quinta-feira, dezembro 21, 2023

Liga da Justiça por George Perez

 


George Perez hoje em dia é um nome totalmente associado à DC Comics, principalmente por seu trabalho na mega-saga Crise nas Infinitas Terras. Mas Perez começou sua carreria na Marvel e durante muito tempo teve seu traço associado à casa das ideias.

Ele só começou a trabalhar mesmo para a distinta concorrente na década de 1980 e seu primeiro trabalho foi na Liga da Justiça, mais especificamente na edição 184, continuando uma saga escrita por Gerry Conway e inicialmente desenhada por Dick Dillin e que se estenderia até o número 185.

Algumas páginas eram arte-finalizadas pelo próprio Perez...


Na história, Darkside está morto, mas pelo jeito é impossível matar um deus como ele, de modo que sua essência consegue convencer a Liga da Injustiça da Terra 2, composto por Violinista, Geada e Sombra a o trazerem de volta à vida. O violinista hipnotiza os deuses de Nova Gênese que montam uma máquina para trazer o vilão de volta. Perez assume exatamente no momento em que Darkside está voltando -  o que lhe permite fazer uma capa maravilhosa, com o vilão em primeiro plano e os heróis em volta, uma imagem tão impactante e detalhista que virou capa do encadernado dessas histórias.

O traço de George Perez é arte-finalizado em algumas sequências por Frank McLaughlin, que decididamente não entendeu nada. Sua arte-final parece grosseira na relação com o detalhismo de Perez, desmerecendo muito a arte. Em algumas páginas o próprio Perez fez a arte-final e a diferença é gritante.

... e outras eram arte-finalizadas pelo Frank McLaugulin.


Quanto à história de Gerry Conway, ele consegue fazer uma trama grandiosa usando os Novos Deuses (talvez aproveitando melhor os personagens do que o próprio Kirby). Entretanto, o final é pífio, um verdadeiro anti-clímax. O roteirista, aliás, deve ter percebido isso, pois colocou uma pequena auto-crítica numa fala do Nuclear: “Então é isso? Acabou tudo?”.

Um detalhe interessante é que Perez só assumiu o título porque Dick Dillin, até então desenhista do título, havia morrido.  

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