sexta-feira, janeiro 19, 2024

Perry Rhodan – Os embaixadores de Aurigel

 

É muito irônico que, ali pelo número 70 da série Perry Rhodan, os melhores livros não fossem focados nos personagens principais, mas sim em uma trama paralela com personagens secundários.

Exemplo disso é Os embaixadores de Aurigel, número 72, cuja trama é centrada nos colonos do planeta Fera Cinzenta. Escrito por Kur Mahr (que parecia gostar muito dessa linha narrativa, já que escreveu todos os livros sobre esse planeta), o livro começa após os colonos terem conseguido sair da escravidão a que haviam sido submetidos por alienígenas, os peepsies.

Nesse número específico, eles conseguem montar uma nave e ir para o planeta dos alienígenas (não fica muito claro o objetivo, mas aparentemente a ideia é dar a entender que havia um outro povo, mais poderoso nas proximidades, tirando o foco dos colonos).



Mahr se preocupa em criar uma cultura para os peepsies, incluindo um padrão para os nomes: Sey-Wee, Uju-Riel, Iij-Juur-Eeelie. Até mesmo locais, como o planeta Fera Cinzenta, ganhavam um equivalente nesse padrão: Weelie-Wee. Isso inclui até mesmo a forma como os peepsies pronunciam os nomes doa terranos. Chellich, por exemplo, vira Tchee-Lich. É muito claro que o escritor, até então especializado nas questões técnicas, tinha um carinho tão especial por essa linha narrativa que se dava ao trabalho de desenvolver questões linguísticas.

Embora o plano dos colonos fosse meio nebuloso e talvez impraticável, Mahr desenvolve bem a trama e dá um jeito para que tudo pareça verossímil, incluindo uma reviravolta final.

Os embaixadores de Aurigel é um livro divertido, uma boa aventura, cuja leitura passa rapidamente, ao contrário de vários outros dessa mesma fase.

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