sábado, junho 15, 2024

Oxigênio - filme reflete tempos de pandemia

 


Uma mulher acorda dentro de uma câmara de criogenia sem saber quem é ou porque está ali dentro. Presa, com a reserva de oxigênio diminuindo a cada minuto ela precisa resgatar todas as lembranças do seu passado para tentar entender o que está acontecendo.

Essa é a premissa de Oxigênio, filme dirigido por Alexandre Aja com roteiro de Christie LeBlanc e protagonizado por Mélanie Laurent (Bastardos Inglórios).

Oxigênio é um filme instigante, que começa com uma premissa estranha e evolui para uma trama complexa. Então temos uma reviravolta. E, quando o expectador acha que já entendeu tudo está acontecendo, uma nova reviravolta, que muda tudo.

Há vários aspectos interessantes a serem destacados, que tornam esse filme especial. Um deles é o fato de praticamente toda a ação acontecer dentro de um ambiente fechado, com praticamente só uma atriz.

O enredo é uma solução criativa e perfeita para tempos de pandemia global, em que aglomerações podem ser extremamente perigosas. E a forma como o roteiro é desenvolvido, supreendentemente, consegue preencher todo o tempo do filme mantendo a atenção e o interesse do expectador. Sempre há algo acontecendo, algo a ser descoberto, algo a ser lembrado, numa infinita sucessão que dura todos os 101 minutos de filme.

Mas, por outro lado, Oxigênio também reflete uma época de pandemia ao evocar a sensação de claustrofobia e isolamento. E na história há também uma doença global que está provocando uma quantidade enorme de mortes. A agonia da protagonista com o oxigênio que acaba de certa forma é uma metáfora de uma época em que pessoas morrem sem conseguir respirar.

Talvez por isso (e pela perícia de seus realizadores e da atuação envolvente de Mélanie Laurent), Oxigênio se tornou um dos filmes mais assistidos da Netflix.

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