
personagens do que o próprio Kirby). Entretanto, o final é pífio, um verdadeiro
anti-clímax. O roteirista, aliás, deve ter percebido isso, pois colocou uma
pequena auto-crítica numa fala do Nuclear: “Então é isso? Acabou tudo?”.
Um detalhe interessante é que Perez só assumiu o título
porque Dick Dillin, até então desenhista do título, havia morrido.
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